quinta-feira, 13 de março de 2008

A obrigatoriedade do ensino em sala de aula:

Estamos vivenciando um novo modelo de ensino, o ensino a distância, onde o aluno tem que cumprir ao menos 20h semanais diante de um computador, tempo comprovado através de programa desenvolvido tecnologicamente para este fim, bem como pela execução com qualidade de atividades que surgem enquanto são ministradas as aulas, e formas de avaliação presencial. Mas apesar dos novos tempos, e de tudo caminhar para o avanço desta nova metodologia de ensino, avançada e com significado muito mais abrangente para quem consegue se inserir definitivamente em seu contexto, ainda encontramos professores contrários a este tipo de aprendizagem, por desconhecerem que é possível adquirir-se aprendizagem de fato, sem se estar presente em sala de aula, desde que com interesse de aprender igual ao que temos em sala de aula, e no caso atual, com toda a tecnologia a nosso favor, nos gerando informações em tempo real e até nos direcionando as pessoas de apoio no mesmo tempo, só que no modo on line, com a vantagem de que não temos motivos de distrações, como por exemplos conversas cruzadas, fato comum em uma sala de aula presencial. Cheguei à conclusão de que existem pessoas que pensam erroneamente sobre a metodologia de ensino a distância, após conversar com professor de escola pública estadual, o qual me disse: que os alunos, que por algum motivo não freqüentam a escola, não conseguem aprender a atividade desenvolvida. Sabemos que aprendizagem ocorre em qualquer lugar, o aluno não precisa necessariamente ir para a escola para aprender, isto é claro depende da vontade e do poder cognitivo de cada individuo, mas o aluno pode sim aprender muito fora da sala de aula. O mesmo professor é contra a dependência escolar, pois, segundo este tira a motivação do aluno, pois, o mesmo sabendo que não irá repetir o ano, acaba por não se esforçar o suficiente nas disciplinas propostas. Também segundo o mesmo, por exemplo: o aluno que está na oitava série, mas, cumprindo dependência em duas matérias da sétima série, se nega a comparecer nas aulas de dependência, mas, porém, termina atingindo média na série em que está e, por conseguinte avançando para o primeiro ano do ensino médio, este aluno não poderá voltar e concluir a dependência, mas já estará apto para ir para o ensino médio. É fato que se o aluno conseguiu passar para a próxima etapa, foi comprovado que o mesmo está apto para freqüentar a série seguinte, seja ela qual for, o que não impede que fiquem lacunas a serem preenchidas em algumas disciplinas. Ocorre que com o tempo, a vida vai cobrando a utilização de algumas aprendizagens que ficaram nas chamadas lacunas, ou não, afinal nem tudo é assim tão importante que o aluno não vá saber quando achar que realmente é hora de aprender, ou até mesmo ele irá ver em alguns casos, que sabia, mas não conseguia desenvolver, pois, o professor não sabia desenvolver a explicação de forma correta, é sabido que às vezes um aluno ensina melhor outro aluno, pois, os dois se entendem melhor. Segundo o professor, muitos pais são relapsos em relação aos seus filhos, e por isso, os mesmos não conseguem se sobressair a contento na escola. Mas convenhamos que alunos que entre dez ou mais disciplinas, ficaram em dependência em uma ou duas, não são assim tão desleixados, temos de ver também o tipo de metodologia utilizada pelo professor em sala de aula, para sabermos o porque que este aluno não consegue atingir a média, se for por desleixo, temos também de saber o porque deste desleixo e até pedirmos para a orientadora educacional ou a supervisora conversar com os pais se for o caso. Condenar um ou outro não é a solução, o trabalho em conjunto sendo elaborado de forma clara e objetiva unindo família, aluno e escola, sempre deu bons resultados. Talvez deva ser criada uma legislação sobre a dependência, onde o aluno seja obrigado a cumprir as mesmas para poder avançar para a série seguinte, uma sugestão seria uma avaliação, contendo atividades que depois de desenvolvidas, demonstrem que o aluno superou suas dificuldades, isto é aprendeu a lição.Também temos de convidar os professores antigos, que não conseguem abrir a mente para as coisas novas, a adentrarem num ambiente virtual de sala de aula por algum tempo, tentando realizar atividades, testando a forma de aprendizagem, com certeza estes mudarão seus conceitos, assim como eu e muitos que hoje estão realizando este curso. Quem sabe estes profissionais comecem a ver não só o ensino a distância de outra maneira, mas também questões como a dependência escolar, a importância da problematização e da utilização do lúdico em sala de aula, seguida de um trabalho paralelo, que todo o professor analítico tem que ter, buscando se for o caso introduzir a família no contexto escolar, desde que para ajudar ao aluno a resgatar sua auto-estima e sua motivação para não apenas comparecer na escola, mas sim aprender de fato as atividades propostas.