Construção de várias vidas.
Ser professor não é uma tarefa que se escolhe, mas sim algo que nos escolhe, não há como explicar: a vontade; a paciência; a busca; a aplicação; o conhecimento; o respeito; a responsabilidade; o amor; o carinho; a humildade; o afeto; a procura do saber para si e para os outros; a servidão; a cobrança incessante; o equilíbrio; o arquiteto de projetos que visam acrescentar conhecimentos; o despertar corrigindo e se corrigindo; analisar e ser analisado; perguntar e buscar respostas; responder e sentir-se agraciado; dialogar mesmo no silêncio; se comunicar com um e com todos; segurar a emoção e transformá-la em desafio; vencer um obstáculo por vez, sem pressa, de vagar se enxerga muito melhor; sentir saudade, mas não baixar a cabeça perante a injustiça; meditar quando não entende o por que; refazer tantas vezes quantas forem necessárias; arrumar; desarrumar; traçar metas; começar e recomeçar; pensar rápido, agir a contento; se entregar; olhar nos olhos dos alunos e deparar-se consigo em momentos diferentes de sua vida, mesmo quando esta parece tão curta; tirar do amargo o sabor doce; degustar; saborear; demonstrar o bem que a vida causa; o quanto a mais singela formiga é importante; o quanto, somos importantes enquanto seres vivos; o quanto o mundo nos pertence e nós há ele: o compartilhar; o trabalhar só, mas sempre em equipe, que seja de dois, três, quatro e assim por diante; pode parecer árduo, mas nunca sacrificante; comparável a um dom, um vício; não tem preço, pois, é demasiado gratificante; ser guardião de segredos; ser porta vós da cultura; preparador do terreno, construtor participante da construção de várias vidas.
Autor: Marcos Schilling Martins.
Um comentário:
Olá Marcos. Linda sua reflexão. Para ser professor precisa ter muito amor, mesmo!
beijos Dai
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