quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

INSTITUTO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO PRINCIESA ISABEL - UM EXEMPLO DE COMO EDUCAR ENQUANTO AJUDAMOS O MEIO AMBIENTE.


Realizei o meu curso de magistério nesta instituição. Através deste curso, fui devidamente preparado a prestar o vestibular e consegui ingressar na UFRGS, onde conquistei a graduação em Pedagogia e hoje estou cursando o pós em "Mídias na Educação".

HOMENAGEM AOS AFRO-DECENDENTES

AFRO-DECENDENTEES - SIGNIFICADO


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Palavra(s) pesquisada(s): 1 LOTEAMENTO..REL A. Encontrados: 1346
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Ato 9428 /2004 - Lei Municipal Data 12/04/2004 Ano 2004
Fonte DOPA 20/04/2004 Pág. 3
Proposição Executivo
Origem Processo
Ementa Denomina Rua Euchares Soares da Silva um logradouro público cadastrado, localizado no Bairro Sarandi.
Logradouro(s)
Associado(s)

Rua Euchares Soares da Silva

CEP: 91150-312

Local de sepultamento

Este grande homem, recebeu em sua homenagem o nome de uma rua devido aos grandes feitos pelo seu bairro Sarandi. Hoje eu tenho a honra de compartilhar do mesmo local de trabalho onde seu filho José Fernando Soares da Silva trabalha.

sábado, 1 de outubro de 2011

ROTEADOR

Aluno: Marcos Schilling Martins – área de atuação Tecnologia Avançada – pesquisa sobre Roteador.

Primeiramente precisamos saber o que significa Roteador: Esta palavra deriva do inglês (Router – Encaminhador) é utilizado para realizar a comunicação entre diferentes redes de computadores distantes uns dos outros.
Estes dispositivos operam na camada 3 do OSI (Interconexão de Sistemas Abertos) assim definidos pelo ISO – (inglês – International Organization for Standardization) traduzido para a língua portuguesa “Organização Internacional de Normalização” a qual opera conjuntamente a outra organização ITU (International Telecomunications Union).
Descrição das camadas Utilizadas pelo modelo.
1- Física ;
2- Camada de Enlace ou Ligação de Dados ;
3- Camada de Rede ;
4- Camada de Transporte ;
5- Camada de sessão ;
6- Camada de Apresentação ;
7- Camada de Aplicação .

A importância do Roteador é imensa principalmente quando necessitamos de conectar vários computadores à Internet ao mesmo tempo como ocorre nos laboratórios de informática das escolas. Também ao adquirirmos mais de um computador ou notebook, seriam necessários vários modems externos de banda larga, já quando utilizamos um Roteador, basta conectarmos o mesmo ao modem externo e este ao computador, depois de conectado com a Internet qualquer outro computador ou notebook que possua antena interna de sinal poderá conectar-se utilizando a transmissão através da antena externa do Roteador evitando a necessidade de mais aparelhagens, cabos e fios, facilitando a vida de quem precisa de agilidade ao navegar.

O Roteador requer uma configuração ao ser instalado, por isso os mesmos vêem acompanhados de um CD de instalação, que deve ser inserido na unidade de CD-ROM do computador. Quando este CD é instalado geralmente o assistente de instalação inicia automaticamente. Acompanhando o Roteador adquirido em lojas destinadas a artigos de informática, segue um manual de instruções informando o passo a passo da instalação, por isso é importante adquirir este dentre outros acessórios, sempre em lojas idôneas, exigindo a nota fiscal para ter direito a garantia do produto se for o caso.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Roteador

domingo, 18 de setembro de 2011

ANÁLISE DE VIDEOS:

Primeiramente preciso dizer que com certeza dado o que observei pelas imagens referentes à escola, não posso pré julgar a metodologia utilizada pela professora por alguns minutos de visualização de sua pratica no laboratório de informática, me restrinjo por tanto a comentar o meu modo de entender as duas ações parecidas.
Tanto no primeiro tanto no segundo vídeo, a professora solicitou aos alunos que realizassem uma pesquisa no site do Google e após colassem imagens e textos relacionados com o meio ambiente. Se a professora fez a solicitação baseada em um projeto que está desenvolvendo com os alunos, onde pretende que os mesmos a partir das coletâneas reflitam e elaborem textos de sua autoria, utilizando como referência os autores encontrados na Internet, orientando-os a conceitualizar o que realmente importa na elaboração de uma pesquisa visando à aprendizagem e no segundo caso, a confecção de um jornal como motivação maior, neste caso posso afirmar que a concepção de educação que orienta esta pratica é Escolanovista.
Se constatado que a professora em questão não pretende que os alunos reflitam sobre o tema solicitado, bem como realizem puramente a atividade de copiar colar, textos e imagens dos sites apresentados pelo Google, deixando de lado o respeito pelos autores e agindo desta forma demonstrando falta de ética e moral, então afirmarei que não há concepção de educação nesta pratica, já que o respeito aos autores das informações colhidas é fundamental na formação moral e ética do aluno, também no aspecto cognitivo do mesmo.
O aluno caso comprovado que a professora tem um projeto elaborado dentro dos padrões de ética, de moral e de respeito, promovendo debates e desenvolvendo atividades onde orienta seus alunos de forma construtivista, neste caso é um pesquisador, um ser de aprendizagem, um investigador, etc., inserido nos padrões da escolanovista.
Já se o aluno é mero espectador, sujeito comandado, sem iniciativa, copiador e quanto muito memorizador momentâneo de conteúdos e informações, neste contexto são próximo da escola tradicional, mas não se encaixa de modo geral em nenhuma concepção de educação.
O computador vem sendo utilizado na maioria das escolas, como ferramenta administrativa, mais por uma falta de cultura de atualização dos professores do que pela falta de motivação dos alunos. Os jovens querem explorar o novo, o tecnológico, a curiosidade causa motivação nestes. Porém os professores na sua grande maioria acostumados a copiar e recopiar antigos planos de aulas, onde apenas as mídias impressas na maioria das vezes eram utilizadas, desmotivam os alunos, por receio de não saberem como incluir em seus projetos as novas tecnologias, não realizando em muitos casos atividades onde os alunos podem utilizar o computador, seus sites e softwares educativos. Esta realidade tende a mudar a partir do surgimento dos cursos a distância elaborados por profissionais da área da educação, buscando inserir os professores na utilização dos computadores, dentre outros meios tecnológicos, com os alunos, demonstrando com teoria e pratica que é possível e salutar, utilizar está ferramenta em seus projetos didáticos e também nos planos de aula, bem como usar e-mails dentre outros mecanismos de comunicação para esclarecer dúvidas e causar maior integração na comunidade escolar, beneficiando a mesma.

sábado, 10 de setembro de 2011

PLANEJANDO UM TEXTO DIDÁTICO (PROJETO PEDAGÓGICO)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL (UFRGS)
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM MÍDIAS NA EDUCAÇÃO – CICLO AVANÇADO (2ª EDIÇÃO) – CINTED

2)Apresentação:

Tema: Inclusão do computador, causando a interdisciplinaridade no currículo escolar.
É cada vez mais acentuada a importância da utilização do computador com os alunos a partir do ensino fundamental principalmente. Baseado nisto pretendo desenvolver este projeto junto aos alunos do curso de magistério, estou ciente de que a turma com a qual vou desenvolver esta atividade em sua grande maioria não teve contato com esta tecnologia, por isso, iniciarei a apresentação desta para os mesmos, buscando através do lúdico uma melhor aceitação e motivação para conhecerem e utilizarem o computador em suas atividades escolares.
Apesar do computador em muitas escolas existir apenas nos laboratórios de informática das mesmas, acredito que com criatividade podemos apresenta-lo aos alunos em sala de aula, buscando causar uma integração entre esta e o laboratório a partir da inclusão deste recurso perante os alunos e os professores nas diversas disciplinas curriculares didaticamente falando.
Por haver ministrado aulas em laboratório de informática bem como, por ter tido a oportunidade de trocar ideias com colegas de outras escolas, observei que o computador é apresentado aos alunos no laboratório de informática sem que antes os alunos conheçam seu hardware, seu material físico ou concreto. Por isso acredito que devido ao pouco tempo que os alunos ficam nos laboratórios de informática, é de suma importância inseri-lo nas disciplinas em sala, para depois apresenta-lo aos alunos, facilitando através desta inciativa a aprendizagem a partir da teoria e do concreto, o que diminui consideravelmente o receio na utilização por parte dos mesmos e também motiva professores que por algum motivo sentem-se menos preparados nesta utilização.

3) Justificativa:

Muito se tem dito sobre a importância do computador como recurso nas escolas. A dificuldade observada por mim nas instituições de ensino que conheci e inclusive na grande maioria dos livros didáticos apresentados aos alunos nas diferentes disciplinas que fazem parte do currículo escolar, esta ligada principalmente a falta de integração entre estes e a tecnologia que se pretende utilizar. Assim sendo, a escola não insere o computador na rotina do aluno, já os livros didáticos muitas vezes não trazem nada que cause no aluno a necessidade em utilizar ou procurar conhecer o computador e seus conteúdos, tão importantes na formação cognitiva do mesmo. A minha afirmativa se justifica ao utilizar um exemplo bem simples: Em determinado problema matemático contido em um livro didático, pode existir para facilitar no alcance da resposta, que o aluno utilize uma calculadora como recurso, no mesmo livro que autoriza a utilização deste recurso tecnológico, o computador nem é citado, nem ao menos um site de pesquisa, o que implica em uma exclusão deste recurso no contexto deste livro didático, o mesmo ocorre também nas demais disciplinas que tratam do assunto computador apenas como mera citação, mas não de forma didática, como recurso. Desta forma a mídia impressa não esta integrada didaticamente com a mídia tecnológica digital. Assim sendo, devemos inserir este recurso tecnológico a partir do curso de capacitação para o cargo de professor das series iniciais, pois estes professores podem inserir em seus planos de aula conteúdos encontrados em sites educativos, buscando não apenas alfabetizar seus alunos através das mídias habituais, mas também digitalmente (Professor como orientador e elo entre as mídias utilizadas comumente e o computador),
4) Objetivos
Geral:
Demonstrar conhecimento adquirido através do conceito utilizando a integração dos recursos tecnológicos existentes.
Específicos:
Aplicar o uso do computador a sua rotina habitual na busca da aprendizagem;
Argumentar reflexivamente sobre os assuntos debatidos relacionados às disciplinas;
Avaliar a melhor estratégia de ação de acordo com as atividades propostas;
Comentar, o porquê da utilização deste ou daquele recurso tecnológico;
Definir recurso a utilizar para solucionar dúvidas;
Distinguir o melhor software há utilizar para atender suas necessidades escolares.

5) Conteúdo do Curso
a) Mapa conceitual do tema escolhido:
b) Unidades de conteúdo:
Alfabetização digital, textos, problemas matemáticos, jogos educativos, pesquisas.
c) Recursos:
Livros didáticos, sites, softwares, hardwares, impressora, computador, meios de comunicação, e-mails, folhas de papel, material didático, laboratório de informática.
6) Metodologia:
Através da utilização dos conteúdos e recursos citados acima, pretendo inserir o computador no contexto escolar. Para tanto em um primeiro momento apresentarei com jogos de quebra-cabeça, as partes de um computador, explicando a função de cada uma sempre que os alunos, divididos em grupos terminem por montá-las. Durante este processo poderei analisar o conhecimento que determinado percentual da turma tem sobre este recurso tecnológico. Também pretendo explicar aos alunos sobre como utilizar esta maquina na área da educação, apresentando-a como um importante recurso na busca de uma aprendizagem condizente com os dias atuais.
Após ter apresentado o computador de forma lúdica, explicando a serventia de suas partes, vou convidá-los a comparecer no laboratório de informática (Polo de aula presencial), para que conheçam e se familiarizem com este, convidando-os para adentrarem no mundo digital. Utilizando livros didáticos, atividades ministradas por seus demais professores, etc., procurarei demonstrar aos alunos que seja lá qual for à atividade ou a disciplina a qual corresponda, qualquer dúvida pode ser solucionada através de pesquisa a ser desenvolvida com o uso do computador.
Dialogarei com os alunos sobre os princípios básicos para adentrarem no universo virtual, começando pela digitalização, postura e maneira de interagir com o mundo virtual, buscando respostas através dos sites de pesquisa. Pretendo desta forma criar uma relação entre o que se procura aprender e o que pode ser encontrado através de pesquisa utilizando o computador. Também pretendo fazer com que os alunos realizem suas atividades de maneira mais interativa, através da utilização de e-mails e sites sociais colaborativos, sempre ligados à área da educação, como por exemplo, fórum de aprendizagem afinal pretendeu utilizar o computador na elaboração dos planos de aula e projetos pedagógicos dos futuros professores, por enquanto a única atividade a distância será a ligada à informatização como recurso na aprendizagem escolar (aula ministrada por mim, através deste projeto).
Orientarei os alunos a adentrarem no espaço virtual com meta definida previamente, para que não saia de seu objetivo inicial ao deparar-se com links de sites que não tem haver com a atividade a que se propôs executar naquele momento.
Conversarei com os demais professores para que insiram em seus planos de aula atividades que os alunos possam desenvolver com o uso do computador, para que desta forma este recurso passe a ser utilizado mais comumente. Também procurarei que aqueles alunos (futuros professores), que possuem computadores em suas casas, possam realizar atividades e enviá-las via e-mail para que haja uma integração a partir de suas residências, já os preparando para a realização deste curso a distância.

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

RESENHA SOBRE O FÓRUM "DESIGN GRÁFICO":


UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL (UFRGS)
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM MÍDIAS NA EDUCAÇÃO – CICLO AVANÇADO (2ª EDIÇÃO) – CINTED
PROJETO E PRODUÇÃO DE MATERIAL DIDÁTICO
MÓDULO 2: LINGUAGEM DA MÍDIA IMPRESSA E VISUAL
PROFESSORA: SUZETE VENTURELLI
Aluno: Marcos Schilling Martins

RESENHA SOBRE O FÓRUM: DESIGN GRÁFICO.

Observando as postagens de colegas, referentes ao design gráfico, pude notar que as mesmas buscaram através de pesquisas demonstrar alguns softwares desenvolvidos com o proposito de nos possibilitar uma melhora significativa na maneira de utilizarmos imagens nas atividades propostas aos alunos. Para tanto necessitamos dos softwares principalmente na questão de edição, que possibilitam moldar, relacionar as figuras com os conteúdos e o entendimento por parte de nosso público alvo.
A colega Daiany por exemplo realizou sua pesquisa sobre tipos de softwares utilizados para editar imagens para melhor compreensão a mesma postou artigos sobre alguns destes softwares: 3ds Max (anteriormente conhecido como 3D Studio Max), muito utilizado na criação de filmes de animação dentro e forma do mundo virtual;
Adobe Illustrator editor de imagens vetoriais, ou seja, no caso de um Desenho vetorial se baseia em valores matemáticos. Em computação gráfica, imagem gerada a partir de descrições geométricas. Este editor foi desenvolvido e comercializado Adobe Systems.
Corel DRAW, programa de desenho bidimensional: Aquele onde o personagem tem uma característica que não muda com o tempo, conhecido como personagem plano, oposto do personagem esférico. Este programa é utilizado em vários produtos: desenhos artísticos, publicitários, logotipos, capas de revistas etc. Programa desenvolvido pela Corel Corporation.
Corel PHOTO-PAINT, faz parte do pacote Corel DRAW, sua principal função é edição de imagens, sendo possível ao utilizá-lo: Aplicar efeitos em imagens, melhorar sua qualidade, clarear ou escurecer a mesma.
Adobe Photoshop desenvolvido pela adobe Systems este software é considerado o líder no mercado dos editores de imagens profissionais. Atualmente sua fabricação esta na 12ª edição, disponível para os sistemas operativos Microsoft Windows e Mac OS X.
A colega realizou a sua pesquisa através do site: http://pt.wikipedia.org onde após aprofundar mais a mesma, encontrou o programa GIMP, criado em 1995 por Spencer Kimball e Peter Mattis, como forma de complementar o Adobe Photoshop, a diferença é que este último é pago e o GIMP é gratuito, pode ser utilizado tanto pelo sistema Windows como pelo Linux, mas devido a algumas restrições não é indicado para uso profissional.

Já a colega Márcia Maria indicou alguns sites, como forma de auxiliar na descoberta de novas ferramentas tecnológicas:
“Bom pessoal, eu já fui bem mais prática na minha pesquisa, acabei colocando direto os links abaixo na pesquisa. Espero que todos gostem das minhas dicas que são super. Interessantes para nosso aprimoramento através das novas tecnologias”. (frase escrita pela colega em questão).
Abaixo, alguns sites interessantes:
http://www.gifmania.com.pt/http://www.gif-mania. net/assinaturas-animadas/http://www.lpm-editores.com.br/v3/site/default.asp?TroncoID=805133&SecaoID=709052http://www.olivreiro.com.br/home/
http://www.radiotrash.com.br/ - rádio virtual com músicas de várias décadas.
http://www.oyo.com.br/livros/ranking/?gclid=CMmyr8yHvZ4CFQ0f7god92avmw http://viciadosemlivros.com.br/http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=19457985http://www.culturabrasil.pro.br/download.htm
http://www.forumeiros.com/ - site grátis para realizar fórum com nossos alunos. É só se cadastrar.
Este acima, sem dúvida foi o site que mais me chamou a atenção, pois com ele podemos desenvolver tal como estamos fazendo no nosso curso de pós-graduação, um fórum com os alunos, causando maior integração entre os mesmos, bem como os motivando a utilizar o computador enquanto realizam suas postagens sobre determinado tema.
http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/PesquisaObraForm.jsp - várias obrar para serem baixadas.
http://www.radiomec.com.br/ - rádio MEC, interessante para complemento de nossas atividades.
Logico que devemos agradecer a colega por nos enviar estes sites, não podemos nos esquecer, todavia dos riscos de baixarmos arquivos com certificado duvidoso, portanto é importante rastrearmos os mesmos com um antivírus, para nos precavermos em nossa jornada de aprendizagem e descobertas.
Também devemos nos preocupar quando baixarmos programas relacionados com Design, com a compatibilidade dos mesmos, pois ainda existem programas que não são compatíveis com o Windows ou com o Linux e sendo assim, torna-se mais fácil executar programas que sejam compatíveis com os dois sistemas operacionais, por isso a importância de uma analise prévia antes de baixa-los.

RESENHA SOBRE O FÓRUM "PENSAMENTO CRÍTICO":

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL (UFRGS)
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM MÍDIAS NA EDUCAÇÃO – CICLO AVANÇADO (2ª EDIÇÃO) – CINTED
PROJETO E PRODUÇÃO DE MATERIAL DIDÁTICO – PROFESSORA LEDA FIORENTINI
Aluno: Marcos Schilling Martins
MÓDULO 1: PRODUÇÃO DE TEXTOS DIDÁTICOS

RESENHA SOBRE O FÓRUM “PENSAMENTO CRÍTICO”:


Observando as mensagens postadas por colegas no referido fórum, cheguei à conclusão que temos o mesmo entendimento sobre o que é e como deve ser fortalecido nos alunos o pensamento critico.
Pensamento crítico é todo aquele pensamento que cause argumentação, reflexão sobre algum assunto ou algo que estamos vendo ou presenciando em determinados momentos de nossa vida. Ajudar o aluno na forma de observar o que estamos desenvolvendo em nossas atividades curriculares bem como, orientá-lo no modo de formar opiniões sobre assuntos comuns em nosso dia-a-dia, como por exemplo, o respeito à diversidade, as habilidades diferentes que os indivíduos possuem ou não, dentre outras coisas, auxilia na reflexão por parte dos alunos fazendo-os conhecer melhor sobre si mesmos, facilitando a compreensão sobre o outro e questões, atuais, históricas, cientificas, matemáticas, linguísticas, etc...
Conforme observado pela colega Leony, podemos desenvolver com os alunos atividades que os façam pensar, pesquisar, de forma mais disciplinada, ordenada, mas com uma participação mais interativa como, por exemplo, a construção de um texto coletivo, onde partindo de um determinado tema, os alunos debatendo entre si, realizando pesquisas, refletindo sobre o assunto e com orientação do professor para considerar o que realmente interessa que vá ajudar na construção da aprendizagem do grupo, vá digitando no computador em uma página criada na Internet para desenvolvimento deste tipo de texto on line, fazendo com que o aluno aprenda a disciplinar-se, pois terá de esperar o outro desocupar o espaço para poder digitar o que deseja.
Eu, professor Marcos: Prefiro utilizar o texto digitado, pois desta forma além de fazer com que o aluno aprenda mais um meio de utilizar a tecnologia, poderei mais tarde a partir da construção deste texto, orientar aos alunos sobre a forma de transformá-lo em um hipertexto, já que uma coisa leva a outra e é se atualizando que nos mantemos aprendendo, construindo com os alunos a nossa aprendizagem.
A colega Ivana demonstrou sua preocupação em utilizar com os alunos, atividades que estimulem o pensamento critico, bem como provoquem debates, façam com que os alunos compartilhem suas dúvidas e seus conhecimentos adquiridos com os demais, tirando de cena o decorar momentâneo dando lugar a aprendizagem com qualidade, aquela que não se esquece.
Palavras da colega de curso Ivana:
Muitas vezes o aluno faz corretamente a resposta, mas não escreve o que fez (principalmente na disciplina de matemática), demonstrando dificuldade de expressão de seus pensamentos, domínio do pensamento critico e falta de autonomia. Para Leontiew ( 1983) “o processo de apropriação se realiza durante a atividade que a criança desenvolve em relação aos objetos fenômenos do mundo e do meio ambiente , onde se concretizam essas aquisições”
A colega Tanize destacou a importância do uso das TICs, mas enfatizou a importância do educando procurar ao utilizar estes recursos, buscar realmente informações que serão uteis para desenvolver a sua criatividade. O colega Waldir complementou dizendo que o aluno deve formar seus conceitos e opiniões, procurando não julgar o outro ou aquele que pensa diferente, isto é o aluno deve respeitar a diversidade de pensamentos, onde o debate não pode ir para o aspecto pessoal. Eu, aluno Marcos acredito que cabe ao professor orientar ao aluno sobre como prosseguir para tirar suas conclusões sem ofender ninguém, já que nós temos o papel de ajudar o aluno a conceitualizar o que realmente deve ser levado em consideração na elaboração de suas atividades em sala de aula.
Acredito que a minha afirmativa anterior também prestigie o que foi digitado pela colega Mariá Raquel, que descreveu a dificuldade dos alunos em escrever textos. Nós professores devemos orientá-los e eles com certeza realizarão a atividade a contento. A utilização de mapas conceituais foi uma boa sugestão desta colega no sentido de ajudar o aluno a filtrar, a valorizar o que realmente importa preenchendo melhor as lacunas dentro do contexto.
Demais colegas de curso não postaram nada tão relevante quanto o que escrevi utilizando as digitações de colegas aqui citados, ou seja, pensamos e compreendemos que devemos continuar orientando nossos alunos a realizarem pesquisas, desenvolver o gosto pela leitura, pela escrita, pela troca de ideias, pela comunicação, pelos debates, por isto é sempre necessário desenvolvermos atividades que causem algum tipo de reflexão, o pensamento critico deve ser estimulado para que o aluno consiga conquistar sua autonomia.





terça-feira, 16 de agosto de 2011

MEMORIAL RELATIVO AO 1º SEMESTRE DO CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM MÍDIAS NA EDUCAÇÃO - CICLO AVANÇADO (2ª EDIÇÃO) - CINTED.



CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM MÍDIAS NA EDUCAÇÃO – CICLO AVANÇADO (2ª EDIÇÃO) – CINTED

MINHA TRAJETÓRIA NESTE CURSO DE MIDIAS NA EDUCAÇÃO:

Logo no inicio do curso pude observar o que é, e o quanto a mídia faz parte em nossa educação. Quando adentrei no curso acreditava que seriam tratadas apenas as novas mídias, aquelas ligadas às tecnologias de ponta pensando logicamente no computador, softwares, hardwares, em fim uma série de assuntos sobre uma única mídia, aquela conseguida através da informatização. Para a minha surpresa, descobri que novamente a busca do conhecimento havia colocado a minha frente explicações contundentes de que eu sempre utilizei algum tipo de mídia para complementar o conhecimento construído junto aos meus mestres, isto desde o primeiro ano de ensino ao que hoje se denomina ensino fundamental, antigo primário. Desde a utilização de quadro negro, livros, mapas, cadernos, lápis, jornais, revistas, projetores, mimeógrafos, etc., já estavam utilizando alguns tipos de mídia, todas com alguma tecnologia peculiar, aos poucos outros assuntos foram criando espaço dentro do contexto educacional e o rádio, a televisão, as cópias xerográficas, as máquinas de escrever, manuais e elétricas, as calculadoras, foram sendo incluída, adicionada, todas, cada uma há seu tempo, porque a maneira de aprender depende de uma atualização e esta, da utilização de novos recursos, novas tecnologias, novas mídias. Assim como na minha vida estudantil ocorreu, sem que eu percebesse, hoje na construção do meu conhecimento isto se torna muito mais evidente, pois estou tendo a chance de aprender o real significado dos recursos utilizados na formação de minha aprendizagem, na construção de minha vida estudantil, bem como de professor, pois estou sempre disposto a aprender, a compartilhar o conhecimento adquirido, a rever conceitos, a me atualizar para causar motivação facilitando a construção do conhecimento por parte dos alunos.
Hoje estou ciente de que: Quando utilizo uma peça teatral, um filme, uma novela, uma pesquisa na Internet ou uma simples leitura em um jornal, livro ou revista, estou na verdade fazendo-me valer de algum tipo de mídia, procurando valorizar, melhorar, facilitar a aprendizagem por parte do aluno, promovendo a construção do conhecimento com qualidade, com ênfase na atualização, sem me esquecer do antigo, mas também proveitoso e gostoso método de compartilhar, dialogando, debatendo, fazendo aflorar o conhecimento do aluno, observando suas experiências adquiridas, respeitando suas habilidades, utilizando mídias também de forma lúdica, para causar melhor impacto e melhorar o lado afetivo do aluno enquanto a parte cognitiva está se desenvolvendo.
Não posso deixar de citar a aprendizagem conquistada no curso através da Disciplina de Integração de Mídias na Educação, onde em um primeiro momento me fora explicado sobre os diversos recursos tecnológicos utilizados em sala de aula, onde conforme citado anteriormente me deparei também com lembranças de meu tempo de aluno, dando o primeiro passo rumo à alfabetização. No primeiro módulo pude observar as mudanças tecnológicas ocorridas principalmente nos últimos 10 anos, quando ocorreram grandes avanços na confecção e no uso das tecnologias. Também pude observar os objetivos pretendidos por professores e tutores para conosco alunos quando da elaboração deste curso
Objetivos específicos:
• Abordar o que são mídias e tecnologias.
• Entender a evolução do conceito de mídias.
• Conhecer novas terminologias como multimídia, hipertexto, hipermídia e tecnologias da informação e comunicação.
• Refletir sobre o papel da tecnologia da informação e comunicação na educação.
Estes objetivos foram conquistados, ao menos acredito ter evoluído muito através da leitura dos textos, onde foi desenvolvido todo um trabalho elaborado com a utilização de imagens e links sobrepostos que em um clic nos deixavam navegar em páginas internas dentro deste espaço de aprendizagem, bem como em alguns momentos externas, quando utilizado o Wikipédia, por exemplo, como forma de esclarecer ou nos aprofundarmos mais em alguns assuntos, o que transformou a aprendizagem em algo mais empolgante, dos momentos lúdicos com atividades que motivam através dos jogos apresentados, como por exemplo, o jogo da forca, questionários, dentre outros, planejados com o intuito de causar motivação, o fizeram de maneira clara e objetiva.
A importância da utilização das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), explicada de maneira clara, me fez ver o quanto estamos amadurecendo no quesito educação, quero dizer com isto, que hoje em menos tempo podemos construir com nossos alunos algo que até pouco tempo atrás demoraria mais que o dobro de tempo, pela falta de recursos, de mecanismos que tornassem mais evidentes as descobertas destes. O simples fato de nos voltarmos muitas vezes para materiais impressos, ou a passeios que muitas vezes não surtiam o efeito desejado, causava certa falta de motivação por parte dos alunos, que com o tempo contagiava também ao professor, que tinha que ser muito mais cauteloso para fazer com que seus alunos conquistassem a aprendizagem almejada, a duras custas e com uma demora circunstancial. Nos dias atuais, não são raras às vezes em que temos gratas surpresas nos laboratórios de informática espalhados nas redes públicas e privadas de ensino, principalmente quando os alunos demonstram suas habilidades para lidar com esta tecnologia que para alguns professores ainda parece algo tão difícil, que lhes causa medo. Os alunos em sua grande maioria, muito pelo contrário querem vencer o desafio, querem saber como utilizar, querem se comunicar através dos e-mails quer pesquisar utilizando o Google entre outros sites de pesquisa, querem se divertir enquanto aprendem utilizando jogos lúdicos postados em sites educativos muito bem elaborados. Ao professor, cabe aprimorar-se para desenvolver seu plano de aula utilizando dentre seus recursos didáticos esta tecnologia, pois é dever do professor manter seus alunos atualizados, proporcionando descobertas que contribuam com a qualidade de vida dos mesmos, este é um dos motivos pelos quais estou realizando este curso, o qual está me fazendo muito feliz.
Através dos ensinamentos sobre a mídia rádio, conheci e soube o significado da frase “O rádio como prática educomunicativa”, a qual demonstra a importância deste meio de comunicação de massa também na área da educação, pois já há décadas este é utilizado para transmitir programas educativos tais como aqueles da rádio Sociedade do Rio de Janeiro fundada em 1928, onde se ouvia transmissões de palestras, aulas de Língua Portuguesa, História do Brasil, Geografia, Física, Química, e cursos práticos sobre Rádio, Telegrafia, Telefonia e Silvicultura, idealizado por Roquette Pinto.
Fiquei também conhecendo os projetos realizados com a utilização de Rádios como, por exemplo: Rádio Rural nos municípios de Santarém e Belterra no Pará, que mobiliza 37 mil alunos da Floresta amazônica e consistem na produção de programas de rádio veiculados três vezes por semana – Idealizado por Cynthia Camargo para segundo a qual a união rádio e escola pública “amplia a capacidade de formular estratégias criativas para uma educação de qualidade chegar o mais longe possível”. Bem como o programa de Rádio “Voz da Liberdade”, de produção comunitária, via FM, realizado na Fundação Casa Grande no sertão do Ceará em Nova Olinda sob a direção de crianças e adolescentes. Possui frequência de 104.9 MHz e 25 w de potência chegando também aos municípios de Altaneira, Santana do Cariri e alguns sítios de Assaré.
Tomei conhecimento de que as rádios não são todas iguais, as educativas diferenciam-se pela natureza de seus programas que deve privilegiar a cultura da nossa gente, abrindo espaços tanto para manifestações culturais tanto para a história da comunidade onde a rádio está localizada e ainda pela forma como são mantidas envolvendo os governos: Federal, estadual ou municipal, ou também pelas universidades e fundações. Já a rádio Comunitária opera em frequência modulada (FM), de baixa potência e seu principal objetivo é atender aldeias, vilas, distritos, pequenas e médias cidades. Os operadores de rádios comunitárias são escolhidos em processo seletivo promovido pelo Ministério das Comunicações em forma de Aviso de Habilitação. Este tipo de rádio deve pertencer a uma associação ou Fundação sem fim lucrativo, pois este serviço não pode ser explorado comercialmente.
Que linguagem radiofônica é a linguagem utilizada no rádio, que diferente da linguagem impressa, é simples e caracterizada pela repetição de conceitos facilitando a interpretação por parte do ouvinte, pois o linguajar é popular, podendo ser entendido inclusive por analfabetos. Para os inscritos em programas de rádio educativa, havia o uso de apostila ou material impresso auxiliando na alfabetização dos alunos.
Que as categorias de rádio existentes são três: Rádio Comunitária, educativa e comercial.
Que significa CODEC é a sigla para Codificador e Decodificador – dispositivo de hardware ou software que codifica e decodifica sinais.
Que a linguagem audiovisual é composta por outras três linguagens: verbal, sonora e visual que juntas, transmitem uma mensagem específica.
Depois do Rádio, a Televisão passou a ser utilizada como meio de comunicação em massa e também como uma nova ferramenta de ensino. Por reproduzir sons e imagens, ela causa um impacto ainda maior que no rádio, onde muitas vezes as pessoas ficavam imaginando as formas, as imagens do que estava lhes sendo comentado. A televisão traz o som e imagem juntos, facilitando ainda mais o entendimento, motivando, cativando o telespectador a ficar cada vez mais ligado na tela. As primeiras transmissões eram comerciais até porque havia necessidade em vender cada vez mais aparelhos de televisão, como forma de tornar viável a construção de redes de transmissão, bem como a compra dos mesmos pelos comerciantes que tinham de divulgá-los para facilitar a venda, logo à televisão tornou-se um meio de comunicação em massa (MCM), caiu no gosto do público, graças aos filmes, desenhos animados, novelas, noticiários, dentre outros programas criados com o intuito de informar, levar a cultura inclusive de outros países para dentro das casas dos telespectadores. Logo programas educativos foram desenvolvidos e transmitidos principalmente aos jovens e adultos que não possuíam tempo para comparecer na escola tradicional. Para motivar os alunos a assistirem os cursos apresentados, como por exemplo, o Telecurso 2º Grau, os responsáveis usavam a dramaturgia para ilustrar acontecimentos comuns no dia-a-dia dos alunos, problematizando, causando debates enquanto faziam os alunos raciocinarem sobre as disciplinas contidas no curso, bem como obtendo informações complementares e testes de conhecimento em apostilas impressas vendidas em bancas de jornal, o que também gera lucro para quem produz o material, que é de suma importância, pois, facilita na hora de estudar para as avaliações que ocorrem de acordo com agenda estipulada pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC), divulgadas pelas Delegacias de Ensino nos estados e municípios. Eu soube através deste curso que o início desta aprendizagem utilizando a televisão e o vídeo aconteceu no cinema pouco tempo após sua invenção quando filmes cinematográficos educativos começaram a ser usados na sala de aula, substituindo os projetores de slides ou lanternas mágicas utilizadas na época. Primeiramente produziram-se documentários, Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul e Paraná foram os estados pioneiros nas produções que eram de curta duração. Tudo começou no ano de 1910, data da produção do primeiro filme de caráter educativo.
A criação de um vídeo é organizada em três fases: Primeira fase: Pré-Produção, segunda fase: Produção e terceira fase: Pós-produção.
Como vimos para que tudo dê certo, saia a contento é necessária a organização, na educação não é diferente, a organização escolar recebe o nome de gestão a qual origina-se da palavra “gestione”, que se refere ao ato de gerir, gestar, trazes, do efeito de gerir, administrar, dirigir, proteger, abrigar ou ainda produzir, criar, ter consigo nutrir, manter, mostrar, fazer aparecer, digerir, pôr em ordem, classificar... (Dicionário Houaiss, 2001). Envolve os processos sociais que nas organizações educacionais se desenvolvem e as complexas relações que se estabelecem em seu interior e exterior.
As etapas da gestão das tecnologias nas escolas são três conforme relacionado abaixo:
a) Na primeira é utilizada esporadicamente como forma de motivar os alunos através da automatização de processos, visando diminuir custos, mas sempre de modo pedagógico na ilustração de trabalhos por exemplo.
b) De modo separado das demais disciplinas, ou seja, criam-se mecanismos como página na Internet divulga-se textos e endereços interessantes, desenvolvem-se alguns projetos ligados a pesquisas e utiliza-se o laboratório de informática.
c) Ao contrário do citado anteriormente, nesta a informatização passa a fazer parte do processo de integração pedagógica, onde a informatização passa a ser utilizada como recurso nas disciplinas curriculares que na atualidade são mais flexíveis partindo de um determinado tema disciplinar, uma questão investigativa ou ainda um tema transversal, tornando as aulas mais motivadoras e com melhor qualidade na aprendizagem adquirida.
A diferença entre gestão administrativa e pedagógica possui diversos fatores como, por exemplo: Na gestão administrativa, o computador fazia parte apenas dos setores que administram a escola, diretoria, secretaria, supervisão, orientação, e eram utilizados apenas como ferramentas administrativas, ou seja, fazer lista de chamadas, cadastros de alunos, controle financeiro, etc., nada ligado à aprendizagem com os alunos, apenas sendo utilizados pelos professores e funcionários das escolas. Já na gestão pedagógica, o computador ganha espaço nos laboratórios de informática e passa a fazer parte dos projetos pedagógicos, apesar de ainda hoje em muitas escolas serem vistos e usados de maneira paralela, já que não adentraram as salas de aula e servem como recurso de pesquisa, de momentos lúdicos, como meio de inserir o aluno na alfabetização digital, criação de e-mails, a Internet passa a ser visitada com mais frequências visto que as escolas a utilizam para criar seus sites e mostrarem seus projetos interagindo com toda a comunidade escolar em sua localidade ou em outras mais distantes.
Utilizei o computador com alunos com dificuldades intelectuais de aprendizagem em uma escola municipal na cidade de Gravataí, destinada a este público, a qual funciona dentro de um prédio pertencente a uma instituição que atende apenas crianças com esta característica.
No laboratório de informática atendi alunos de diferentes faixas etárias, e com habilidades diferenciadas. Constatei que a grande maioria, cerca de 95% tem grande possibilidade de alfabetizar-se digitalmente, o maior problema são os professores que muitas vezes negam-se a levar os alunos para o laboratório, já que estes professores na grande maioria não possuem curso relacionado com o básico em informática, por esta falta de interesse os alunos estão sendo prejudicados. Os professores que levam seus alunos ao laboratório preferem utilizar jogos em vídeos ou CDs, pois desta forma não necessitam digitar ou utilizar a Internet, outros acessam a Internet apenas os sites relacionados com jogos mais simples, acreditando que os alunos não conseguem progredir em sua maneira de entender o mundo virtual, ou relacioná-lo com o mundo real dependendo do que lhes está sendo apresentado naquele momento.
Eu, muito pelo contrário, encontrei alunos com vontade de aprender, com curiosidade e motivação para utilizar o computador, bem como cuidadosos, zeloso para com o material utilizado, muito educado, demostrando em alguns casos insegurança diante do que lhes estava sendo apresentado, como ocorre com qualquer individuo ao deparar-se com algo ainda desconhecido. Muito poucos alunos já haviam tido algum contato com o computador e aqueles que tinham tido esta oportunidade não tiveram o direito a aprendizagem de maneira correta, o que dificultou um pouco o trabalho, mas resultou numa aprendizagem ainda mais consistente por mim. Primeiramente constatei a falta de recursos adaptativos as condições de alguns alunos, procurando resolver estes problemas conforme se apresentavam, após procurei realizar tarefas de modo a apresentar o computador aos alunos, a partir do teclado e seu modo de uso, seguindo com o mouse, motivando-os demonstrando que poderiam acessar sites da Internet, bem como enviar e-mails, etc., desde que aprendessem a escrever para facilitar esta utilização.
Desenvolvi projetos onde começaria apresentando aos alunos as letras, procurando alfabetizá-los utilizando o computador, fiz uma sondagem anterior e constatei que muitos não conheciam os números e as cores, desta forma procurei inserir em meu projeto assuntos que trouxessem também este conhecimento aos mesmos. Realizei planos de aula diários onde utilizei objetivos amplos e específicos para facilitar a aprendizagem dos alunos. Não senti dificuldade de relacionamento, pois tratei os alunos como crianças normais, que são afinal conseguem conversar, dialogar, demonstrar seus sentimentos, suas vontades, apesar de algumas dificuldades motoras. Respeitando as limitações de cada um, observei que todos há seu tempo conseguem distinguir as letras, bem como formar palavras e frases. Alguns possuem problemas com a memorização, mas fazendo um trabalho onde relacionam imagens as letras e números apresentados, fica mais fácil também a aprendizagem por este aspecto. Consegui com a direção da escola aumento do tempo de utilização do laboratório por parte das turmas, principalmente dos alunos com idade superior aos 12 anos, muitos com idade mental entre 7 e 10 anos, conforme me fora dito pelo psicólogo da instituição. Por saber da importância de meu trabalho, bem como buscando a continuação dos mesmos pelos demais professores e mais ainda, procurando integrar as atividades aquelas executadas nas respectivas salas de aula, busquei utilizar o computador como meio de integração do laboratório de informática com os demais professores, ou seja, ao constatar que todos os professores possuíam acesso a informática, fosse a casa ou na escola, requisitei os e-mails dos mesmos e passei a demonstrar diariamente o que havia executado com os alunos, solicitando que os professores me dissessem o que estavam realizando com os mesmos em suas salas de aula, para incluir em meus planos de aula, dando continuidade nos trabalhos, melhorando a convivência e procurando aproximar o professor do laboratório de informática para que o mesmo continuasse a utilizá-lo com seus alunos, sem a necessidade de minha presença, o que causaria uma autonomia escolar e consequentemente facilitaria a aprendizagem dos alunos, já que para que isto acontecesse os professores teriam de incluir as ferramentas tecnológicas dentro de seus planos de aula diários. A mesma integração ocorrida com os professores foi também atingida com os pais de alguns alunos que possuíam computador em suas residências, à medida que trocamos ideias por e-mails e pude enviar atividades que podiam ser realizadas em casa e reenviadas quando necessário por e-mail para que fosse realizada a correção. O programa de acessibilidade constante no Windows me foi de muita ajuda, pois pude facilitar a comunicação visual e auditiva de alguns alunos, bem como verificar problemas relacionados com a audição e a visão dos mesmos, onde a escola procurou encaminha-los para consultas médicas e exames com o propósito de melhorar a qualidade de vida dos alunos sanando estas dificuldades. O computador é um importante meio de identificar problemas, não só de visão ou audição, mas também de hiperatividade, falta de concentração, dificuldade motora, postura, dentre outros. O professor atento, pode rapidamente observar formas de ajudar seus alunos facilitando a aprendizagem através do bem estar proporcionado ao individuo que quer aprender, contudo não está conseguindo expressar a dificuldade de maneira consistente, cabe ao professor, principalmente no que diz respeito à inclusão, conhecer seus alunos e prestar muita atenção ao modo de agir de cada individuo, procurando uma integração maior e consequentemente uma melhora na construção do conhecimento, nunca se esquecendo de que mesmo com o computador, o diálogo, os debates com os alunos sobre problemas relacionados principalmente com o dia-a-dia, trarão resultados muito melhores, pois, ajudam na formação de argumentos, resultando muitas vezes na formação moral e ética dos alunos.
Este curso veio a facilitar a utilização de ferramentas importantíssimas dentro do espaço escolar, proporcionando uma melhora significativa na metodologia de ensino, logicamente que o computador por unir em um mesmo recurso áudio, imagem, além de textos e vários materiais de pesquisa, podendo ser interligado com impressoras, CDs, DVDs, etc., tornou-se um recurso muito importante dentro do contexto escolar e desta forma deve ser utilizado cada vez mais, bem como devemos nos manter sempre melhor atualizados visto que a cada dia há uma transformação uma inovação que pode ser de alguma forma utilizada em conjunto com o mesmo, exemplo disto é o uso do telefone celular ou fixo, pois hoje através de alguns programas instalados nos computadores, podemos atender aos mesmos diretamente no computador, bem como enviarmos mensagens aos alunos através destes ou vice versa e ainda assistirmos a programas de televisão utilizando o monitor do computador, o que comprova a integração dos recursos tecnológicos a favor da comunicação e consequentemente da educação.
A partir da utilização do processo multimidico, a construção do conhecimento tornou-se mais livre, com conexões mais abertas que abrangem o sensorial, o emocional e a organização do racional, a qual é uma organização provisória, que se transforma facilmente, cria convergências e divergências instantâneas, que necessita de processamento múltiplo instantâneo e de resposta imediata (Moran 1998, pp.148-152).

REFERÊNCIAS:


Edgar Roquette pinto, pag. 1290 – Grande Enciclopédia Universal – edição de 1980.
Houaiss, Antônio, Mario Villar, Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, Instituto Antônio Houaiss de Lexicografia e Banco de Dados da Língua Portuguesa S/C Ltda, Rio de Janeiro, Editora Objetiva, 2001.
MORAN, J. M., MASETTO M. T. e BEHRENS M. A. Novas Tecnologias e mediação Pedagógica. São Paulo: Papirus 2000.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Saída da Prefeita de Gravataí e seu Vice Prefeito

Quinta-feira - 9 de junho de 2011.

09/06/2011
PAUTA GRAVATAÍ URGENTE





Neste momento, o Plenário da Câmara de Vereadores de Gravataí está lotado, quando acontece a sessão ordinária que aprecia o pedido de aberturhttp://www.blogger.com/img/blank.gifa do processo de cassação da prefeita Rita Sanco e afastamento do vice Cristiano Kingeski.

A leitura do documento, que começou às 17h30min , está sendo acompanhada por mais de 400 pessoas presentes no Plenário, ultrapassando a capacidade do local. Centenas de manifestantes aguardam o resultado em frente à Câmara.
Fonte: Assessoria de Imprensa - Site:http://www.cmgravatai.rs.gov.br/">



Olá Amigo Vereador!


Fiquei sabendo da saída da prefeita em exercício. Espero que agora a Democracia volte a circular em nosso município, onde ou você é PT ou não consegue trabalho na área para a qual possui qualificação. O tempo dos coronéis ainda está existindo em nossa cidade, ao menos na aquisição de cargos públicos, pagos por nós contribuintes. Não me lembro de nenhum projeto contrário a esta pratica, estou no aguardo de pessoas que pregam a Democracia, para fazerem valer nossos direitos. Nunca em toda a minha vida havia presenciado concurso para professor em escola pública, dentre outras atividades, onde as inscrições eram via Internet e os processos ou reclamações caso o participante se sentisse prejudicado deveriam seguir o mesmo critério (Internet), o Fórum, este nem foi citado, como se as leis não existissem. Os resultados deram toda a impressão de haverem sido manipulados, mas não nos deixaram se quer verificar as provas prestadas, também não reembolsaram nenhum capital recebido pela inscrição a quem quer que seja, que triste viver num ambiente onde lhe chamam em cantinhos e lhe dizem: Ou você assina este contrato partidário ou continuará sem trabalhar na área para a qual se qualificou, e quando buscamos por aqueles que ajudamos a eleger, ouvimos aquilo que qualquer político depois de eleito costuma dizer: Eu não posso nada, pois o partido está dividido. Fiz estágio gratuito em escola pública municipal enquanto cursava Pedagogia na UFRGS, pois me disseram que iriam me ajudar já que a exigência de ser partidário era absurda. Fiz de tudo, suei a camisa, fiquei mais tempo do que deveria, pois gosto da atividade de professor, me senti muito bem pago pelos alunos, pois estes me ensinaram ainda mais e a aprendizagem não tem preço. Não pude pagar as minhas contas com a aprendizagem adquirida, mas não posso e não quero mudar, acredito que os partidos ditos de esquerda pregaram tanto a Democracia, mas nos traíram com sua tirania, fazendo-nos reféns de sua vontade, que traição, até entre os membros do próprio partido isto acontece, e é este lugar que querem que eu ocupe, prefiro trabalhar na beira do valão, é menos nojento.


Pedido: Não se deixe levar pelo dinheiro fácil que a política está lhe dando, volte atrás enquanto é tempo, reveja seus valores, precisamos de pessoas sérias ocupando os cargos públicos, não nos tente obrigar a seguirmos caminhos que nos envergonham, deixem com que cumprimos nossa missão de maneira digna e correta. Somos professores, somos trabalhadores, somos honestos.

Abraços do seu Amigo Eleitor: Professor Marcos.



domingo, 20 de março de 2011

DIREITOS IGUAIS PARA TODOS – ESTÁ NA CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA.

DIREITOS IGUAIS PARA TODOS – ESTÁ NA CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA.


Baseado nisso, gostaria que a partir de hoje, nosso povo se reunisse em seus sindicatos com o propósito de votar seu próprio salário, se possível acima dos 80%;

Que o povo se reunisse nas câmaras de vereadores e escolas públicas municipais e votasse o salário de seus representantes municipais;

Que o povo se reunisse nas escolas estaduais já que não há espaço nas Assembléias Legislativas dos estados, e votasse o salário dos seus representantes estaduais;

Que o povo se reunisse em órgãos públicos federais espalhados por este país, com o propósito de votar os salários de nossos representantes no governo federal.

Que a cada vez que alguém do povo se sentir ofendido por acusação de roubo, formação de quadrilha, corrupção ativa ou passiva, etc, esta pessoa do povo peça para que seja aberta uma CPI, para que sejam apurados os fatos e os culpados punidos pela lei da distribuição de pizzas, como ocorre com os políticos em nosso país;

Que quando quiser viajar para o exterior, as pessoas de nosso povo, possam usufruir o direito ao passaporte diplomático, que garante que a passagem seja bem mais barata e não necessita de vistos de entrada em outros paises;

Que todos os participantes de concursos públicos federais, estaduais ou municipais, possam apresentar quantas cartas de recomendação quiserem anexadas às suas avaliações, afinal o Q.I. (quem indica), sempre teve maior peso na avaliação final do candidato;

Que todo o trabalhador brasileiro tenha direito a receber junto aos seus vencimentos valores para custear as passagens de meios de transporte aéreo, viário ou marítimo junto às diárias de seus parentes ou outros indicados em viagens relacionadas com a cultura, por exemplo;

Que o aluguel das moradias dos trabalhadores brasileiros que não possuem casas próprias, sejam pagos pelos governantes federais, como ocorre com os deputados federais e outros ocupantes de cargos políticos ou funcionários relacionados que trabalham na capital de nosso país;

Que o povo possa cobrar as promessas de campanha de seus presidenciáveis depois destes eleitos, visto que um certo presidente disse que ao término de quatro anos o salário mínimo seria de hum mil dólares e após oito anos, (dois mandatos), não atingimos nem a metade deste valor;

Qualquer nova sugestão pode ser postada em comentários, afinal nossos direitos democráticos devem ser respeitados e devemos nos sentir cada vez mais motivado a buscar a justiça social dentro do que presenciamos hoje em nosso país, tão democrático e tão correto, um orgulho para todos nós.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE EDUCAÇÃO
CURSO DE GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA – LICENCIATURA



















MARCOS SCHILLING MARTINS












A UTILIZAÇÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E

COMUNICAÇÃO NAS INSTITUIÇÕES ESCOLARES, POR ALUNOS COM

NECESSIDADES ESPECIAIS.







Porto Alegre
2010

MARCOS SCHILLING MARTINS.

A UTILIZAÇÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E

COMUNICAÇÃO NAS INSTITUIÇÕES ESCOLARES, POR ALUNOS COM

NECESSIDADES ESPECIAIS.












Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado como requisito parcial para obtenção de grau de Licenciatura em Pedagogia pela Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul – FACED/UFRGS.

Orientador: Profa. Ms. Gabriela Brabo
Tutora: Graciela F. Rodrigues.










Porto Alegre
2010.
























“A verdadeira inclusão acontecerá quando o respeito às pessoas com algum tipo de limitação, ultrapassar os limites da teoria e tornar-se concreto em todos os sentidos, pois não poderemos dizer que tratamos todas as pessoas da mesma forma, se não proporcionarmos aquelas com alguma deficiência, a chance de demonstrar o seu potencial, nem que para isto tenhamos que adaptar objetos e o ambiente as mesmas, menosprezar a capacidade de qualquer ser humano sem lhe permitir superar sua condição, isto sim é uma grande deficiência”.

(Marcos Schilling Martins)
























UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
Reitor: Prof.: Carlos Alexandre Netto
Vice-Reitor:Prof.: Rui Vicente Oppermann
Pró-Reitoria de Graduação: Profa.: Valquiria Link Bassani
Diretor da Faculdade de Educação: Prof. Johannes Doll
Coordenador do Curso de Graduação em Pedagogia – Licenciatura
Profas.: Rosane Aragón de Nevado e Marie Jane
Soares Carvalho








AGRADECIMENTOS






Agradeço primeiramente a Deus, por fazer que em minha vida eu procurasse sempre o caminho do bem e do conhecimento para partilhar com meus amigos.
Agradeço a orientação da professora, Gabriela Brabo, conduzindo-me para uma qualidade na educação.
Agradeço a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) – Reitor: Prof. Carlos Alexandre Netto.
As coordenadoras do Curso de Graduação em Pedagogia – Licenciatura na Modalidade a Distância/PEAD – Profas. Rosane Aragon de Nevado e Marie Jane Soares Carvalho.
A minha família que em todos os momentos foi o meu apoio.
A APAE-Gravataí que foi parceira em muitos momentos.
A E.M.E.E. Cebolinha de Gravataí, que durante meu estágio proporcionou-me momentos de muita aprendizagem.
Ao I.E.E. Princesa Isabel de Cachoeirinha, onde realizei o magistério, pelo seu primor em qualificar profissionais da educação.
A aqueles que se consideram meus amigos e acreditaram na conquista do meu sonho.


Agradecimentos Especiais:
Tutora: Geny Schwartz da Silva, que em todo o curso foi muito dedicada, incentivando-me a prosseguir.
Coordenador: Silvestre Novak, pelo estímulo de fazer o melhor, superando os limites.
Professora: Luciane Corte Real, que trata o ensino com seriedade e respeito.
Tutora: Graciela Fagundes Rodrigues, que me conduziu nesta etapa final, com muito esmero e compreensão.





RESUMO

O presente trabalho relata a experiência ocorrida durante o período de estágio supervisionado relativo ao curso de Licenciatura em Pedagogia modalidade à distância, desenvolvido no primeiro semestre do ano de 2010. O espaço da pesquisa foi o Laboratório de Informática da Escola Municipal de Educação Especial Cebolinha, na cidade de Gravataí, e teve como objetivo analisar as condições de acesso dos alunos com dificuldades de aprendizagem (deficiência intelectual), às tecnologias presentes na escola, em particular o computador. Os sujeitos desse estudo foram os alunos das diversas turmas que frequentam o laboratório de informática. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, cujo método foi a pesquisa-ação, fundamentada principalmente nos referenciais teóricos de Jean Piaget e Lev Semenovich Vygotsky. Além destes teóricos, pesquisaram-se leis e políticas voltadas para o ensino de alunos com dificuldades de aprendizagem, bem como estudiosos e entusiastas do movimento inclusivo. A pesquisa baseou-se no projeto de aprendizagem desenvolvido durante o estágio, cuja preocupação maior foi desenvolver ações pedagógicas que favorecessem a inclusão escolar de alunos com dificuldades de aprendizagem. Através do laboratório de informática, procurou-se fazer com que os alunos tivessem, pelo menos, o início de uma alfabetização digital, e uma interdisciplinaridade a partir do conhecimento básico do computador, partindo posteriormente para o letramento dos mesmos contando, para isso, com a parceria das professoras de turma. Observou-se, através da convivência e de estudos realizados, que esses alunos possuem dificuldade em interpretar e interagir com objetos que tragam grande número de informações em um mesmo contexto, como é o caso do teclado do computador, por exemplo. Assim sendo, após vasta consulta na Internet, encontrou-se o material chamado de Colméia de Teclado, que possibilita a diminuição do número de informações no teclado, simplificando sua compreensão por parte dos alunos. Devido ao alto valor de aquisição desse material, desenvolveu-se artesanalmente uma máscara de teclado confeccionada com papel cartaz, que apresentou bons resultados em seu manuseio. Em sua maioria, os alunos compreenderam bem a função do referido objeto conseguindo, a partir dele, digitar seus nomes. Alguns, inclusive, chegaram a digitar frases, respeitando suas limitações. Além desse recurso tecnológico, as atividades desenvolvidas foram baseadas no lúdico, visto que os alunos demonstram uma maior concentração e interesse. Para tanto, buscou-se em diversos sites na Internet jogos que pudessem trabalhar as suas funções mentais e conteúdos pedagógicos (cores, tamanhos, letras, números etc.), proporcionando momentos de aprendizagem de forma mais consistente. Complementou-se o material virtual utilizando-se material concreto, como foi o caso do Alfabeto Móvel. Como forma de integrar todas as ações em prol do processo de aprendizagem desses alunos criou-se um sistema de envio de e-mails para os professores, técnicos, gestores e pais. Dentre vários assuntos, foram enviados endereços de sites com vídeos nos quais alunos com dificuldades de aprendizagem aparecem concluindo cursos na área da educação, com o intuito de que essas pessoas ressignificassem suas concepções acerca das dificuldades, bem como motivá-los a dar continuidade ao trabalho desenvolvido no laboratório em suas casas e salas de aula. Por fim, conclui-se que para que haja inclusão de fato, a escola deve demonstrar com atitudes o desejo de ver seus alunos com dificuldades de aprendizagem incluídos em seu contexto, na teoria e na prática, através do investimento e desenvolvimento de projetos como o que foi realizado nesta pesquisa.
Palavras-chave: Inclusão. Laboratório de Informática. Dificuldade de aprendizagem.




SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.........................................................................................................................8
1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.....................................................................................12
2. METODOLOGIA.............................................................................................................. 19
2.1 TIPO DE METODOLOGIA EMPREGADA.....................................................................20
2.2 INSTRUMENTOS UTILIZADOS.....................................................................................20
2.3 PERCURSO DA PESQUISA.............................................................................................22
2.4 A IMPORTÂNCIA DO RELATO REFLEXIVO DAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS....25
3. DESENVOLVIMENTO DE EXPERIÊNCIA..................................................................26
4. ANÁLISE DOS DADOS.....................................................................................................35
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................................40
REFERÊNCIAS......................................................................................................................42
6. ANEXO: TERMO DE CONSENTIMENTO ESCLARECIDO.....................................46



















INTRODUÇÃO

Este trabalho que aborda a acessibilidade dos alunos com necessidades educacionais especiais ao laboratório de informática e, conseqüentemente, ao uso da tecnologia da informação e comunicação (TICs), na escola inclusiva, foi desenvolvido baseado em meu estágio supervisionado, realizado no laboratório de informática de uma escola especial pública municipal, destinada ao atendimento de alunos com dificuldades de aprendizagem. Para melhor explicar o porquê da utilização do termo “necessidades educacionais especiais”, utilizei-me da Resolução CNE/CEBNº 02, de 11 de setembro de 2001, onde destaco o seguinte artigo:
Art. 5º Consideram-se educandos com necessidades educacionais especiais os que, durante o processo educacional, apresentarem:
I – dificuldades acentuadas de aprendizagem ou limitações no processo de desenvolvimento que dificultem o acompanhamento das atividades curriculares, compreendidas em dois grupos:
a) aquelas não vinculadas a uma causa orgânica específica;
b) aquelas relacionadas a condições, disfunções, limitações ou deficiência (BRASIL, RESOLUÇÃO CNE/CEB Nº 2, 2001, P.2)¹.

No que diz respeito à acessibilidade e o uso das TICs:
Art. 3o O Ministério da Educação prestará apoio técnico e financeiro às seguintes ações voltadas à oferta do atendimento educacional especializado, entre outras que atendam aos objetivos previstos neste Decreto:
I - implantação de salas de recursos multifuncionais;
II - formação continuada de professores para o atendimento educacional especializado;
III - formação de gestores, educadores e demais profissionais da escola para a educação inclusiva;
IV - adequação arquitetônica de prédios escolares para acessibilidade;
V - elaboração, produção e distribuição de recursos educacionais para a acessibilidade.
___________________________________
¹. .
.

VI - estruturação de núcleos de acessibilidade nas instituições federais de educação superior.
§ 1o As salas de recursos multifuncionais são ambientes dotados de equipamentos, mobiliários e materiais didáticos e pedagógicos para a oferta do atendimento educacional especializado.
§ 2o A produção e distribuição de recursos educacionais para a acessibilidade incluem livros didáticos e paradidáticos em braile, áudio e Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS, laptops com sintetizador de voz, softwares para comunicação alternativa e outras ajudas técnicas que possibilitam o acesso ao currículo.
§ 3o Os núcleos de acessibilidade nas instituições federais de educação superior visam eliminar barreiras físicas, de comunicação e de informação que restringem a participação e o desenvolvimento acadêmico e social de alunos com deficiência. (BRASIL, DECRETO Nº 6571, 2008)¹


Sou professor, aluno do curso de Pedagogia a Distância ministrado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS, com pensamento voltado para a inclusão, desde que integrada a recursos concretos, teóricos e virtuais. Parto, pois, do principio que tudo que está a nossa volta pode e deve ser utilizado na construção do conhecimento, desde que com orientação e prévio planejamento, com objetivos amplos e específicos, respeitando as experiências dos alunos, bem como suas limitações, procurando, sempre que possível, utilizar o lúdico como forma de motivar os alunos e tornar a aula um momento de prazer enquanto a aprendizagem acontece, seguindo os passos dos mestres Paulo Freire, Maria Montessori, Jean Piaget e Lev Semenovich Vygotsky, dentre outros grandes nomes ligados à área da educação, preocupados em causá-la de maneira abrangente e menos monótona.
Para facilitar o entendimento por parte de quem vá ler este trabalho, no que se refere a
alunado por mim atendido naquele espaço escolar, decidi demonstrar o modo de organização da escola, ou seja, a divisão das turmas de alunos por etapas, conforme quadro abaixo:



________________________
¹
Quadro 1 - Divisão das turmas de alunos por etapas

ETAPA 1: TRANSITÓRIA Composta por turmas de alunos sem idade específica, que tenham comprometimento mental mais acentuado. O trabalho pedagógico objetiva desenvolver nos educandos a independência, organização, socialização, atividades de vida diária e prática, música, expressão corporal, atividades físicas. O educando vai construindo o seu processo de aprendizagem, desenvolvendo suas habilidades com autonomia, formando vínculo afetivo que venha favorecer a interação com o meio social, através do lúdico, sendo a linguagem compreensiva e expressiva sua forma de comunicação.
NÍVEL 1 Composto por turmas de 05 alunos oriundos da estimulação precoce e/ou encaminhados pela central de vagas (SMED). Esse nível tem como objetivo trabalhar a independência, conhecimento do próprio corpo, relações grupais, o brinquedo, sua função e partilha e o brincar como fonte de organização, estruturação e aquisição de conhecimentos.
NÍVEL 2 Composto por turmas de 06 alunos com idade a partir do 05 anos que já possuem experiência de grupo; tem como propósito, além de aprofundar as questões da etapa anterior, enfatizar a troca e a partilha no grupo, conhecer e cumprir rotinas, estruturar-se no brinquedo e nas brincadeiras.
NÍVEL 3 Composto por turmas de 08 alunos com idade de 06 a 08 anos, tem o propósito de dar significado mais concreto ao ato de brincar, explora-se mais esta atividade desafiando-se na construção do conhecimento. Propõem-se maior número de atividades dirigidas, onde cada aspecto possa ser explorado buscando o envolvimento do grupo e sua interação na aprendizagem.
ETAPA 2:
FUNÇÃO A aquisição das funções perceptivo-motoras, memória, atenção, assim como suas possibilidades criativas de linguagem e comunicação propiciarão ao educando o desenvolvimento cognitivo, sócio afetivo e enfatizarão a construção evolutiva das estruturas lógicas do pensamento, confrontando hipóteses e resolvendo problemas.
NÍVEL 1 Composto por turmas de 08 alunos, o trabalho com este grupo visa passagem do concreto para o abstrato, partindo assim de jogos e brincadeiras mais estruturadas, organizadas e dirigidas para a construção do conhecimento; explora-se o alfabeto, mas a ênfase é dada ao nome próprio.
NÍVEL 2 Composto por turmas de 08 alunos, ainda tem o lúdico como ponto de partida em suas aprendizagens, mas já consegue estruturar-se como grupo num trabalho mais formal e associar o brincar com o aprender.
NÍVEL 3 Tem como propósito um trabalho incisivo na questão da escrita, reconhecimento do seu nome, dos colegas, letras do alfabeto, números e quantidades, fenômenos naturais/ políticos/ sociais, que envolvam a sua cidadania e sua aprendizagem.
ETAPA 3:
QUALIFICAÇÃO Nesta etapa serão aprofundados os conhecimentos adquiridos, oportunizando a qualificação para o trabalho e a possibilidade de ingresso nesse mercado.
NÍVEL 1 Composto por turmas que atenderão aos interesses e necessidades de alunos com comprometimento mental mais acentuado, que apesar de adolescentes, necessitam de um trabalho básico e sistemático nas questões de vida prática, socialização e independência.
NÍVEL 2 Composto por turmas de oficinas que, conforme interesse e habilidades, farão atividades específicas de cada projeto de trabalho. Poderão passar por experiências de trabalho em locais cedidos na iniciativa privada ou em órgãos públicos, acompanhados pelo professor e/ou monitor, para posterior encaminhamento para estágio.
NÍVEL 3 Grupo de alunos que estão sendo encaminhados para fazer estágio em órgãos municipais ou iniciativa privada.

A filosofia da instituição é: a formação individual e coletiva dos educandos na construção da cidadania, tendo esta um papel social, cultural político e inclusivo, superando os preconceitos e compreendendo a inter-relação entre seus elementos, nas diferentes dimensões, enquanto coparticipante do processo de melhoria da qualidade de vida.
Como está demonstrado, mesmo buscando através da organização teórica facilitar a aprendizagem de seus alunos, na prática, a escola não conseguia organizar o seu espaço físico para esse fim, o que dificultava o comparecimento de alguns alunos ao laboratório de informática tornando a escola menos inclusiva, visto que o laboratório encontra-se situado no 2º piso da instituição, e não existe rampa ou elevador que facilite o acesso de alunos com limitações motoras de locomoção.
Ao ter o pensamento voltado para a inclusão no ensino como um todo, devemos também pensar nas condições de acessibilidade para que os alunos com necessidades educacionais especiais possam dispor dos espaços destinados a eles dentro das escolas. A escola deve se moldar a estes alunos, tornando-se um ambiente acolhedor, sem dificuldades de acesso ao conhecimento. Os laboratórios de informática das escolas públicas do município são as ferramentas de trabalho ideais para os professores que possuem alunos com dificuldades de aprendizagem, pois servem de motivação para a construção do conhecimento, devido à qualidade e quantidade de recursos que a informatização possibilita aos alunos, facilitando a construção de sua aprendizagem com muito mais significado, oportunizando momentos teóricos e lúdicos dentro de um mesmo ambiente.
Todavia, não adianta conduzir ao laboratório de informática o aluno com necessidades educacionais especiais, se não fornecermos a ele materiais ou formas adaptadas que possibilitem ao mesmo utilizar esses recursos em sua aprendizagem. O contato com esse mecanismo chamado computador visto de forma tão complexa, se não houver tais adaptações, pode vir a causar um grave bloqueio em quem deseja, mas não consegue utilizá-lo de forma adequada, prejudicando o bom desempenho do aluno, principalmente na questão psicológica, que está intimamente ligada ao cognitivo do mesmo.
Minha questão norteadora é a seguinte: Em que consiste a verdadeira inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais quanto à utilização de espaços tecnológicos destinados à inclusão e à facilidade da aprendizagem como um todo?


1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Não podemos, ao realizarmos um trabalho envolvendo a educação, deixar de nos preocupar com o que poderá ser problematizado, bem como a forma como trataremos desses assuntos com os alunos. Por isso, a necessidade de uma pesquisa aprofundada acerca do que os grandes estudiosos da história dessa área do conhecimento têm a nos dizer, pois isto nos servirá de ponto de partida para o desenvolvimento do nosso projeto. Assim sendo, pesquisei o que, para mim, há de melhor nesse universo rico de informações e metodologias que nos levam ao conhecimento, possibilitando esse trabalho perante o aluno. Tal trabalho é voltado para a utilização da tecnologia, na qual se destaca o laboratório de informática das escolas atuais, aonde, o computador vem sendo destacado como importante ferramenta na construção da aprendizagem dos indivíduos, independente de suas faixas etárias ou quaisquer outras diferenças, visto que todos podem e devem utilizá-lo nos ambientes; no caso que irei abordar, o educacional.
A fundamentação teórica está focalizada, principalmente, nos pressupostos de Jean Piaget. Acredito que se Jean Piaget alcançasse a era da informática dos dias atuais provavelmente se preocuparia também em adaptar este instrumento às crianças em suas pesquisas, buscando aprimorar a utilização deste até que fosse usado de maneira uniforme por todos.
Nascido em 9 de agosto de 1896 no estado de Neuchâtel, Suíça Jean Piaget foi uma criança precoce, tendo seu primeiro artigo sobre um pardal albino publicado aos 11 anos de idade. Adulto, se tornou doutor em ciências naturais pela Universidade de Neuchâtel e após, estudou brevemente na Universidade de Zurich. Primeiramente, Piaget se interessou pela psicanálise. Em Paris (França), em 1919,no colégio Grange-Aux-Belle para garotos, dirigido por Alfred Binet, que desenvolveu o teste de inteligência de Binet. Durante o seu trabalho e com os resultados desses testes, Piaget percebeu certa regularidade nas respostas erradas das crianças de mesma idade, o que levou a concluir que, o pensamento infantil é qualitativamente diferente do pensamento adulto. Em 1921, Piaget retornou à Suíça e tornou-se diretor do Instituto Rousseau, em Genebra. .
Em 1923, Piaget se casou com Valentine Châtenay, uma de suas ex-alunas. Juntos, tiveram três filhos, os quais serviram de modelos para seus estudos sobre o desenvolvimento cognitivo. Em 1929, Jean Piaget aceitou o posto de diretor do Internacional Bureau of Education – IBE e permaneceu à frente do instituto até 1968. Anualmente ele pronunciava palestras no IBE Council e na Internacional Conference on Public Education, nos quais ele expressava suas teses educacionais. Piaget morreu em 19 de setembro de 1980, aos 84 anos.
Desenvolvida por Piaget, a Epistemologia Genética defende que o indivíduo passa por várias etapas de desenvolvimento cognitivo ao longo de sua vida. O desenvolvimento dá-se através do equilíbrio entre a assimilação e a acomodação.

Segundo a teoria de Piaget, (A Teoria do desenvolvimento cognitivo, capítulo 6) o crescimento cognitivo da criança se dá por assimilação e acomodação. O indivíduo constrói esquemas de assimilação mentais para abordar a realidade.
No caso de modificação, ocorre o que Piaget chama de "acomodação". É através das acomodações (que, por sua vez, levam à construção de novos esquemas de assimilação) que se dá o desenvolvimento cognitivo. Se o meio não apresenta problemas, dificuldades, a atividade da mente é, apenas, de assimilação, porém, diante deles, ela se reestrutura (acomodação) e se desenvolve (MOREIRA, 1999).

A influência de Piaget faz-se admirável nas áreas da psicologia, pedagogia e educação. No Brasil, suas idéias começaram a ser difundidas na época do movimento da Escola Nova, principalmente por Lauro de Oliveira Lima (nascido em 1921), pedagogo brasileiro conhecido pela sua atuação política na educação e pelo desenvolvimento do Método Psicogenético, estruturado a partir da Epistemologia Genética de Jean Piaget. Em 1949, Lauro de Oliveira Lima formou-se em Direito e, em 1951, em Filosofia. Lauro reside atualmente no Rio de Janeiro, Brasil.
Através da minuciosa observação de seus filhos e principalmente de outras crianças, Piaget impulsionou a Teoria Cognitiva, na qual propõe a existência de quatro estágios de desenvolvimento cognitivo no ser humano:
• Sensório-motor: Dura do nascimento até aproximadamente o segundo ano de vida.
• Pré-operacional: Neste estágio os padrões de pensamento sensório-motor variam para um incremento da capacidade de usar símbolos e imagens dos objetos do meio ambiente. A criança desenvolve, ainda, a linguagem, as imagens mentais e jogos simbólicos.
• Operatório concreto: No estágio operatório concreto, que dura dos 7 aos 11 anos de idade em média, a criança começa a lidar com conceitos como os números e relações.
• Operatório formal: No estágio operatório formal – desenvolvido a partir dos 12 anos de idade em média – o adolescente começa a raciocinar lógica e sistematicamente. As deduções lógicas podem ser feitas sem o apoio de objetos concretos. O pensamento hipotético-dedutivo é o mais importante aspecto apresentado nessa fase de desenvolvimento, pois o ser humano passa a criar hipóteses para tentar explicar e sanar problemas, o foco desvia-se do "é" para o "poderia ser".
As bases do pensamento científico aparecem nessa etapa do desenvolvimento e com ela, conforme o texto, “A construção do espaço, segundo Jean Piaget” (OLIVEIRA 2005), no qual Piaget é citado quando inclui, desde o início da década de vinte do século passado, estudos sobre o espaço tentando encontrar um elo entre a geometria e a maneira de a criança entender as formas dos objetos com seu espaço, bem como o desenvolvimento da formação do símbolo através da imitação e o jogo.

Piaget (1967, p.10-17) concebe a conduta humana como uma adaptação ou mesmo como uma continua readaptação. A conduta é explicada como trocas funcionais entre indivíduo e o meio exterior, comportando dois aspectos intimamente interdependentes: o cognitivo e o afetivo (OLIVEIRA, 2005, p. 106).


Entendo que nesta parte do texto, Piaget nos remete à adaptação ao objeto, proporcionando uma melhor afetividade por parte da criança, ou seja, ela ao deparar-se com um objeto mais simples do que pode ter sido entendido anteriormente, passa a sentir-se motivada a tocá-lo, fato que facilitará a sua aprendizagem, pois, haverá uma maior interação entre a criança e o objeto proposto, seja ele qual for. Piaget se preocupava com o desenvolvimento cognitivo dos indivíduos. Queria saber sobre os mecanismos que o sujeito usa nas diferentes etapas da vida para entender o mundo.
Em busca de resposta para as suas questões, Piaget deparou-se com crianças ativas que participam do desenvolvimento do conhecimento, construindo seu próprio entendimento; para ele, a criança vai à procura do conhecimento. A criança passa a ser vista como um pequeno cientista, engajado em uma exploração ativa, buscando entendimento e conhecimento. A adaptação à realidade externa depende quase que somente do conhecimento. A única coisa capaz de possibilitar ao homem um estado de equilíbrio interno e capacitá-lo ao meio ambiente é o conhecimento. Pensando assim, Piaget cita os conceitos essenciais para a compreensão do processo de desenvolvimento:
• Hereditariedade, segundo a qual o indivíduo herda uma série de estruturas biológicas (sensoriais e neurológicas) que predispõe o surgimento de estruturas mentais. Inteligência não é herdada; herdamos, sim, um organismo que vai amadurecer em contato com o meio ambiente.
• A maturação do organismo (sistema nervoso central) vai contribuir de forma decisiva para que apareçam essas novas estruturas mentais, que proporcionam a possibilidade de adaptação cada vez melhor ao ambiente.
A criança precisa desenvolver recursos intelectuais para solucionar uma ampla variedade de situações para viver satisfatoriamente em um determinado ambiente social. Tanto o ambiente físico como social concorrem no sentido de oferecer estímulos e situações que requerem um processo cognitivo como resolução. O excesso ou a falta de estimulação seja, no plano físico, seja no social, vai interferir no processo de aprendizagem.
Adaptação: o ambiente físico e social coloca a criança diante de questões que rompem o estado de equilíbrio do organismo e eliciam a busca por comportamentos mais adaptativos. Esse processo de adaptação é constituído por dois sub-processos vitais: assimilação e adaptação.
Através do conhecimento, ocorrem novas formas de interação com o ambiente, proporcionando uma adaptação cada vez mais completa e eficiente, tornando gratificante para o organismo, que se sente mais apto para lidar com situações novas. Em um primeiro momento, irá utilizar estruturas mentais já existentes (assimilação) e se estas estruturas mostram-se ineficientes, serão modificadas, a fim de chegar a uma forma adequada para lidar com a situação (acomodação).
Esquemas: são ações básicas de conhecimento, incluindo ações físicas, motoras, sensoriais, e mentais. Devido à imaturidade neurológica e psicológica, a criança não tem conhecimento da realidade externa (objetos, pessoas) ou de seu estado interno (fome, frio), tem apenas sensações. Ex. reage à luz forte com comportamento reflexo de fechar os olhos.
Assim, com um equipamento biológico hereditário, a criança irá formar estruturas mentais para organizar este caos de sensações. Algumas ações apenas físicas ou sensoriais também são esquemas. Segundo Piaget, todos os bebês começam a vida com um pequeno repertório de esquemas sensoriais e motores simples – olhar, tocar, provar, ouvir. No decorrer do desenvolvimento, eles vão pouco a pouco adquirindo esquemas mentais mais complexos.
Como podemos constatar, Jean Piaget também pensava em adaptação¹, das crianças ao seu meio. Hoje a tecnologia está como recurso necessário e que contribui muito para auxiliar neste desenvolvimento. Contudo, como na área da educação, dentre outras. Surge também a tecnologia, assunto que pretendo descrever, não antes de relatar quem era Vygotsky.
Lev Semenovich Vygotsky foi um psicólogo bielo-russo, nascido em Orsha no dia 5 de Novembro de 1896 e falecido em Moscou no dia 11 de Junho de 1934. Segundo Vygotsky, o desenvolvimento intelectual das crianças ocorre em função das interações sociais e condições de vida.
Filho de judeus, morou sua infância em Gomel. Já adulto, estudou simultaneamente Literatura e História na Universidade Popular de Shanyavskii, porém antes em 1918, se formou em Direito pela Universidade de Moscou e retornou para Gomel. Em 1924, casou-se e ministrou curso de Psicologia no “Instituto de Treinamento de Professores”, onde implantou um laboratório de Psicologia. Na mesma época fundou uma editora e publicou uma revista literária. Foi destacando-se por suas críticas literárias e análises do significado histórico e psicológico das obras de arte, críticas que foram incorporadas ao livro “Psicologia da Arte”. Estudioso, fez críticas as obras da Gestalt, a teoria da psicologia iniciada no final do século XIX na Áustria e Alemanha que possibilitou o estudo da percepção; à Psicanálise, que é um campo clínico de investigação que foi desenvolvido por Sigmund Freud; e ao Behaviorismo, que é o estudo do comportamento ou da conduta num conjunto de teorias psicológicas, bem como às idéias de Jean Piaget.
Vygotsky fazia suas pesquisas de campo visitando pontos isolados de seu país, executando testes neuropsicológicos entre as aldeias nômades do Uzbequistão (Ásia Central),
entre os períodos de realinhamento cultural e socioeconômico da revolução socialista, que incluía alfabetização, cursos rápidos de novas tecnologias, organização de brigadas, fazendas coletivas e outros, como foi descrito por Alexandre Romanovich Luria, num ensaio sobre diferenças culturais e o pensamento (EDUSP, 1988 – Luria, A.R. Diferenças culturais de Pensamento, pp 39-58) .
Depois de tomar parte em uma conferência proferida no "II Congresso de Psicologia" em Leningrado, trabalhou no Instituto de Psicologia de Moscou. Trabalhou também no departamento de Educação Especial de Narcompros, onde publicou sua obra “A Formação


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¹Adaptação: capacidade de adaptar, as suas estruturas mentais ou comportamento para se adaptar às exigências do meio.

Social da Mente”, em que aborda os problemas da gênese dos processos psicológicos tipicamente humanos, analisando-os desde a infância à luz do seu contextohistórico-cultural. Em “Fundamentos de Defectologia” abordou sobre os distúrbios de aprendizagem, em todas as formas de deficiência congênita. Nesse estudo se associou ao grupo de pesquisa de neuropsicologia, que é a aplicação da neurologia e da psicologia juntas para estudar as relações do comportamento humano e as funções do cérebro em suas diferentes lesões Teve como discípulos e parceiros Alexander Luria e Alexei Nikolaievich Leontiev, os dois grandes responsáveis pela disseminação dos textos de Vygotsky. A primeira versão de um livro seu no ocidente ocorreu em 1962 nos Estados Unidos, quando foi lançado o livro “Pensamento e Linguagem”.
Vygotsky tinha muitos amigos, entre eles o cineasta Serguei Eisenstein, ao qual admirar por conciliar a análise de uma obra com a teoria psicanalítica, estudando fábulas, línguas, críticas literárias (1915-1920), respeitando o estudo da arte literária. Houve restrições às suas obras, devido ao regime de censura sobre a psicanálise. As obras de Vygotsky foram proibidas na União Soviética de 1936-1956, por identificaram-no como idealista, por críticas às teorias de Pavlov, que apresentou como pesquisa o reflexo condicionado, por associação, trabalhando com animais. Vygotsky inicialmente concordava com a idéia, mas salientava sobre a capacidade humana de criar. Por estar em plena revolução Russa, o desejo de escrever a psicologia baseada no materialismo, em que a matéria é a única substância para afirmar a existência. Marx afirma que há mudanças qualitativas e quantitativas e de natureza; logo, existe uma consciência que vem da matéria.
Com a saúde precária devido a uma tuberculose adquirida aos 19 anos, Vygotsky vê o seu trabalho inicialmente sendo reconhecido, e depois proibido pelo governo de Stalin. Reconhece-se atualmente que foi fundamental todo o seu estudo para o desenvolvimento psicológico, principalmente em seu país, onde seus pensamentos foram associados a Marx e Engels, sobre mudanças do homem e da natureza, mudanças históricas da sociedade e do comportamento humano.
Vygotsky traz o desenvolvimento dos problemas psicológicos segundo seus métodos, aplicações e práticas em sua análise na arte, na educação, na reabilitação neurológica. Para ele, a cultura faz parte do desenvolvimento de cada pessoa. Sua teoria denominada Psicologia histórico – cultural define as relações entre antropologia, cultura e história, com o objetivo de estudar desenvolvimento humano em interação com o meio (que vem além do espaço físico próximo), pelo viés cultural e histórico. Através do estudo da defectologia¹, foram analisadas as causas das deficiências mentais e sensoriais. Para Vygotsky, a linguagem é um sistema de signos desenvolvido de grande importância, tanto quanto os instrumentos de trabalho, configurando-se em uma combinação de um conceito com uma imagem mental. Através da linguagem em nosso meio social e cultural, há uma transformação no nosso desenvolvimento; assim era a visão de Vygotsky, para a construção do sujeito e seu meio.
A passagem das funções psicológicas elementares para as superiores ocorre, portanto, pela mediação proporcionada pela linguagem que, na abordagem vygotskyana, intervém no processo do desenvolvimento intelectual da criança não se apropria qualitativa e quantitativamente dos conhecimentos desejáveis que alcança por meio de interações provenientes com os elementos mais experientes do seu grupo social.
A linguagem do meio ambiente, que reflete uma forma de perceber o real, num dado tempo e espaço, aponta o modo pelo qual a criança aprende as circunstâncias em que vive, cumprindo uma dupla função: de um lado, permite a comunicação, organiza e medeia a conduta de outro, expressa o pensamento e ressalta a importância reguladora dos fatores culturais existentes nas relações sociais (MARTINS, 1993, p.114-115).



A idéia de Vygotsky, de que a intervenção de outras pessoas é fundamental para a formação de cada sujeito não deve ser considerada como proposta de caráter autoritário ou como conduta postulada ao ensino tradicional. Porque seu propósito na pesquisa não é fazer uso do experimento como determinante das condições que controlam o comportamento nem tampouco ser especulativo. Seus princípios derivam de abordagem, que privilegia a natureza dos processos psicológicos superiores, e admite quão complexa é a tarefa de conduzir e de explicar cientificamente os comportamentos(GUEDES, 2008, p.33)


Vygotsky nutriu o intuito de conhecer a origem das características psicológicas humanas. Em sua teoria, não pretendia criar um modelo de transmissão de experiência do adulto para a criança. O pensamento infantil difere do adulto, o que ocorre é uma construção ativa de tudo
que lhe é oferecido. Cabe ao educador mediar este conhecimento. O pensamento de Vygotsky destaca os fatores psicossociais nas condições da aprendizagem e desenvolvimento infantil. Duas dimensões afetam o desenvolvimento humano, o social e o cultural, não somente na evolução, como na dimensão biológica. Ao considerar as realidades escolares deve-se saber que os sujeitos trazem histórias, diferentes. Por esta razão, com seus estudos procurou defender o atendimento educacional para crianças com deficiência em escolas regulares.







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¹ defectologia: Campo de estudos que se estuda as pessoas que apresentam algum tipo de “defeito”-aqueles que não se enquadram nos parâmetros da normalidade. Seja sob uma condição física, seja sob uma condição psicológica.

[...] para Vygotsky há uma construção de cultura e de um corpo de conhecimento, e de processos mentais superiores (a cognição humana) que são desenvolvidos a partir da interação social, primeiro externamente, depois internamente. A internalização possui como característica principal uma reconstrução interna de uma operação que representa uma atividade externa, e a transformação de aspectos do plano interpessoal para o intrapessoal, por uma série de eventos que ocorrem ao longo de todo processo de desenvolvimento. Essa internalização acontece tendo como conteúdo básico o que Vygotsky chama "atividades historicamente desenvolvidas e socialmente enraizadas'" (1984 p. 65).



A transformação dos processos mentais elementares em funções superiores ocorre por meio das atividades mediadas e por meio das ferramentas psicológicas, o que implica , para Vygotsky que formação da subjetividade individual decorre do relacionamento com os outros.(GINDIS, 1995).


As influências sociais são fundamentais para o aluno, depois eles internalizam o que vêem, transformando em sua propriedade. Segundo Vygotsky é por meio do convívio com o outro que o homem se constitui. Isso ressalta o papel da social desse trabalho que vem falar do uso de TICs no processo de aprendizagem considerado as constantes transformações históricas da sociedade e também da educação. É falar das mudanças nas formas da sociedade e também da educação. É falar das mudanças nas formas de comunicação. É tratar das novas formas de aquisição e de intercâmbio de conhecimentos (MATTA, 2007).



2. METODOLOGIA:

A natureza de minha pesquisa foi de cunho qualitativo. Segundo Godoy (1995), este tipo de pesquisa tem como características básicas:
- O ambiente natural como fonte direta de dados e o pesquisador como instrumento fundamental;
- O caráter descritivo;
- O significado que as pessoas dão às coisas e à sua vida como preocupação do investigador;
- O enfoque indutivo.

2.1 TIPO DE METODOLOGIA EMPREGADO
Minha pesquisa direciona-se ao conceito de “Pesquisa-ação”, pois a minha intenção, ao realizar o meu trabalho dentro do laboratório de informática de uma escola especial, onde o público alvo são crianças com necessidades educacionais especiais, foi a de realizar mudanças dentro daquele ambiente, promovendo a inclusão dessas crianças através do desenvolvimento de materiais que possibilitassem o acesso das mesmas ao computador e a toda a gama de conteúdos que o mesmo possui, os quais devem ser apresentados às crianças de maneira gradual e sistemática, promovendo a aprendizagem de forma mais consistente e objetiva.

2.2 INSTRUMENTOS UTILIZADOS
Os instrumentos utilizados em minha pesquisa basearam-se na observação que fiz como professor estagiário no laboratório de informática, bem como no diário de bordo, o qual redigi diariamente, como forma de alcançar o mais próximo possível dos acontecimentos com os alunos no laboratório, pois destes dependia o meu desenvolvimento de aula para o dia seguinte com as devidas turmas.
a) Espaço de pesquisa:
Laboratório de Informática pertencente à Escola Municipal no município de Gravataí.
O prédio onde a escola funciona pertence à Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais – APAE de Gravataí. É constituído de, dois andares de área construída, em alvenaria, com rampa de acesso para portadores de deficiência física, logo na entrada, apenas no andar térreo. Possui 38 salas divididas em salas de aula, salas de atendimento técnico e serviços administrativos. A escola possui também 11 banheiros, um refeitório com cozinha anexa, um auditório para reuniões e atividades pedagógicas e pracinha com mini playground, cercada. Há ainda um pátio de pequenas dimensões, usado para atividades de recreio, educação física e estacionamento de veículos à noite e fins de semana.
Quanto a recursos humanos, a escola conta com um corpo docente composto por 21 professores regentes, todos com titulação habilitada na área de ensino de pessoas com deficiência intelectual, antes tratadas como portadoras de deficiência mental; 02 professores de educação física; 01 professor responsável pelo Laboratório de Informática/ LIE; 01 professor responsável pela Brinquedoteca; professoras na sala de atendimento pedagógico especializado; 01 diretora; 01 vice-diretora; 01 supervisora pedagógica; 01 orientadora educacional; 01 secretária escolar; 07 auxiliares de serviços gerais; 01 cozinheira; 01 chocolateira; 01 auxiliar de transporte e 07 motoristas.
Quanto à equipe técnica, a escola possui 02 psicólogos, 01 assistente social, 02 fisioterapeutas; 01 médica neurologista, 02 terapeutas ocupacionais, sendo que uma atende na Estimulação Precoce, e 02 fonoaudiólogas. A escola conta com a parceria da Secretaria Municipal da Saúde, com a assessoria e atendimento dos profissionais da área da pediatria, neurologia e psiquiatria.
Existem ainda, os estágios de psicologia clínica e escolar, fisioterapia, serviço social, terapia ocupacional, educação física, com número variável de estagiários funcionando via convênio com universidades da região metropolitana. A escola também possui uma parceria com um colégio, o qual encaminha monitores, alunas do curso normal de Magistério que atuam em sala de aula.
A escola conta com serviço de transporte escolar gratuito, oferecido aos alunos de acordo com critérios próprios e que é efetuado em sete Kombi escolares, também propriedades da APAE de Gravataí e que, da mesma forma que o prédio, são utilizados, pela escola através da parceria estabelecida entre órgão e Prefeitura Municipal de Gravataí.
No Laboratório de Informática, a escola conta com 08 computadores, que apesar de não serem de última geração, estão ligados à Internet, com conexão de banda larga, sendo que dois não estão se conectando e um terceiro está fora de uso, todos aguardando a manutenção devida. O tipo de programa utilizado nos micros é o Windows XP Professional.
Há um agendamento prévio para a utilização do laboratório pelos alunos, os quais possuem entre 04 e 15 anos de idade. A diretoria oferece todo o suporte para a realização de trabalhos inovadores, desde que previamente apresentados à mesma e à supervisão. Devido tratar-se de alunos com necessidades educacionais especiais, todas as atividades são descritas em suas pastas de fichário.
b) Sujeitos da pesquisa:
Por tratar-se de estágio realizado no Laboratório de Informática da escola, onde alunos de todas as turmas são atendidos, decidi escrever sobre o alunado que freqüenta o local diariamente, pelo turno da manhã.
As turmas são divididas por etapas, conforme está descrito no Quadro 1 apresenta na introdução deste trabalho.


2.3 PERCURSO DA PESQUISA
Na primeira semana de estágio (12 a 16 de abril de 2010), após ter efetuado previamente uma sondagem com os alunos na qual utilizei o projeto citado abaixo (e onde também consta o resultado obtido), tive de rever a maneira como poderia da continuidade ao ensino, objetivando a melhoria na aprendizagem desses alunos, os mesmos conforme segue:

A) Síntese do Projeto Apresentado e Razões para a Busca da Melhoria da Acessibilidade por Parte dos Alunos.
Desde o momento em que redigi o projeto “Utilizando a Informática na Educação de Alunos com Necessidades Especiais”, o qual foi elaborado levando em conta a leitura do texto “Arquiteturas pedagógicas para educação a distância” (BEHAR, BERNARDES e SILVA, 2009), procurei adaptar a idéia da criação da arquitetura de uma trilha pedagógica, a qual poderia suprir as necessidades na educação a distância e também no ensino regular, para que também pudesse ser utilizado em escola especial, em aulas presenciais. Minha intenção, ao redigir tal projeto, era clara: Queria desenvolver com os alunos dentro do laboratório de informática algo inovador, que despertasse o interesse dos alunos, trazendo uma problematização constante sobre diversos temas, ligando o mundo virtual, através de uma trilha desenvolvida dentro de um programa de computador, com o mundo real. Assim, os alunos precisariam da utilização de seus conhecimentos relacionados à sua alfabetização (para aqueles que já poderiam considerar-se alfabetizados) e motivação para construir o conhecimento a partir daqueles que ainda estão sendo inseridos no mundo da escrita, através da apresentação das letras para possível digitação no computador.
Para que seja melhor entendido o grau de dificuldade encontrado, resolvi descrever também o projeto original do jogo da trilha.

B) Projeto Original:
• Jogo da trilha de aprendizagem:
Este jogo foi desenvolvido dentro do que há de mais simples no mundo virtual; a intenção é fazer com que o aluno desenvolva habilidades utilizando ferramentas simples, como o mouse, o teclado, para poderem interagir com o mundo virtual e com os colegas de maneira prática e sadia. O programa utilizado é o “Microsoft Word”, que facilita o professor na hora de confeccionar as atividades, pois ele só terá a preocupação de escolher o site que pretende utilizar, selecioná-lo, copiar e colá-lo na página onde está desenvolvendo a trilha.
No decorrer da trilha, o professor deve escrever em outro local como está sendo o comportamento do aluno, bem como todas as dificuldades encontradas em realizar a atividade. No final da trilha, o professor deverá digitar tudo o que ocorreu em cada fase, fazendo uma reflexão final sobre como o aluno comportou-se do início ao fim da trilha, a parte que superou mais facilmente, o tempo que levou para atingir essa fase, as ferramentas com as quais teve melhor adaptação, aquelas com as quais teve maior dificuldade. Essa atividade é importante para que o professor possa, em sala de aula, buscar melhor aproveitamento no desenvolvimento cognitivo do aluno. Por sua vez, o aluno deverá percorrer toda a trilha, pois os softwares disponibilizados servem para realizar diferentes atividades, as quais dizem respeito à verificação de diferentes habilidades do aluno em sua rotina diária. Esta trilha pode ser continuada, bastando acrescentar a elas novos links de jogos ou outro material pedagógico.

1ª Etapa: Desenho para Colorir
Devemos explicar ao aluno como utilizar as ferramentas necessárias para colorir o desenho, fazendo o possível para que parta dele a escolha das cores, mesmo quando não conseguir segurar o mouse.
Objetivos: que o aluno consiga expressar-se ao:
• Identificar as cores;
• Relacionar as cores com a imagem a ser colorida;
• Demonstrar acuidade visual;
• Relatar sua opinião sobre o porquê daquela cor;
• Utilizar as ferramentas propostas de maneira correta;
• Deixar o professor auxiliá-lo quando necessário;
• Verificar o comportamento do aluno frente à situação proposta.

2ª Etapa: Jogo do labirinto:
Neste jogo, o aluno poderá demonstrar o seu raciocínio lógico, ou seja, utilizando as setas do teclado, ele fará com que a figura de um indivíduo atinja a outra extremidade do labirinto. Se necessário, o aluno deverá ser orientado pelo professor que, por sua vez, deverá fazê-lo procurar o caminho correto, de maneira harmoniosa e com cautela. Caso o aluno consiga concluir e deseje passar para a próxima fase do jogo, o professor deve permitir, pois é bom sabermos até que ponto ele se interessa por este tipo de jogo e avaliarmos sua visão e sua coordenação, ao utilizar as setas para cima, para baixo e para os lados.
Objetivo:
• Analisar o raciocínio lógico do aluno;
• Verificar a sua coordenação;
• Observar a visão do aluno;
• Ponderar sobre as limitações do aluno e a maneira de superar estas limitações;
• Verificar o comportamento do aluno frente à situação proposta.

3ª etapa: Jogo da Cobra
Este jogo consiste em alimentar a cobra com as maçãs e pêras que aparecem no vídeo. A cobra está em constante movimento, assim sendo, a velocidade com que o aluno clica nas setas do teclado ajuda-o a alimentar a cobra, mas ele tem de ter o cuidado para não fazer a cobra morder o próprio corpo.
Objetivos:
• Observar a acuidade visual;
• Desenvolver a coordenação motora fina;
• Desenvolver a lateralidade;
• Adequação espacial;
• Observar o comportamento do aluno frente à atividade proposta.

4ª Etapa: Vista a Fifi
Este jogo tem por finalidade fazer o aluno utilizar artigos de vestuário para vestir a personagem. O que o levará a distinguir entre diferentes tipos de calçados, roupas e chapéus, bem como, cores e tamanhos.
Objetivos:
• Já relacionados anteriormente.

5ª Etapa: Jogo da Memória
Este jogo consiste em avaliar o grau de percepção visual e memorização do aluno. Para isso, ele deve clicar com o mouse sobre a figura circular; nesse instante, aparecera a figura escondida, a qual ele deverá memorizar para encontrar o par correspondente.
Objetivos:
• Desenvolver a acuidade visual;
• Exercitar a memorização;
• Exercitar a coordenação motora fina;
• Desenvolver a noção de tempo.

Obs.: Para facilitar o desenvolvimento de meu estágio, procurei me informar sobre a agenda referente à utilização do Laboratório de Informática por parte dos alunos do turno da manhã. Agindo desta forma, pude enumerar os computadores de forma que conseguisse observar os alunos de maneira mais individualizada , identificando as dificuldades de cada um, promovendo uma maneira de adaptar, sempre que fosse o caso, o computador às necessidades de cada um deles. Outros softwares foram sendo incluídos na trilha, conforme a solicitação das professoras das turmas, que também possuem seus projetos temáticos, como por exemplo: A família; Os animas; As plantas, etc. A inclusão desses outros softwares foi feita de acordo com a faixa etária de cada aluno.
A partir da tentativa de desenvolver as atividades relacionadas com a trilha de aprendizagem com os alunos, já na primeira semana, fiz meu relatório reflexivo sobre o que estava ocorrendo.

2.4 A IMPORTÂNCIA DO RELATO DAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS.

Fazer um relato reflexivo do que se está trabalhando com os alunos é de suma importância, pois nos faz raciocinar sobre suas habilidades, as reais condições que possuem em desenvolver certas atividades, quais fatores podem causar traumas que impedirão a continuação com atividades semelhantes no futuro, o que poderá prejudicá-los, principalmente àqueles com necessidades educacionais especiais. Assim sendo, já na primeira semana após a sondagem, observei que os alunos não sabiam ler e escrever, portanto, utilizar o Google com os mesmos seria complicado, uma vez que, por se tratar de um site de pesquisa, os alunos teriam de escrever algo para que o referido site os levasse para um ambiente correspondente.
Havia observado que a maioria dos alunos parecia atrapalhada na hora de procurar as letras no teclado, devido à grande quantidade de informações que ele contém. Utilizei muito, em minha pratica pedagógica, o site criado para nos orientar neste curso de Pedagogia a Distância intitulado “Cantinho da Inclusão”, onde logo no início da primeira página, está escrito o conceito de escola inclusiva: “O conceito de escola inclusiva está associado à modificação do funcionamento e da resposta educativa, de modo que se tenha lugar para todas as diferenças individuais, inclusive aquelas ligadas a alguma deficiência” (BLANCO, 2002, p. 8). Infelizmente, até aquele momento, este conceito não havia sido posto em prática no laboratório de informática da instituição pesquisada, o que me fez refletir sobre a ocorrência de um laboratório de informática em escolas públicas da rede regular de ensino.
E foi baseado em todos estes acontecimentos, que procurei me aprofundar cada vez mais na questão da acessibilidade, o que me levou a realizar o meu trabalho de conclusão de curso sobre este tema, muito atual e de extrema importância ontem, hoje e sempre.
Utilizando e-mails, dentre outros meios de comunicação, busquei fazer uma integração entre os professores, a supervisão, a orientação e a direção da escola, visando procurar caminhos seguros para auxiliar os alunos, desenvolvendo materiais de apoio que atendessem às suas reais necessidades, tornando as aulas muito mais construtivas e motivadoras.









3. DESENVOLVIMENTO DA EXPERIÊNCIA


Escolhi alguns fatos retirados de meu “Relatório Diário do Estágio” para servirem como exemplo de como realizei o meu trabalho e como cheguei as minhas conclusões.
No primeiro dia de estágio, recebi no laboratório de informática, a professora M.E., do 3 N II - turno da manhã. Realizei com os alunos atividades correspondentes à trilha do desenvolvimento, para ter noção sobre como utilizar melhor o computador com eles. Através da utilização do jogo de colorir Pic-nic e do jogo de vestir para o Baile, descobri que alguns alunos não reconheciam as cores nem faziam relação delas com a realidade, isto é, pintavam uma árvore inteira de azul, por exemplo. Apesar de identificarem as figuras correspondentes no jogo das vestimentas, no qual reconheceram chapéus, sapatos e roupas, ao se depararem com as cores dos objetos, não as identificaram. Havia aluno que ficava inquieto, não conseguia concentrar-se no que estava fazendo, tinha dificuldade na coordenação motora fina, mas demonstrava boa acuidade visual, auditiva, era educado, tinha capacidade de problematização etc.
Todas as minhas observações eram enviadas às professoras, pois agindo desta forma, elas poderiam verificar o modo de agir de seus alunos também fora da sala de aula. As professoras, por sua vez, respondiam aos e-mails enviados ou compareciam ao laboratório para trocarmos idéias sobre como ajudar de maneira mais consistente aos alunos.
Essa integração nos rendeu momentos muito ricos. Conseguimos executar projetos confeccionados pelas professoras em sala de aula, dando continuidade no laboratório de informática, transformando o computador era uma espécie de prolongamento, da sala de aula, procurando incluir o laboratório na vida estudantil dos alunos. Assim, esse espaço passou a ocupar lugar importante no dia a dia desses alunos, que começaram a sentir maior prazer em comparecer às aulas de informática. Essa motivação ajudou muito na aprendizagem adquirida.
Em um dos dias, relatei à professora D. que a aluna J., de seis anos, não possuía boa coordenação motora; contudo, relacionava as figuras geométricas muito bem. Solicitei-lhe que demonstrasse com o dedo onde se encontrava a figura correspondente na tela e ela conseguiu quase todas às vezes, mesmo quando as figuras tinham tamanhos diferentes. A única figura que dificultou sua atividade foi o losango, que ela confundia com o triângulo ou com o quadrado. No mais, ela se saiu muito bem para a sua idade. Sua curiosidade fez com que mexesse nos botões de ajuste do monitor. Assim, ela aprendeu que o primeiro botão (menu) aciona os comandos e enche a tela de palavras, o último botão (exit) limpa a tela. Então, por vezes ela acionou e limpou a tela, fazendo relação entre os botões, demonstrando ser muito esperta. Existem palavras que ela não pronuncia direito, principalmente aquelas com mais de duas sílabas (amarelo, vermelho, estrela etc.), por isso é importante fazê-la falar, as palavras várias vezes, fazendo com que melhore a sua pronúncia.
Com esse exemplo, procuro demonstrar que às vezes, o material de apoio da criança já está com ela, basta aceitarmos o modo como ela consegue realizar a atividade. Se ela não opera bem o mouse, mas consegue demonstrar com os dedos aquilo que esperamos, devemos respeitar e procurar motivar a aluna a agir desta forma, pois somente assim compreenderemos sua capacidade cognitiva e poderemos auxiliá-la em seu desenvolvimento.
A aluna F. da turma da professora M. também demonstrou boa coordenação motora, soube relacionar muito bem as figuras geométricas. Para quebrar a monotonia, resolvemos realizar a atividade do Teatro dos Dedinhos, dentro do mesmo software “Coelhinho Sabido”. Essa atividade consiste em ouvir a música, visualizar os gestos na tela e realizar os gestos enquanto os ouve e vê. A aluna conseguiu realizar todos os gestos; não cantou as músicas, mas dançou conforme solicitado, o que demonstra boa acuidade visual, auditiva e coordenação motora. A aluna realizou a atividade sentada, mas também poderia tê-lo feito em pé. Tudo isso demonstra, acima de tudo, que essa aluna é muito sociável, comunicativa, com boa capacidade de concentração. Quando o estímulo é colocado a sua frente, ela demonstra estar motivada, como a maioria dos alunos de escola regular.
Já o aluno W. relacionou as figuras geométricas muito bem. Demonstrou não querer executar o Teatro dos Dedinhos; respeitei sua vontade, afinal, o aluno precisa querer executar a atividade, senão o ambiente fica tenso. O aluno não consegue reconhecer cores, mas coordena o mouse muito bem, reconhece personagens, possui boa coordenação motora, acuidade visual e auditiva.
Não me limitei a realizar atividades apenas no laboratório, pois precisava conhecer os alunos em outros momentos para entender melhor seu modo de agir e pensar, uma vez que fora de quatro paredes, os alunos costumam demonstrar do que realmente gostam, e isto é de suma importância para quem deseja adaptar o ambiente para eles, e assim, propiciar uma aprendizagem mais efetiva.
Em um desses dias, no recreio, realizei com alguns alunos um jogo de esconde – esconde. Foi muito divertido, e pude observar o aluno M. F., da turma da professora C, contando até dez, enquanto que no laboratório ele não demonstrou saber contar. Entretanto, no pátio, ele realizou esta atividade, auxiliado pouquíssimas vezes por mim.
Também pude observar o comportamento dos alunos M. C., M. M. e C. fora da sala de aula e do laboratório. Eles são muito brincalhões, sabem utilizar estratégia para não se deixarem pegar na brincadeira do esconde – esconde, são respeitadores uns com os outros. Às vezes exageram um pouco se estiverem jogando bola, pois chutam forte nos colegas menores, mas isto também acontece em escolas regulares. Os alunos são muito sociáveis e criativos em suas brincadeiras, o que me leva a concluir que lúdico também deve ser utilizado para motivá-los em sua aprendizagem. Pena que o recreio deles é de apenas 15 minutos.
Na quarta semana, comecei uma diferenciação na metodologia de ensino com os alunos da Etapa 1 níveis 1, 2 e 3; Etapa 2 níveis 1 e 2. Após ter conversado com as respectivas professoras das turmas, verificamos que poderíamos introduzir a utilização do teclado, ou seja, promover o letramento aos alunos que estavam na Etapa 2 de aprendizagem. Para tanto, continuei utilizando o software “Coelhinho Sabido” com os alunos pertencentes à Etapa 1 níveis 1, 2 e 3, como segue:
– Software em CD “Coelhinho Sabido”. Castelo das Bolhas, Jogo das Figuras Geométricas, Jogo das Cores do Arco Íris, Trem das Letras (objetivos já citados anteriormente).
Já aos alunos pertencentes à Etapa 2 Níveis 1, 2 e 3, apresentei o teclado, suas teclas, procurando fazer com que adentrassem no mundo das letras, através do qual pretendíamos que sentissem motivação para escrever seus nomes.
Mesmo sem possuir a máscara ou colméia do teclado, a qual poderia ajudar no sentido de diminuir a quantidade de informações constantes no teclado – o que poderia desconcentrá-os -, acreditei que seria de grande valia se posicionassem esses alunos, de maneira correta. Em último caso, utilizando recursos parecidos com a máscara, como, por exemplo, tiras de cartolinas coladas sobre as partes onde os alunos não deveriam observar naquele momento. Acreditei que poderíamos fazer com que os alunos, utilizando o Microsoft Word, digitassem seus nomes repetidas vezes, até que conseguissem gravar onde estão posicionadas as letras, como se estivessem nas escolas antigas destinadas à aprendizagem de datilografia, só que neste caso, voltados para a digitação, utilizando mecanismos muito mais evoluídos tecnologicamente.
Provavelmente iríamos encontrar alunos com dificuldades, principalmente em se tratando de alunos com necessidades educacionais especiais, mas já prevendo algumas destas dificuldades, eu e as professoras resolvemos utilizar o alfabeto móvel com os alunos em suas respectivas salas de aulas, com o propósito de facilitar no desenvolvimento das atividades no laboratório de informática onde teriam de utilizar as letras para escreverem seus nomes.
Objetivos:
• Demonstrar sua capacidade de memorização referente às letras;
• Desenvolver atividades envolvendo a digitação de seus nomes;
• Relacionar as letras formando palavras;
• Coordenar suas mãos sobre o teclado;
• Concentrar-se ao realizar a atividade proposta;
• Desenvolver a acuidade visual;
• Reconhecer as teclas solicitadas no computador.
No 18º dia, por tratar-se de véspera do “Dia das Mães”, a maioria das turmas ficou finalizando os preparativos para a comemoração do dia seguinte. Para não ficarmos de fora, redigimos um marcador de página, do qual fiz cópias em folhas de papel oficio, postando em cada uma quatro marcadores com o propósito de serem recortados pelos alunos em suas turmas e colados em cartolina, para serem ofertados às mães no seu dia.
Penso que essa interação entre o laboratório de informática deveria existir em todas as escolas, visto que aproxima as pessoas que ali convivem diariamente da tecnologia, proporcionando uma maior motivação para continuarem efetuando atividades no laboratório.
A turma da professora I.ficou sozinha comigo no laboratório; a referida professora não pode acompanhá-los, pois estava ajudando nos preparativos para a comemoração do Dia das Mães, que aconteceu no dia seguinte. Observei que a partir desta aula, algumas melhorias começavam a aparecer como podemos constatar a seguir:
− A aluna G demonstrou melhoria na atividade de relacionar as figuras geométricas. Embora não tenha reconhecido as cores e as letras e não pronunciasse corretamente as palavras, mostrou-se educada e estava mais concentrada na atividade. Evidenciou, boa coordenação motora ao utilizar o mouse, mudando de jogo no software “Coelhinho Sabido” sem necessitar de ajuda, demonstrando segurança e controle sobre seus atos.
− O aluno E: demonstrou boa coordenação motora. Conforme o assunto, conseguia pronunciar bem as palavras, o que indicou que se isto fosse melhor trabalhado, ele poderia comunicar-se bem sempre. Por vezes, aproximou a cabeça do monitor, dando a impressão de que não estava enxergando muito bem. É uma criança levada, gosta de dar rasteira nos colegas, mas, como qualquer criança de boa índole, quando foi solicitado que parasse, pediu desculpas, reconhecendo que agiu de forma errada. É educado, não sai do laboratório sem antes solicitar permissão ao professor. Como ocorre freqüentemente na situação de sala de aula, costuma solicitar para ir ao banheiro quando perde o interesse pela atividade, fazendo com que o professor procurasse orientá-lo a encontrar outra atividade mais motivadora.
− O aluno W: demonstrou boa coordenação motora. Relacionou as figuras geométricas, embora não tenha pronunciado bem as palavras. Também não reconheceu alguns desenhos e não identificou cores, letras e números (por vezes tentei fazer com que os identificasse, mas percebi que ainda não os havia aprendido, apenas decorado).
No 22º dia, iniciamos a utilização do teclado com a turma da professora E. Confeccionei uma máscara de teclado utilizando papel cartaz e fita adesiva cedidos pela escola. Cada computador recebeu este artifício para ajudar na digitação. Salvamos os documentos escritos pelos alunos, que nessa primeira aula estavam utilizando as letras do próprio nome, com o intuito de fazê-los aprender como se identificar, enquanto conheciam melhor as letras e as digitavam. Relação de alunos por computador:
M.M- 3
A.P- 4 M.C- 6 G- 6 F- 7 M.P- 8 C- 8


Trouxe para a sala de aula um alfabeto móvel, o qual auxiliou os alunos a identificarem e relacionarem as letras dos nomes com as respectivas no teclado. Esse primeiro dia com esta turma foi muito bom, os alunos estavam motivados para esta nova aprendizagem. Só o fato de os alunos estarem se concentrando, deixando que eu e a professora E. demonstrássemos com o alfabeto móvel as letras que fazem parte de seus nomes para que as relacionassem com as mesmas no teclado, para mim isto já foi uma aprendizagem, pois a vontade de continuar faz toda a diferença para quem quer aprender. Seria injusto citar este ou aquele aluno, a não ser que o tivesse atendido em separado, pois todos demonstraram de alguma forma esta vontade, e isto foi o que realmente me importou. Nesse momento, vislumbrei uma luz no final do túnel e estou feliz em poder ajudá-los nessa jornada.
Explicar ao aluno como digitar a letra fazê-lo, ordenar as letras no documento, pedir que pronuncie o que está escrito, sentir que o aluno está entendendo o que está sendo explicado apesar da dificuldade de memorização, são coisas assim que me motivaram a ficar próximo dessas crianças.
Dois alunos, G. e M.C., participaram de aula em separado, junto com a turma seguinte a utilizar o laboratório (Professora V.), com o propósito de terem a mesma chance que os outros estão tendo, apesar de possuirmos poucos computadores em funcionamento atualmente. A seguir, adentrou no espaço a professora E., acompanhada da aluna S.
A aluna citada acima já identificava as letras, não necessitando do auxílio do alfabeto móvel. Conseguia digitar bem para uma iniciante; a professora a auxiliava enquanto ditava o texto iniciado na aula passada. Era a segunda aula da aluna; acredito que ela em breve superará as expectativas, pois pareceu gostar de digitar, mesmo com o nervosismo comum para qualquer iniciante em uma nova atividade. Eu procurei observar a situação mais acuradamente, pois estava tendo a honra de compartilhar de um momento muito rico, a professora demonstrava grande desprendimento e conseguia captar o porquê daquele modo de agir da aluna, levando-a a fazer o que realmente importava – buscar a aprendizagem melhorando seu rendimento cognitivo.
Quanto à observação da aluna, a professora E. a atendia em separado. Ela sabia melhor as limitações dessa jovem e solicitou um horário para conseguir fazê-la concentrar-se melhor. A jovem é muito repetitiva, fica nervosa com facilidade; a professora precisou ser muito paciente para fazê-la digitar o texto iniciado na outra aula. Naquele dia, ela perguntou à aluna: “Onde você está?” A aluna respondeu: “No laboratório de Informática, aqui tem um monte de computadores”. A professora fez outra pergunta: “Você quer ficar aqui ou prefere ir para a minha sala?”. A aluna respondeu que queria aprender a usar o computador. A professora fez uma nova pergunta: “Como você deve se comportar neste ambiente?”. A aluna ficou sem reação. A professora, então, começou a ditar o texto e a aluna começou a digitar, como se nada tivesse ocorrido. Antes disso, ela havia retirado a máscara de teclado que eu havia confeccionado. Logo, professora e aluna estavam se entendendo muito bem.
− Professora V/ Alunos Y,W e C.: os alunos estavam mais concentrados. A coordenação motora, a lateralidade e orientação espacial se encontravam em evolução; estavam conseguindo pintar com mais precisão. A professora havia desenvolvido atividades utilizando material concreto e eles se mostravam mais colaborativos, demonstrando querer comparecer mais ao laboratório, principalmente o aluno Y.
- Professora E/ Aluno G., a professora V me auxiliou no cuidado com a turma, pois eu estava com o aluno G. da turma da professora E, o qual necessitava de meu auxílio para aprender a digitar o nome. Utilizei o alfabeto móvel para fazê-lo relacionar as letras do mesmo com as do teclado. Ele digitou várias vezes o nome dele, mas sempre auxiliado por mim; quando tentava fazê-lo sozinho, não conseguia.
Os alunos da professora V apresentam grande dificuldade de concentração, por isso não criei expectativas de aprendizagem com relação a eles nos primeiros dias, mas o simples fato de estarem dispostos a aprender, a me deixarem ajudá-los, a lutarem contra suas limitações, digitando várias vezes as mesmas coisas (mesmo que errado por várias também) tudo isso evidenciou sua grande vontade de aprender. De um modo geral, todos os alunos apresentavam dificuldades de concentração, mas com o auxílio da professora, estávamos desenvolvendo com eles atividades mais próximas de nossa realidade, o que futuramente ajudará em seu processo de aprendizagem.
No 43º dia, compareceu ao laboratório a turma da professora E., que havia sugerido que eu desenvolvesse um jogo com os alunos. O jogo escolhido foi o Jogo da Caça às Letras do Teclado. Esse jogo consiste nas seguintes regras: após o professor ditar uma letra, o aluno tem um minuto (utilizei uma ampulheta de areia para motivar os alunos) para achá-la no teclado do computador e digitá-la. A letra deverá ser digitada na página relacionada ao documento criado no computador, utilizando software do Word. Após, o documento será salvo com o nome do aluno, o qual receberá um brinde por cada letra digitada corretamente.
Objetivos:
• Acuidade audiovisual;
• Conhecimento individual do letramento;
• Avaliação da memorização;
• Relacionar a letra com alguma figura utilizada como exemplo;
• Coordenação motora;
• Reconhecimento do local das letras no teclado;
• Despertar a motivação para a alfabetização.

Alunos participantes:
- Aluno C.; demonstrou conhecimento e memorização muito bons, porém não conseguiu acertar algumas letras, o que implicou em mais atividades com o intuito de levá-lo a atingir plenamente o objetivo. O aluno é ótimo, motivado para as atividades, apenas não conseguiu acertar as letras que não utiliza muito, até porque as letras estrangeiras retornaram ao alfabeto brasileiro há pouco tempo. Acertou 21 letras no teclado, o que lhe rendeu 21 brindes mais dois prêmios de participação;
- Aluno K.: não demonstrou interesse. Apesar de tratar-se de um jogo, não procurou demonstrar o que sabia; gosta mais de jogo individual. Aos poucos, tentamos trazê-lo para dentro do grupo como forma de participar das atividades. Acertou uma letra, recebeu um brinde, além dos prêmios de participação;
- Aluno M.C.: surpreendeu-me, pois, acreditei que acertaria muito mais, mas por motivos alheios ao meu conhecimento, naquele dia ele teve um fraco desempenho. Acertou quatro letras, recebeu quatro brindes além dos prêmios de participação;
- Aluna A.P.: acertou 12 letras, recebeu 12 brindes além dos prêmios de participação;
- Aluno M.M.: a professora trouxe para o laboratório de informática uma lupa, a qual foi utilizada pelo aluno para facilitar a visualização das letras no teclado. Mesmo com a utilização dessa ferramenta e auxílio do professor, o aluno não conseguiu acertar letras que são costumeiramente utilizadas por ele em sala de aula, como por exemplo, o M, inicial de seu nome, que é muito utilizado inclusive no laboratório de informática, o que sugere que o aluno necessita de uma avaliação mais profunda para investigar suas necessidades. Acertou cinco letras, recebeu cinco brindes além dos prêmios de participação;
- Aluno G.: não demonstrou interesse pelo jogo, mas em determinado momento, após ter acertado a letra O, acertou na seqüência a letra H. Supomos que ele deva ter associado à letra com alguma coisa que o marcou profundamente: o nome de um amigo, de um cão de estimação etc. Acertou duas letras, recebeu dois brindes além dos prêmios de participação.
Não podemos olhar negativamente o fato de alguns alunos não terem atingido os objetivos, apesar de anteriormente terem demonstrado saber localizar as letras no teclado. Ocorre que alguns alunos podem ter dificuldades para demonstrar o que sabem, quando estão sob algum tipo de pressão, como ocorre em uma disputa. O que também não quer dizer que devamos parar com a atividade; muito pelo contrário, devemos continuar para que os alunos cada vez mais desejem participar, pois a vida é uma constante disputa e temos de acostumá-los a vivê-la da melhor maneira possível em sua plenitude (palavras da professora E. as quais assino embaixo). Nessa atividade, não utilizamos a máscara de teclado em nenhum dos computadores, já que pretendíamos, dentre outras coisas, avaliar os alunos. Com relação à distribuição dos brindes (balas), solicitamos aos alunos que contassem a quantidade de letras que haviam digitado e entregamos a eles a mesma quantidade, para que fizessem relação entre o número e a quantidade recebida.
Esse jogo, depois que a maioria dos alunos estiver melhor na digitação das letras, poderá ter aumentado seu grau de dificuldade gradativamente. Poderemos acrescentar sílabas, palavras inteiras e, por fim, frases para serem digitas pelos alunos. Poderemos também, no caso das palavras, fazer com que os alunos as digitem no espaço de pesquisa do Google, dando um brinde para o aluno que conseguir entrar em algum site relacionado com a palavra ditada.
As dificuldades encontradas pelo professor têm de ser vistas como um momento de crescimento profissional, pois é na diversidade que se pesquisa e se aprende como ultrapassar as barreiras que surgem à nossa frente. Procurando soluções, consegui descobrir materiais adaptativos que, se utilizados nos laboratórios de informática, podem ajudar muito na aprendizagem dos alunos, conforme descrevo na análise de dados que complementa o trabalho até aqui relatado.
























4. ANÁLISE DOS DADOS


4.1 EM BUSCA DE SOLUÇÕES:
Na primeira semana, após verificar que a maioria dos alunos não identificava cores, letras, tinham dificuldade em manusear o mouse e em manterem-se concentrados, conversei com as professoras e decidimos que seria melhor ambientá-los ao computador primeiramente. De maneira crescente, iríamos elevando o grau de dificuldade sem que isso provocasse esgotamento mental, o que poderia ocorrer se exigíssemos maior empenho por parte dos alunos já em um primeiro momento. Agindo desta forma, estaríamos respeitando o tempo dos alunos, já que havíamos efetuado um teste no qual demonstraram dificuldade de assimilação devido à quantidade expressiva de informações constantes no computador.
Para promover essa ambientação ao computador, procuramos utilizar softwares educativos em que, através do lúdico, poderíamos orientá-los sobre a utilização de partes do teclado e do mouse, procurando motivá-los para continuarem com vontade de utilizar o computador. Também pesquisei e enviei para as professoras e pais de alunos (aqueles que possuem computador em casa) sites com jogos educativos, com os quais seus filhos poderiam se divertir e aprender simultaneamente, facilitando o trabalho no laboratório de informática. Essa integração resultou em ótimos frutos, beneficiando de forma significativa a aprendizagem dos alunos.
Dentre os sites que sugeri aos pais e professoras, destaco as seguintes atividades¹: desenhos para imprimir e colorir em sala de aula; desenhos para pintar utilizando o mouse no computador, atividade para criar e colorir o próprio desenho, a partir de figuras geométricas; jogos educativos, incluindo desenhos animados; jogos que ensina a formar letras (alfabeto), utilizando o mouse; cálculos matemáticos.
Ainda na primeira semana de estágio, encontrei pessoas que diziam que as crianças com necessidades educacionais especiais, principalmente aquelas com diagnóstico da Síndrome de Down, já haviam nascido fadadas ao fracasso, pois não tinham condições de incluir-se na sociedade, já que a deficiência intelectual que possuem não lhes permite avanços ou progressos em suas vidas. Com o objetivo de motivar tais pessoas a ajudarem essas crianças, pesquisei na Internet sites que demonstram o oposto do que essas pessoas sem esperança pregam para os outros e para si mesmas . Meu objetivo, neste caso, foi tentar fazer com que elas mudassem seus conceitos, sendo menos preconceituosas.
Na terceira semana de estágio, continuei utilizando o Software “Coelhinho Sabido”, adicionado à “Trilha do Desenvolvimento”. Depois de tentar utilizar alguns sites da Web com sucesso, mas também com restrições devido à grande chance de encontrar vírus entre eles, optei por continuar utilizando referido Software. Trata-se de um recurso muito bom, que pode ser utilizado com alunos com necessidades educacionais especiais sem receio, pois possui um apelo audiovisual muito bom, facilmente interpretado pelos alunos. Com ele foi possível também analisar os alunos de pontos diferentes, já que adquiriram maior coordenação motora enquanto demonstravam suas habilidades com esse software.
Ainda na terceira semana, observei melhora na postura dos alunos defronte ao computador, bem como evolução na coordenação motora, motivação para realizarem as atividades propostas. Apesar de suas limitações, pude observar que os alunos estavam motivados a ultrapassar suas barreiras intelectuais, uma vez que todos têm condições de melhorar sua aprendizagem; cabem a nós, professores, respeitarmos o tempo de cada um.
Observei que alguns alunos desenvolviam melhores suas atividades quando trabalhavam em duplas, como é do caso do aluno M.P., quando sozinho, não conseguia concentrar-se muito bem, deixando de realizar as atividades por distrair-se facilmente. Em companhia de um colega, ele realizava as atividades com maior empenho. Segundo o texto “História, deficiência e Educação Especial” (MIRANDA, 2004, p.1) “ Estudiosos identificaram quatro estágios relacionados com a Educação Especial, em países da Europa e América do Norte, no desenvolvimento do atendimento às pessoas que apresentam deficiências”.Observando o texto, não pude deixar de constatar que se esses estudiosos adentrassem no espaço escolar onde realizei meu estágio, facilmente veriam tratar-se de uma escola pertencente ao terceiro estágio, marcado pelo final do século XIX e meados do século XX, onde havia o desenvolvimento de escolas e/ou classes especiais em escolas públicas, visando oferecer à pessoa deficiente uma educação à parte.
A diferença que certamente esses estudiosos encontrariam, é o elo entre esse estágio e o quarto, vivenciado a partir do momento em que essa escola se propõe a fazer avaliações nos alunos, procurando diagnosticar se eles estão aptos ou não a seguirem em escolas pertencentes ao quarto estágio, no qual, segundo o texto,
“[...] observa-se um movimento de integração social dos indivíduos que apresentam deficiência, cujo objetivo em integrá-los em ambientes escolares, o mais próximo possível daqueles oferecidos à pessoa normal” (MIRANDA – 2004, p.2 )
Sempre, de alguma forma, sugiro às professoras dos alunos em suas salas, que utilizem material concreto, até porque isso me auxilia com os alunos no laboratório de informática e vice-versa, fazendo com que os alunos compreendam melhor as atividades e servindo para prepará-los para atividades futuras.
No 14º dia, conversei com a professora M sobre inserir letras a partir daquela semana em sala de aula, para que na semana seguinte, começasse com o uso do teclado a partir do nome dos alunos. A professora M já vinha trabalhando letras com eles; por isso, apenas reforçaria um pouco mais essa prática, utilizando o alfabeto móvel, bem como, o crachá com os nomes, para facilitar o desenvolvimento dos alunos, quando da utilização do teclado.


Figura 1 – Alfabeto móvel
Com o propósito de auxiliar a aprendizagem, principalmente da digitação, por parte das crianças com necessidades educacionais especiais que foram meus sujeitos de pesquisa, realizei pesquisas principalmente em sites de órgãos que desenvolveram materiais adaptadores, oportunizando que esse alunado conseguisse não só utilizar o computador, mas compreender sua utilização, construindo uma aprendizagem mais sólida a partir da mesma, pela motivação em compartilhar desta nova tecnologia.
No texto de Galvão Filho e Damasceno (2002), dentre outras adaptações de hardware, encontra-se uma máscara de teclado (ou colméia), que consiste em:



[...] uma placa de plástico ou acrílico com um furo correspondente a cada tecla do teclado com a finalidade de evitar que o aluno, com dificuldade de coordenação motora pressione, involuntariamente, mais de uma tecla ao mesmo tempo. Esse aluno deverá procurar o furo correspondente à tecla que deseja pressionar (GALVÃO FILHO e DAMASCENO 2002).





Figuras 2 e 3 – Máscara de teclado.
Ainda conforme os referidos autores,
Alunos com dificuldades de coordenação motora associada à deficiência mental também podem utilizar a máscara de teclado junto com “tampões” de papelão ou cartolina, que deixam à mostra somente as teclas que serão necessárias para o trabalho, em função do software que será utilizado. Desta forma, será diminuído o número de estímulos visuais (muitas teclas), que podem tornar o trabalho muito difícil e confuso para alguns alunos, por causa das suas dificuldades de abstração ou concentração. Vários tampões podem ser construídos, disponibilizando diferentes conjuntos de teclas, dependendo do software que será utilizado (GALVÃO FILHO E DAMASCENO 2002).


Não adianta demonstrarmos soluções, se a escola não demonstra condições monetárias para adquirir o que está sendo apresentado. Desta forma, precisamos transformar o objeto conhecido através da Internet em algo viável do ponto de vista econômico da instituição, ou seja, precisamos criar, se possível, utilizando materiais existentes na própria instituição, materiais que possibilitem aprendizagem, mas que custem menos que o preço do material apresentado no referido site. A criatividade do professor deve servir para mediar a aprendizagem dos alunos, pois sem os meios necessários, como construiremos com eles a tão sonhada aprendizagem? Como faremos com que eles se sintam capazes de vencer suas próprias limitações?



Figuras 4 e 5 Máscara de teclado confeccionadas com papel cartaz.
Refere-se a Vygotsky na educação especial como sendo o autor que focalizou o desenvolvimento da pessoa com deficiência a partir dos pressupostos gerais que orientavam a sua concepção do desenvolvimento de pessoas consideradas normais. Segundo ele, as diferenças eram apenas orgânicas. Assim os indivíduos com algum tipo de deficiência não devem ser vistos como menos desenvolvidos em determinados aspectos que seus companheiros, mas sim, um sujeito que se desenvolve de outra maneira. MONTEIRO ( 1998, p. 73).

Desta forma, o mencionado autor não via motivo para os deficientes físicos ou mentais deixarem de ocupar lugar nas escolas, desde que corretamente estimulados, por ambientes educacionais receptivos com recursos adequados para que possam assimilar grande parte dos conhecimentos. Por pensar dessa maneira, Vygotsky, em sua teoria relacionada com a educação, demonstrou uma nova postura, abrindo perspectivas para a inclusão dos ditos “com necessidades educacionais especiais”, para que adentrem no espaço escolar, o qual deverá moldar-se a estes pedagogicamente dizendo.
De pouco adianta, infelizmente, realizarmos uma pesquisa sobre materiais de adaptação, se não demonstrarmos que nossa preocupação também é sustentada por leis que asseguram às crianças com necessidades educacionais especiais o direito aos estudos buscando o mais próximo de uma forma igualitária de aprendizagem. Isto me levou, dentre outras, à Lei Nº 9394, de 20 de dezembro de 1996, que possui um capítulo dedicado à Educação Especial e ao atendimento do aluno com necessidades educacionais especiais. Entre seus artigos destaco os seguintes:



Art. 58. Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos portadores de necessidade especial.
§ 1° Haverá, quando necessário, serviços de apoio especializado, na escola regular, para atender às peculiaridades da clientela de educação especial.
Art. 59. Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com necessidades especiais:
I – currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específica, para atender às suas necessidades [...] (BRASIL, 1996, p.21).








5. CONSIDERAÇÕES FINAIS.

Como pode ser observado neste trabalho, mais do que apenas buscar meios de adaptação dos alunos, com necessidades especiais, por muitas vezes, procurei me inserir dentro dos espaços ocupados por eles. A maioria das constatações do que lhes faltava para uma real inclusão, foi adquirida nesses momentos. Problematizando com esses alunos – os quais, para muitas pessoas, infelizmente, não conseguem demonstrar o que estão pensando, pois não permitem contato, – na troca de experiências de vida, me fez por vezes refletir sobre o real problema que enfrentam.
É comum, quando observamos alguém que não possui as pernas adentrando em um ambiente escolar, sentir pena e, na maioria das vezes, o pensamento sugestivo de uma solução que nos vem à mente, é: e se ele tivesse próteses, quem sabe ele não poderia caminhar, não é mesmo? Já quando o problema é cognitivo, que mexe com o simbólico, com a mente, alguns simplesmente se retraem, outros tentam ignorar e existem ainda aqueles que apenas tentam conviver com o que chamam de problema, como se isto fosse a melhor opção. Para tais pessoas, ele não consegue e pronto, tudo está resolvido.
A mente humana é complexa; muitas vezes rejeita instintivamente aquilo que não compreende ou simplesmente não aceita por achar defeituoso. Quando começamos a adentrar no mundo estranho à primeira vista, por ser cheio de mistérios, como é o mundo dos alunos com necessidades especiais, primeiramente temos de nos educar para aceitar as diversidades; depois, procurar que nós sejamos aceitos nesse mundo, pois sem a nossa inclusão no mesmo, de nada nos adiantará compartilharmos daquele espaço. Para que ocorra essa inclusão, primeiramente é necessário que se goste dos alunos e se demonstre isto da maneira mais simples possível. O simples olhar, o toque, a maneira de se expressar, pode fazer com que esses alunos, que possuem uma sensibilidade em relação aos sentimentos muito profunda, lhe rejeitem ou até lhe idolatrem.
Gostar não se adquire em cursos, mas na convivência, na disponibilidade em conhecer.
Não há como fingir para essas crianças, pois elas decifram os sentimentos de maneira muito contundente. Talvez por haverem passado por diversos momentos de rejeição em alguns ambientes, elas já estão como que “vacinadas” contra aquilo de que não gostam em muitos seres humanos, que é a máscara do preconceito. Tive a oportunidade de conversar, dialogar e interagir com essas crianças, e a palavra que mais gostam de usar é amigo, como se fosse difícil chamar alguém desta forma. A partir do momento em que comecei a ser chamado de amigo, já havia conquistado o respeito, o amor e admiração deles, o que me deixou muito contente, haja vista que os considero da mesma forma. Assim sendo, os segredos, os medos, as dificuldades, foram sendo demonstradas, sem receio, pois sabiam que eu poderia auxiliá-los no que fosse necessário e assim procurei fazê-lo. Desta forma, posso considerar que o trabalho surtiu efeitos e resultados duradouros.
Procurei ser o elo entre esses alunos, os funcionários, os seus professores, a supervisão, a orientação e a direção da instituição. Logicamente, senti-me honrado em poder compartilhar desses momentos com várias professoras engajadas nessa luta, mas também encontrei pedras em meu caminho, as quais foram sendo removidas aos poucos, através da busca incessante de materiais que promovessem também o entendimento sobre essas crianças por parte de algumas professoras, funcionárias e familiares de alguns alunos.
Se antes de realizar este trabalho, gostava do que lia e aprendia sobre Lev Vygotsky, Jean Piaget e alguns outros grandes estudiosos da mente humana, principalmente em se tratando do conhecimento adquirido e pelo respeito que demonstravam ter pelas crianças, passei a admirá-los muito mais depois de buscar em suas teorias meios de entender ainda mais esses seres tão iluminados.
Hoje me considero mais preparado, não só para ministrar aulas, mas também para compreender alguns anseios trazidos por esses alunos, que ainda não havia compreendido anteriormente. Engrandeci-me, como ser humano, e isto é, algo muito maior do que apenas compartilhar que aconteceu naquele espaço, pois que anos se passarão e nunca serão o bastante para dizer o quanto fui feliz em poder adquirir aquela experiência de vida, apesar do pouco tempo de convívio com aqueles fascinantes alunos.
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SITES CONSULTADOS:



1 – Desenhos para imprimir e colorir em sala de aula:


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2 - Desenhos para pintar utilizando o mouse no computador:


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3 – Atividade para criar e colorir o próprio seu desenho, a partir de figuras geométricas:


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4 – Jogos educativos, incluindo desenhos animados:
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5 – Jogo que ensina a formar letras (alfabeto), utilizando o mouse:


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6 – Site com cálculos matemáticos:


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7 – Sites sobre Síndrome de Down:


GOOGLE. Síndrome de Down – Pesquisa Google. Disponível em: .

YOUTUBE. Fernanda Honorato da ala nós podemos no Jô Soares primeira parte. Disponível em: .

YOUTUBE. Síndrome de Down. Disponível em: .


8 – Site sobre defectologia :

http://www.salesianolins.br/areaacademica/materiais/posgraduacao/Educacao_Especial_Inclusiva/Fundamentos_Psicologicos_e_Biologicos/Vigotski%20e%20a%20defectologia.pdf