sábado, 23 de maio de 2009

INTELIGÊNCIA E IGNORÂNCIA

Na aula presencial passada, dia 19 de maio, ouvi dizer que o aluno, não demonstra sua inteligência, ao escrever de forma errada certos textos, bem como, quando age de forma desigual perante os colegas, ao formular suas respostas para determinadas perguntas. Sei que todos os alunos são inteligentes, todos podem superar suas dificuldades, mas também estou ciente, de que alguns professores, preferem culpar seus alunos, a, buscar no diálogo, saber onde se encontram as dificuldades de cada um, para ajudá-los a compreender melhor a disciplina para a qual, se propuseram a ministrar aulas. Não somos neurologistas, nem psicólogos, para tentarmos medir o grau de inteligência de cada aluno, mas podemos utilizar os planos de aula, também para buscar conhecer através das atividades desenvolvidas, o conhecimento sobre as dificuldades dos alunos, bem como a nossa em nos fazer entender perante aquele ou outro aluno.
Dizer que alunos com dificuldades, não são inteligentes (palavras ditas por professores), pode me levar a crer que muitos são ignorantes de seu próprio saber, e estão fugindo de uma responsabilidade, a qual os leva a um desafio maior do que o pretendido por suas limitações. Lógico que os alunos devem motivar o professor para poder adquirir uma boa aula, mas também é certo, que o professor tem de saber como conhecer seus alunos para tentar ajudá-los a compreender melhor as disicplinas por eles ministradas.

DEFICIÊNCIA FÍSICA, JÁ AJUDA SE NÃO SENTIR PENA.

Quando falamos em necessidades especiais relacionadas à aprendizagem, estamos citando as pessoas que não possuem boa coordenação motora, bem como aquelas que estão mentalmente atrasadas em relação a outras pessoas. Logicamente existem as pessoas fisicamente prejudicadas, são aquelas que nasceram sem algum membro, inferior, ou superior, bem como os que possuem, mas os mesmos são deformados, por algum motivo não realizam as tarefas como deveriam.
Geralmente, quando a pessoa possui alguma deficiência física, mas a inteligência se desenvolve normalmente, ela termina por encontrar um meio de adaptar-se aquela situação, vencendo os obstáculos conforme vão surgindo. Às vezes alguém os estimula a isto, como no exemplo que citei em outra postagem, quando o professor ajuda o aluno a alongar os dedos dos pés, para segurar o lápis com os mesmos, e assim escrever. Contam os historiadores, que o grande mestre chamado Aleijadinho, no fim de seus dias, amarrava suas ferramentas nos punhos de suas mãos, para realizar suas tarefas de artesão, era a maneira que ele havia encontrado para não se deixar abater perante a doença que o debilitava aos poucos. Isto ocorre com várias pessoas todos os dias, um exemplo clássico, uma pessoa enxerga bem, mas devido a um acidente, ou uma doença, fica cega, ela passa por um período de adaptação, mas depois aprende a utilizar seus outros sentidos, para substituir a maneira de ver o mundo a seu redor, sem deixar de entender a essência das coisas, utilizando recursos artificiais, como a bengala de cego, por exemplo, com a qual se guia através dos sons, e do sentido de tato, também o oufato e a audição ficam mais aguçados com o tempo, facilitando os deslocamentos por locais de grande ou pequeno fluxo de pessoas.
Seja qual for o caso, devemos manifestar no aluno à vontade de fazer as coisas por si mesmo, sempre pensando, que um dia ele terá de enfrentar seus problemas sozinho. Não devemos demonstrar pena, ou qualquer tipo de emoção, que vá contra o objetivo de incluir esta pessoa em nosso convívio, mesmo que suas dificuldades pareçam muito grandes perante nós e as demais pessoas. Temos de motivá-los a continuar lutando, buscando melhoria de sua qualidade de vida, até porque não se sabe o dia de amanhã, quem sabe se o problema deste ou daquele individuo, não vai ser resolvido, nada é impossível, mesmo quem perdeu algum membro, pode colocar uma prótese e adaptar-se perfeitamente a nova vida. O ser humano é capaz de realizar coisas que ninguém imagina, como pintar quadros utilizando os pés para segurar o pincel por exemplo, bem como, fazer o mesmo utilizando a boca para segurar o pincel. Nosso dever, é procurar incentivá-los a buscar vencer suas limitações. Muitas vezes, pessoas que não demonstram nenhuma deficiência física, ou mental, possuem maior dificuldade em relacionar-se com os demais, que estas, pois, o respeito, o carisma, a simpatia, a educação, são a melhor forma de inclusão, a falta destes elementos pode atrapalhar muito mais o entrosamento entre alguns seres humanos