sábado, 28 de novembro de 2009

Avaliação inclusiva.

Através da última atividade na interdisciplina “Didática Planejamento e Avaliação”, eu pude demonstrar o quanto é importante o professor avaliar seus alunos de forma constante e significativa. Para melhor me fazer entender, resolvi postar este texto para ser lido por todos que se interessam por esta parte tão importante relacionada com a pratica pedagógica.


Costumo avaliar os alunos de maneira observadora, deste modo, avalio a assiduidade; pontualidade nas aulas e entregas de trabalhos; comprometimento, dedicação, interesse, participação, pesquisas, leituras;trabalhos previamente orientados: organizados, conteúdo, capricho, criatividade, letra legível; avaliação com consulta e sem consulta, trabalho em dupla ou grupo.
Avalio os educandos constantemente, pois, procuro ser o mais prudente possível na avaliação dos alunos. Procuro avaliar os alunos de forma criteriosa realizando atividades respeitando as habilidades, bem como, o tempo de cada um, com ênfase no interesse demonstrado na busca do conhecimento, também, na demonstração da aprendizagem adquirida quando solicitado. As avaliações mais difíceis são as realizadas no inicio do ano letivo (sondagem), pois, necessito avaliar o grau de conhecimento de cada aluno de forma concreta. Nem sempre os responsáveis aceitam a média conquistada pelos educandos, visto que muitos obtiveram notas mais altas anteriormente, as quais não posso levar em consideração, pois, no momento presente demonstraram esquecimento, o que há mim comprova o ato de decorar, que não é condizente com a aprendizagem que podem adquirir. Utilizo os resultados da avaliação, para através destes, junto à turma, elaborar o meu projeto de aprendizagem, bem como os planos de aula, junto aos quais relaciono, os conteúdos, recursos, técnicas, bem como traços objetivos, com os quais pretendo fazer com que os alunos demonstrem motivação e aprendizagem consistente.
Através de uma alto-avaliação de minha forma de ministrar aulas e avaliar os alunos, bem como, buscando atualizar os meus conhecimentos relacionados a esta pratica de ensino, procuro aperfeiçoar a minha pratica pedagógica, sendo um professor mediador e pesquisador.

Minha analise pedagógica em relação à avaliação inclusiva.

Costumo avaliar os alunos de maneira observadora, deste modo, avalio a assiduidade; pontualidade nas aulas e entregas de trabalhos; comprometimento, dedicação, interesse, participação, pesquisas, leituras;trabalhos previamente orientados: organizados, conteúdo, capricho, criatividade, letra legível; avaliação com consulta e sem consulta, trabalho em dupla ou grupo.
Avalio os educandos constantemente, pois, procuro ser o mais prudente possível na avaliação dos alunos. Procuro avaliar os alunos de forma criteriosa realizando atividades respeitando as habilidades, bem como, o tempo de cada um, com ênfase no interesse demonstrado na busca do conhecimento, também, na demonstração da aprendizagem adquirida quando solicitado. As avaliações mais difíceis são as realizadas no inicio do ano letivo (sondagem), pois, necessito avaliar o grau de conhecimento de cada aluno de forma concreta. Nem sempre os responsáveis aceitam a média conquistada pelos educandos, visto que muitos obtiveram notas mais altas anteriormente, as quais não posso levar em consideração, pois, no momento presente demonstraram esquecimento, o que há mim comprova o ato de decorar, que não é condizente com a aprendizagem que podem adquirir. Utilizo os resultados da avaliação, para através destes, junto à turma, elaborar o meu projeto de aprendizagem, bem como os planos de aula, junto aos quais relaciono, os conteúdos, recursos, técnicas, bem como traços objetivos, com os quais pretendo fazer com que os alunos demonstrem motivação e aprendizagem consistente.
Através de uma alto-avaliação de minha forma de ministrar aulas e avaliar os alunos, bem como, buscando atualizar os meus conhecimentos relacionados a esta pratica de ensino, procuro aperfeiçoar a minha pratica pedagógica, sendo um professor mediador e pesquisador.

domingo, 22 de novembro de 2009

SOBRE A ANÁLISE DE MEU PLANO DE AULA, DESENVOLVIDO NA INTERDISCIPLINA DE LINGUAGEM. ANÁLISE SOLICITADA NA INTERDISCIPLINA DE LINGUAGEM E EDUCAÇÃO.

A última questão foi para mim, um momento muito especial, onde pude imaginar compartilhando conhecimentos com dois dos maiores ícones da educação mundial em todos os tempos, pena não constar o nome de Paulo Freire nesta questão. Foi uma honra poder escrever algo sobre estas celebridades, me concentrei e realmente me imaginei bem próximo a elas, lembrei-me de coisas que aprendi no curso de Magistério, juntei às que soube neste curso e fiquei extasiado com tanta aprendizagem. Muito obrigado!

6. Agora, imagine um encontro seu com os pedagogos Célestin Freinet e Maria Montessori. Quais sugestões Freinet daria a você para desenvolver este projeto? E quais ideias teria Maria Montessori?
Célestin Freinet este pedagogo brilhante cujo centenário foi comemorado no ano de 2001, certamente me diria da importância de se promover um jornal escolar, bem como a confecção de cartas escritas pelos alunos, ou as aulas-passeio, ou ainda os cantinhos de atividades, dentre outras, seja qual fosse a sugestão, o importante é manter a criança sempre a considerando como o centro de sua própria educação, utilizando uma Pedagogia do Bom Senso, do Trabalho e do Êxito, respeitando e valorizando a livre expressão dos alunos, aprendi sobre este mestre no curso de magistério e sempre que posso utilizo suas criações, pois sei o quanto atuais e benéficas elas são na construção de uma aprendizagem consistente e com qualidade.
Maria Montessori, com certeza elogiaria o meu modo de desenvolver atividades com os alunos, pois, também acredito na liberdade orientada, na maneira de realizar atividades diversas, utilizando movimentos físicos, procurando sempre causar uma integração com a mentalização, unindo o lúdico aos momentos de grande reflexão, causando um grande enriquecimento cognitivo. Isto ajuda a criança a desenvolver equilíbrio, através da coordenação de movimentos e do controle das ações. Uma das sugestões que ela acrescentaria à minha atividade, seria o uso do material dourado, o qual já utilizei com alunos em outras oportunidades e que facilitam muito na compreensão dos alunos com respeito à representação de quantidades numéricas, de maneira lúdica através dos jogos “Dez não pode 1 e 2”, a criança aprende de maneira muito prazerosa e significativa.
Conclusão:
Quando fiz este plano, resolvi utilizar o modelo que a professora havia postado na integra, pois, achei uma boa oportunidade de observar como seria fazê-lo desta forma. A principio gostei muito, pois, a cada nova atividade, novos objetivos surgiam e novas técnicas me vinham à mente, logicamente fica mais difícil utilizar este modelo no dia-a-dia, mas acredito que uma vez por mês, seria bom para mim como professor, mudar a maneira mais simplista de redigir os meus planos de aula, para esta mais complexa, pois, isto me causaria uma avaliação mais significativa do trabalho desenvolvido com os alunos. Avaliar o aluno é importante, mas, fazer uma alto avaliação de meu trabalho como professor, para mim é muito mais importante à medida que procuro orientar o aluno da melhor maneira possível, e na busca por esta qualidade no desenvolvimento de minhas atividades, me observo, para ver refletido no aluno a aprendizagem que tanto prezo. Já havia gostado de realizar a atividade proposta anteriormente, poder analisá-la de forma mais técnica, me fez ver que estou no caminho certo, apesar de a professora me sugerir que o tema proposto poderia dificultar a confecção de atividades mais relacionadas com a disciplina de Linguagem, acredito que por tratar-se de um plano de aula para alunos de quarta série, onde diariamente mais de uma disciplina são propostas, pude desenvolver atividades relacionadas também a linguagem, de forma bem consistente, promovendo uma aula com momentos lúdicos, com liberdade de movimentos e diálogos, o que causa uma aprendizagem que todos queremos degustar.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

SISTEMATIZAÇÃO NO MEU ENTENDIMENTO:

Acredito que a sistematização em um plano de aula, ao menos segundo entendi, é demonstrada na ênfase ministrada sobre determinado assunto, neste caso relacionado à linguagem. Por exemplo, eu quero saber se o aluno realmente consegue escrever palavras corretamente, utilizando as letras s – z, neste caso após escrever palavras incompletas, deixando os espaços onde estas letras seriam encontradas vazios, eu poderei solicitar ao aluno que complete as mesmas utilizando uma destras letras. Apesar de em alguns casos os sons tornarem-se parecidos, o aluno deverá levar em conta também à posição da letra na palavra, demonstrando que não sabe apenas ler, mas também escrever corretamente.
Agindo desta forma eu estarei desenvolvendo um sistema, onde poderei observar a real aprendizagem do aluno, bem como, as suas dificuldades caso exista alguma.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

ENTREVISTAS REALIZADAS NA ESCOLA SANTA ANA.

No dia 29 de outubro deste ano, realizei entrevistas na E.M.E.F. Santa Ana, junto aos professores que ministram aula naquela instituição à noite. Esta atividade foi desenvolvida com o propósito de realizar atividade em grupo, mas, como uma colega também havia efetuado entrevistas semelhantes, utilizamos aquelas e aproveitei estas para postar em meu Portfólio, como forma de guardar um momento muito bonito em minha vida acadêmica, onde fui muito bem recebido em uma escola, e os colegas professores muito gentilmente, se propuseram a responder a entrevista realizada em forma de questionário. Desde já o meu muito obrigado a toda a equipe docente da E.M.E.F. Santa Ana.















> >
> > ANALISE A PARTIR DAS ENTREVISTAS COM PROFESSORES DE EJA.
> >
> >
> >
> > Segundo Maria Kolh de Oliveira, os adultos que se alfabetizar, vêm de
> > famílias pobres, com deficiência de aprendizagem, pois, não conseguiram
> > concluir seus estudos na rede regular de ensino fundamental. Estas pessoas
> > muitas vezes migraram da zona rural, em busca de melhor qualidade de vida, o
> > que nem sempre conseguiram, pois, não conseguiram freqüentar a escola em
> > tempo hábil, o que os impede de prosperar, já que a competição com aqueles
> > que conseguiram concluir os estudos, os torna mais preparados para o mercado
> > de trabalho formal, enquanto estes que não conseguiram preparar-se
> > adequadamente terminam por exercer funções no mercado informal, onde muitas
> > vezes a remuneração é muito baixa. Pode ocorrer de um ou outro individuo,
> > que não conseguiu cursar ensino fundamental em escola regular, conseguir
> > destacar-se mesmo exercendo atividade informal, mas isto é muito difícil.
> > Assim sendo, destacamos as principais características dos estudantes,
> > segundo relatos de seus professores na entrevista realizada, comprovando o
> > que descreve esta escritora.
> >
> > a) Características relacionadas à identidade: Baixa estima, dificuldades
> > de atender regras quando freqüentavam o diurno, inseguros, desestimulados –
> > alguns, outros: decididos, desistem com facilidade muitas vezes, buscando
> > melhorar as condições de vida e/ ou de trabalho, com dificuldades de
> > aprendizagem.
> >
> > b) Características relacionadas à linguagem: A linguagem depende do
> > grupo de origem do aluno, as classes baixas provocam linguajar pobre e
> > dificuldades de expressão, aluno do interior tem linguagem mais simples,
> > porém mais clara, pouco conhecimento por deixarem de ler.
> >
> > c) Características relacionadas ao pensamento: Buscando autonomia,
> > realização pessoal e profissional, não se preocupam com conhecimento mas sim
> > em concluir os estudos, dificuldades de acompanhar os conteúdos.
> >
> > Denise Maria Comelato em seu texto “500 Anos de Alfabetização de Jovens e
> > Adultos no Brasil”, nos relembra que a alfabetização em nosso país, começou
> > a partir da descoberta, quando os padres jesuítas começaram a catequizar os
> > índios, quando do projeto de ocupação das capitanias hereditárias.
> >
> > Segundo a mesma autora, já no ensino considerado moderno, as Leis de
> > Diretrizes e Bases da Educação Nacional – Lei 9.394/96, deixou muito a
> > desejar, apesar de discussões propostas pela CONED (congresso Nacional de
> > Educação), mesmo assim, A Educação de Jovens e Adultos, a partir daquele
> > contexto, passou a ser vista como uma educação que traz uma especialidade
> > própria , por tratar-se de educandos que não são portadores de múltiplos
> > conhecimentos desafia a escola para levar em conta as experiências trazidas
> > por estes, adquiridas em ambientes de fora da rede escolar, e estes
> > conhecimentos e habilidades, são levados em consideração perante exames de
> > avaliação, o que está motivando os alunos adultos a comparecerem nos cursos
> > de alfabetização nos dias atuais.

Este texto foi redigido por mim (Marcos), mas deverá ser analisado pelo grupo para que seja postado o texto final.

Link do Pb works criado para esta atividade. Este link também é encontrado no Webfólio do grupo na interdisciplina do EJA.

http://grupo13ejaeunicemarcossimone.pbworks.com/FrontPage#view=page

A CORRUPÇÃO TIRA A DIGNIDADE DE TODOS OS HOMENS HONESTOS, LUTE CONTRA ISTO.

Havia em um certo país, uma empresa muito grande e poderosa, uma multinacional, comandada por um dos homens mais ricos do mundo e sua família. Um dia este homem rico, proprietário desta grande empresa, veio a falecer. Seus filhos já estavam cansados de trabalhar o dia todo, sem quase tirar férias, vendo sua fortuna crescer e crescer. A empresa era alto suficiente, produzia papel, com sua própria reserva de celulose, produzia óleos lubrificantes e combustíveis utilizando suas próprias reservas de petróleo, bem como refinaria, também produzia alimentos, sempre utilizando suas próprias reservas. Esta empresa atuava em várias ramificações, na área da saúde, educação, geração de energia , transportes, segurança, meio ambiente, etc. Era enorme, possuía milhares de empregados, os quais viviam de bem com a vida, pois, tinham depois de determinado período, participação nos lucros da empresa.
Ocorre, que como escrevi logo no início, o patriarca multimilionário, faleceu e seus filhos não estavam muito dispostos a continuar tocando o negocio da mesma maneira que vinham fazendo enquanto dirigidos pelo pai empresário. Assim sendo, os filhos se reuniram para por em pratica uma idéia que tiveram, a qual poderia dar certo, pois, continuariam recebendo os valores altíssimos referentes aos lucros da empresa, bem como, não demitiriam nenhum funcionário, muito pelo contrário, colocariam a grandiosa empresa nas mãos destes, afinal eles haviam ajudado a empresa a crescer, não estragariam tudo agora.
Desta forma, dividiram a empresa entre servidores da linha de produção, servidores de planejamento e supervisão, servidores legisladores e servidores do alto escalão, membros da diretoria e presidência.
Para que tudo girasse o mais democrático possível, os filhos do dono da empresa, fizeram com que os cargos fossem preenchidos através de eleições diretas, onde os servidores da linha de produção, elegeriam os membros do planejamento e supervisão, bem como, os membros do alto escalão. Assim foi feito, mesmo contra a vontade de muitos que ocupavam cargos importantes da empresa anteriormente.
Nos primeiros anos, a empresa estava indo razoavelmente bem, mas depois da aposentadoria de alguns membros mais antigos, a coisa começou a declinar. Os membros do alto escalão, queriam ganhar mais, bem como, arranjar empregos para seus parentes e amigos, mas como fazer isto, se os cargos eram preenchidos por eleição e havia supervisores em todas as áreas, cuidando tudo de perto. Então os legisladores, fizeram uma grande reunião, onde de posse das procurações fornecidas pelos herdeiros da empresa, junto aos demais serviçais, já que o voto é um tipo de procuração, resolveram alterar o estatuto, bem como, criar novas leis e regulamentos internos. Ficou estabelecido que os aumentos de salários dos supervisores seriam votados por eles mesmos, e o mesmo aconteceria com os membros do alto escalão, afinal estes trabalhavam demais, era muita responsabilidade. Para se assegurarem que não perderiam seus empregos, acertaram também, que para o alto escalão, haveria imunidade total, ou seja, não poderiam ser demitidos, nem processados enquanto fizessem parte da diretoria da empresa. Mas como fazer para ocorrer à mesma coisa nas demais filiais da empresa? Simples, os cargos a serem preenchidos nestas, os quais fossem ligados a assessoramento da supervisão, ou do alto escalão, deveriam ser ocupados apenas por pessoas de confiança indicadas pelo alto escalão da sede da empresa. Muitas pessoas foram perseguidas, pois, se mostraram contrárias as novas ordens, as quais demitiam muita gente que possuía acima de tudo qualificação para o trabalho desenvolvido.
Não demorou muito e os desvios de verbas começaram, a parte que deveria ir para a filial que produzia petróleo, por exemplo: ia, mas com cortes, pois, aumentaram os preços, criando impostos que não tinham cabimento, mas os serviçais, não sabiam explicar se estavam corretos ou não, desta forma, tudo era aceito. Os salários dos supervisores, cada vez mais alto, o dos membros do alto escalão então, nem se fala, era mordomia sobre mordomia, a vida que pediram a Deus. Já os serviçais das linhas de produção, estes não possuíam beneficio algum, trabalhavam em demasia e ganhavam muito pouco.
Os alimentos que a própria empresa produzia, passou a ser cobrado dos funcionários que ajudavam na sua produção e comercialização, muita gente recebia os salários com descontos cada vez maiores, por conta dos altos salários dos membros do alto escalão e supervisores.
Os membros do alto escalão, precisavam tornar-se ainda mais fortes, como forma de ficarem por muito mais tempo nos cargos que exerciam, começaram a minar também as demais ramificações da referida empresa, assim sendo pessoas ditas de confiança destes, começaram a ser designadas para ocupar cargos de diretoria a principio nestas ramificações, ou seja, nas áreas de educação, saúde, segurança e energia. Muitas pessoas qualificadas foram demitidas, muitas outras apenas por serem consideradas de confiança, foram contratadas, e assim a qualidade dos serviços começou a ficar prejudicada. Os atrasos nos pagamentos dos funcionários começaram a fazer com que estes realizassem greves, o que tornava serviços essenciais paralisados, causando inclusive a morte daqueles que necessitavam dos mesmos para continuarem vivos, como no caso da saúde por exemplo. Com intenção de demitir os considerados rebeldes, os supervisores e membros do alto escalão, criaram Leis, onde todos os funcionários deveriam filiar-se a algum sindicato, onde os responsáveis pelos mesmos, entregariam em listas, as pessoas que reivindicassem algum tipo de direito, demitindo estas pessoas antes que começassem a fazer greves.
A medida funcionou durante algum tempo, mas logo os serviçais começaram a tomar conta da situação, promovendo mais greves, visto que eles votavam nas pessoas ligadas aos sindicatos. Desta forma, os supervisores e os membros do alto escalão da multinacional, resolveram indicar pessoas também para exercer funções de menor prestigio, em todas as demais áreas da empresa (cabides de emprego), incluindo suas ramificações. Muitos professores, médicos, engenheiros, técnicos, enfim um número significativo de pessoas com qualificação foram demitidas e em seus lugares apenas pessoas de confiança dos supervisores e do alto escalão foram contratadas. O caos começou a ser instalado, a saúde, a educação, a segurança, a energia, o meio ambiente, etc, tudo ficou em segundo plano, afinal para manter um número maior de pessoas que trabalhavam para os supervisores, bem como junto ao alto escalão, cargos que foram divididos também entre as ramificações, fazia-se necessário muito dinheiro, para pagar os alto salários e as mordomias, as quais incluíam desde passagens aéreas até diárias em hotéis com várias estrelas. Para ter-se uma idéia, os cães dos membros do alto escalão, viajavam em carros da empresa para os pet shoppings, afinal tinham de aparar as unhas e tratar dos pelos, com o que havia de melhor, produtos importados.
Um dia os serviçais, descontentes com a vida que estavam levando, resolveram acabar com aquela corrupção generalizada do poder, utilizando-se da imprensa começaram a denunciar os abusos, mas os supervisores e membros do alto escalão, estavam acima desta, pois, a concessão para o funcionamento de meios de comunicação, dependia da aprovação dos membros do alto escalão desta empresa. Até por que na área dos direitos humanos ou seja na justiça interna, alguns tinham imunidade e outros, tinham em seu poder as leis criadas por eles mesmos, onde diziam que no máximo poderiam responder por seus atos, em Inquéritos Administrativos, os quais sempre terminavam em nada, pois, um sabia dos erros do outro que por sua vez ameaçava o outro e não podia condenar o outro, pois se não poderia ser também condenado. Todos na realidade tinham um pacto entre si e nada poderia ser feito contra eles, verdadeiros arquivos da corrupção.
Um belo dia os serviçais tiveram a idéia de unirem-se a justiça dos tribunais, afinal ela é impessoal, quem sabe não consiga tornar sem efeito as procurações passadas por eles aos tais supervisores e membros do alto escalão, já que estava comprovado que realizavam fraudes, lesando o patrimônio da empresa. Infelizmente muitos advogados, juizes e desembargadores, os quais ocupavam cargos na diretoria dos órgãos relacionados à justiça, também faziam parte da lista dos indicados pelos supervisores e membros do alto escalão, mesmo assim alguns resolveram comprar a briga e ajudar os serviçais a reconquistarem seus direitos, mas já avisaram, vai levar algum tempo, uns 20 anos talvez, também pode acontecer de os relatores, dependendo quais serão, mandem arquivar tudo, pois, podem entender que não possuem provas e os serviçais vão continuar bancando toda esta pouca vergonha.

As únicas vezes em que ocorreram mudanças significativas que ajudaram este tipo de problema a ser resolvido, foram através das guerras, das rebeliões, as quais ocasionaram revoluções. Nestes casos, os serviçais se uniram e foram para as ruas enfrentar os supervisores, os membros do alto escalão e todos os seus comparsas, tomando de volta o que era seu por direito, fazendo valer a justiça. Os grandes líderes, os grandes pensadores, surgiram nestes momentos, levando estas instituições ao apogeu, derrubando aqueles que roubavam a dignidade de quem os sustentavam. Enquanto professor, acredito que devemos ensinar na sala de aula, as crianças, os jovens e os adultos a buscarem seus direitos, agindo desta forma, estes terminam por aprender como sobreviver em determinadas situações, sem precisar do uso da força fisica, mas usando do cognitivo para demonstrar que sabe o que está ocorrendo.

Esta história é fictícia, mas com certeza você deve estar imaginando uma empresa, ou um lugar onde este tipo de coisa está ocorrendo neste momento, então saiba que você pode começar a mudar tudo isso, afinal depende da união das pessoas a favor do bem comum, fazer valer seus direitos e promover, justiça social, preservando seus reais direitos.

Autor: Prof. Marcos Schilling Martins.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

COMEÇANDO A IDENTIFICAR PALAVRAS, FORMANDO SILÁBAS.

Lendo o texto da Maria Cuquerella, a qual trabalhou com um grupo de crianças de 4 anos, utilizando-se de uma receita de torrone a partir de imagens, texto datado de janeiro de 1987, eu pude observar o quanto esta educadora buscava motivar seus alunos. Através deste projeto, esta professora conseguiu observar o nível em que cada criança se encontrava. Esta professora cuidava destas crianças desde o ano anterior, quando no final do mesmo, fizeram uma receita deste torrone, para comemorar a chegada do Natal. A professora começou seu projeto, desenhando os ingredientes em folhas mimiografadas, depois, os alunos foram identificando os mesmos um a um. Foi um trabalho com interação de toda a criançada, onde estas já no início sugeriram que fosse colocado um nome no projeto (um titulo), o qual foi escolhido rapidamente pela turma “Torrone Crocante”. Os alunos estavam trabalhando por conta própria, em uma aula orientada, num ambiente de interação, onde várias técnicas foram utilizadas, dentre elas, pintura, desenho, escrita (bastão), cópia, etc.
Agindo desta forma a professora observou o modo de escrever dos alunos, distinguindo aqueles que já estavam silábicos daqueles que ainda mantinham alguma dificuldade, mas que com algumas adaptações, aprenderiam facilmente. Viram como uma simples receita pode ajudar e muito na aprendizagem.

Segundo a professora Maria Cuquerella, outra forma de se trabalhar as letras nas séries iniciais, apresentando-as para a turma, é utilizarmos um alfabeto móvel. Esta mesma professora, cita um exemplo ocorrido no ano anterior, quando um dos pais dos alunos, comprou para seu filho um material deste tipo. O menino não só ficou motivado para identificar as letras, como também começou a formar palavras a partir do manuseio do alfabeto. A professora, dividindo seus alunos em grupos, realizou atividades com este tipo de material concreto, e as crianças interagindo entre si, foram aos poucos demonstrando interesse pelas letras, pelos sons que as mesmas possuem, fazendo perguntas, tentando formar palavras, aprendendo a identificá-las, de maneira muito mais motivadora, em um ambiente construtivista, onde elas estavam construindo o saber sob a orientação da professora, que deixava seus alunos à vontade para interagirem entre si.
A professora citou em seu texto, a importância de se despertar nos alunos antes deste tipo de atividade, sobre a língua escrita, pois, após verificarem o quanto podem ser úteis ao aprender a escrever, as crianças se tornam mais curiosas, mais motivadas, e esta motivação faz com que a aprendizagem surja de maneira muito mais consistente, pois, as crianças percebem que seus conhecimentos podem ajudar outras pessoas, isto não é maravilhoso?

sábado, 7 de novembro de 2009

UMA OUTRA FORMA DE CEGUEIRA.

O texto de Denize Maria Comerlato “Escrita, Representações Gráficas e Cognição”, logo no início, nos faz pensar sobre um tipo de cegueira, neste caso especifico, não está se tratando da perda da visão, mas de uma cegueira a qual todos nós temos e não nos demos conta. Quando aprendemos a ler, começamos a observar coisas que antes não havíamos observado, elas estavam lá, mas por um motivo ou por outro, não nos demos conta disto. É como, quando alguém adquire um automóvel, um Gol vermelho, 4 portas, por exemplo: no
instante em que a pessoa comprou aquele veículo, nem lhe passou pela cabeça quantas pessoas tinham outro parecido, ela estava cega para este detalhe, de repente, ao transitar pelas ruas, em seu veículo novo, ela observa que várias pessoas possuem um veículo igual ao seu, isto pode deixá-la frustrada, ou até causar certo alivio, que bom que todos temos o mesmo gosto. Até aquela data, o fato de alguém possuir ou não veículo semelhante, não lhe trazia curiosidade, bastou ela comprar um e pronto, seus olhos começaram a observar outros veículos iguais ao seu em trânsito pela cidade, não será surpresa se algum amigo, vizinho, ou até um parente possuir um também, mas ela não havia notado, estava de certo modo cega para este fato.
Assim também ocorre com a escrita, conforme vamos aprendendo a maneira correta de escrever, bem como, o emprego da gramática, nosso subconsciente vai automaticamente,
nos cobrando quanto a erros cometidos por nós mesmos, em documentos escritos anteriormente, ou em textos atuais, escritos por nós ou por outras pessoas, inclusive faixas, cartazes, jornais ou revistas. São erros de impressão, erros de ortografia, que às vezes faziam parte de nossas vidas, poderiam estar por anos escritos quase que diante de nossos olhos, mas que passavam despercebidos pelos mesmos. Esta cegueira, que começa a ser curada, faz parte não de nossos olhos, mas de nosso senso cognitivo de analise, é como se fosse um olhar clinico sobre tudo o que observamos, priorizando o que trás palavras e o modo de escrevê-las, de formar frases com as mesmas, bem como, as formas de tratamento utilizadas de maneira mais informal em certos documentos tais como: petições, ofícios, pedidos de patentes, textos acadêmicos, dentre outros, mas que demonstra um avanço significativo em nossa forma de escrever, o que demonstra uma grande aprendizagem conquistada e portanto algo para nos orgulharmos muito.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

DÍVIDA, COMO EVITAR.

Um dos problemas mais significantes que abrange boa parte dos jovens e adultos em sala de aula, são as dívidas contraídas e nem sempre pagas. Muitas destas pessoas estão no SPC ou SERASA, desta forma não conseguem emprego, ou vivem fazendo horas extras em seus empregos, sonhando saudar as tais dívidas. Alguns acreditam que fugindo das dividas elas com o tempo caducam e são perdoadas, pois, ouviram falar que após cinco anos elas não podem mais serem cobradas, ilusão, pois, se existir um processo de cobrança, a divida existirá sempre,mesmo após os tais cinco anos, até porque, deixar de pagar uma dívida é calote, o que é muito ruim, pois está ligado diretamente a falta de caráter de alguns seres humanos, os quais por este motivo vivem a margem da sociedade que honra com seus compromissos.
Para você que está com este problema, procure a loja, ou o órgão que está realizando a cobrança, geralmente eles negociam com o devedor, a melhor maneira para terminar com a divida, pois, também é ruim para o comércio manter a pessoa inadimplente. Existem casos, onde os juros são suspensos, a pessoa consegue um desconto que pde chegar a 50% do valor, e ainda consegue parcelar o saldo devedor. Melhor mesmo é não fazer dívidas as quais não vai poder pagar, mas isto é difícil não é mesmo, até porque a pessoa pode estar trabalhando, recebendo um valor que dê para pagar uma prestação no valor "X", mas de repente, fica desempregada e não consegue mais pagar, tudo pode acontecer, por isso, não devemos pré julgar os outros, então aqui vão algumas dicas.

1. Compre um caderno, caso não possua um computador, se possuir utilize o Excel para realizar esta tarefa de muita utilidade.
2. Crie uma lista contendo o valor que você possui hoje em casa;
3. A partir deste valor, vá acrescentando os valores que tem para receber ou para pagar a partir do dia seguinte, inclua salários, alugueis, pensões, benefícios, serviços prestados, contas a pagar: com lojas, água, luz, telefone, educação de seus filhos, prestação do automóvel, etc.
4. Calcule o seu gasto semanal com alimentação separadamente, eleja um dia da semana para lançar o valor gasto, adicione a este pelo menos 25% a mais, pois desta forma sempre deverá sobrar algum valor para um passeio com a família, ou iniciar uma poupança quem sabe.
5. Separe também um dia, agora mensal, para demonstrar o valor gasto com rancho, é importante que você faça uma lista, onde deve enumerar tudo o que você possui em casa, considere como estoque, depois, inclua aquilo que está faltando, não esqueça de acrescentar o valor aproximado dos produtos, é bom antes de comprar, fazer uma pesquisa de preço, às vezes o gasto com o combustível do veículo, ou estadia do mesmo no estacionamento do supermercado, torna este um gasto desnecessário, até porque muitos supermercados entregam o rancho, dependendo do valor, em casa, sem custo para o cliente.
6. Se for possível, abra uma conta corrente do tipo essencial em um banco, esta conta lhe dá o direito a dez folhas de cheque, um limite de crédito, dependendo do tamanho de seus depósitos, bem como, cartão bancário, sem cobrança de taxa de manutenção, ou seja, é gratuita e ajuda você na hora de organizar os seus gastos, pois, você terá um limite de retiradas, mensais, dinheiro longe é dinheiro guardado, não se esqueça de anotar os gastos com cheques no canhoto do talão e também no caderno contábil, se for pré datado, a data a ser depositado, deve estar descrita no local correto onde se escreve a data no cheque, caso contrário, se for depositado antes da data, o Banco Central, não poderá fazer nada para ajudá-lo.
7. Procure juntar o dinheiro para efetuar as compras a vista você poderá negociar um valor ainda mais baixo (isto é ganho de capital), se não der, faça o menor número de prestações possíveis, e só as faça, se o que vai ser adquirido, não puder esperar.
8. Converse com os funcionários da empresa de telefone que você utiliza, veja o plano que mais se adapte as suas necessidades, evite ficar trocando muito de operadora, pois, o bom pagador, sempre consegue um bom desconto quando ameaça trocar de serviço. Muitas vezes os descontos oferecidos para manter o cliente fiel, chegam a 30%, o que é considerado ótimo em uma inflação de 1.6% não é mesmo.
9. Aprenda a comprar produtos observando as etiquetas, muitas vezes aqueles produtos que parecem mais baratos, possuem peso menor, ou uma qualidade muito inferior, o que dependendo da utilização, fará você ter mais gastos no futuro.
10. Se sentir que por algum motivo, não vai conseguir pagar todo o saldo do cartão de crédito, procure o gerente de seu banco e peça a ele um empréstimo pessoal, mas pague todo o cartão, pois, os juros do empréstimo pessoal podem chegar a 4%, já os juros das administradoras de cartão de crédito não baixam de 10% ao mês, mais multa de 2% por atraso de pagamento, também evite o limite do cheque especial, os juros são iguais ou superiores aos das operadoras de cartões de crédito.
11. Nunca deixe de anotar, qualquer compra, recebimento, ou seja lá o que for em seu caderno ou tabela do Excel contábil, pois isto lhe ajudará a estudar e a trabalhar mais tranqüilo, pois, quem sabe gastar não gasta, investe, já quem não sabe, só se prejudica, e o nome limpo na praça, mais a cabeça tranqüila no travesseiro são fatores predominantes, que somados a uma vida regrada e a uma alimentação sadia, só trarão bons resultados em toda a sua vida profissional e pessoal.

Estas são as dicas do professor Marcos para que você tenha mais progresso em sua vida, aluno do EJA, não deixe de frequentar a escola. Fale para o seu professor que deseja aprender algo mais necessário, ele vai lhe entender. Comunicação é tudo, sem ela o prejuizo é muito grande para todos.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

DIMINUIÇÃO DA EVASÃO NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS, UMA QUESTÃO DE POSTURA PERANTE OS NOSSOS ALUNOS.

Está comprovado que ao desenvolvermos o projeto de aprendizagem em união com os nossos alunos jovens e adultos, isto lhes causa maior motivação, o que torna a aprendizagem muito mais fácil e consistente, mas para que isto aconteça, temos de cativar através da simpatia, da educação, do respeito, da conquista da confiança, este nosso público alvo, por isso, resolvi citar exemplos de outros profissionais, inclusive de outras áreas, como forma de demonstrar a importância destas características para diminuir a evasão escolar, exemplos: O pastor da igreja e o padre, que preocupados com sua comunidade pesquisam por horas a maneira de trazer e demonstrar aspéctos importantes que são utilizados para unir sua comunidade, aumentando o número de fiéis; o presidente da associação de moradores, que reune os mesmos para tratar de assunto relevante a todos, promovendo a união entre a sua comunidade; o monitor do curso de informática, que ministra suas aulas, ensinando as ferramentas e os softwares corretos para facilitar a vida de seus alunos, ensinando-os inclusive sobre como pagarem suas contas utilizando a internet, evitando a perda de tempo em filas bancárias, etc; o comerciante, que procura inovar, colocando preços em todos os produtos, demonstrando com objetividade onde estão as promoções, levando o rancho até a casa do cliente, tratando-o como patrão, já que é este quem lhe paga o salário; o médico que possui uma clinica lá no bairro, que há anos tem sua clientela formada, que trouxe um laboratório para o bairro, facilitando sua análise nas causas das patologias, beneficiando seus pacientes cujo número aumenta ano após ano; o professor de educação física, que se uniu a um grupo de terceira idade e há anos promove exercícios e caminhadas, aumentando a auto estima e ajudando estas pessoas a viverem com mais qualidade de vida, etc,. todos procuram motivar as pessoas que os cercam, para conseguir aumentar número de seus clientes, utilizando técnicas comuns, entre elas, a mais importante, é o poder de cativar, de demonstrar simpatia, com atitude, se não souber como ajudar, ao menos vou indicar quem possa, mas nunca deixarei a pessoa sem respostas. Sempre procurarei estabelecer um compromisso entre esta para com o trabalho que executo, para que esta se sinta gratificada por estar participando de uma equipe, e não simplesmente de um curso ou qualquer outra coisa. A satisfação pessoal é um dos fatores que trás o aluno para a escola, precisamos conquistar a confiança deste aluno, para isto devemos saber o que ele deseja de nós, procurando demonstrar que podemos fornecer o que ele procura, uma orientação certa e com coerência, causando uma aprendizagem com respeito a todos, independente da idade, do sexo, da raça, das necessidades educacionais de aprendizagem, mas com compromisso determinante, o amor ao ensino e a procura incansável pela melhor forma de ensinar.

domingo, 1 de novembro de 2009

UMA NOVA HISTÓRIA DE INCLUSÃO.

Havia uma criança, que morava em uma zona rural, afastada muitos quilômetros de uma escola. A criança em questão, era deficiente física, possuía os membros posteriores e parte dos membros superiores, atrofiados, devido a uma má formação congênita. O sonho desta criança era freqüentar uma escola, afinal, ela assistia na televisão as novelas, os filmes, ou outras programações onde a escola aparecia, e as crianças eram tão felizes, brincando no pátio, conversando com os colegas, com os professores e funcionários, isto cativava a criança em questão, que começou a solicitar para os pais, que fizessem alguma coisa, pois ela queria freqüentar a escola, este era o sonho dela.
Um belo dia, os pais da criança, venderam as terras que possuíam, foram morar mais perto da cidade, levaram a criança para fazer avaliação médica, conseguiram um laudo favorável e matricularam seu filho em uma escola municipal. A criança feliz da vida, pois, conheceria novos amiguinhos, pediu para sua mãe um uniforme igual o das outras crianças, pois, queria sentir-se aluno de fato. Assim sua mãe fez, comprou o uniforme e levou para a criança, que abriu um largo sorriso, os olhos brilhavam, tudo era alegria.
O grande dia chegou, sua mãe saiu empurrando a cadeira de rodas pelas ruas da cidade, a escola ficava a cinco quadras da casa onde moravam, não havia um veículo apropriado para levar e buscar a criança na escola, por outro lado, as calçadas também não eram adaptadas para que a cadeira pudesse circular livremente, em alguns locais, nem calçada existia. Com muito esforço, aquela mãe conseguiu levar aquela criança para a escola. Passou com sacrifício pelos degraus do portão, foi ajudada pelo guarda da escola para vencer a escadaria que levava ao primeiro andar do prédio, onde ficava a sala onde a criança estudaria, conversou com a professora, que a olhou de maneira estranha, mas a pedidos da criança, foi para casa. No término da aula veio buscar a criança, que estava feliz, mas deixava transparecer que algo estava errado, mesmo sem reclamar, afinal uma mãe zelosa conhece o modo de agir e estar de seus filhos.
No segundo dia de aula, a mesma coisa, o mesmo trajeto, as mesmas dificuldades, mas tudo valia a pena para ver o sorriso largo daquela criança.
Uma semana se passou, aquela criança já não sorria mais, apesar de não se queixar de nada, sua mãe estava muito preocupada com seu modo de agir. A mãe resolveu então visitar a criança na hora do recreio, fez a sobremesa que a criança mais gostava, chegou no pátio da escola e não encontrou o seu filho brincando com as outras crianças. Resolveu falar com a professora, a qual lhe disse: seu filho não pode brincar com os outros, ele é deficiente físico lembra? A mãe correu para a sala de aulas onde sempre deixava a criança, e a encontrou fechada, a porta estava chaveada, solicitou ao guarda que abrisse a porta. Este disse ter ordens para mantê-la fechada, pois, havia lá dentro uma criança defeituosa que poderia tentar brincar com as crianças normais, as quais poderiam machucá-la, somente o fez na presença da professora, pois, esta era responsável pela turma. A criança estava lá dentro em um canto da sala, longe das mesas, com sua bolsa no colo, apreciando alguns desenhos pendurados na parede, onde as crianças haviam desenhado uma criança sentada em uma cadeira de rodas, brincando com elas numa grande ciranda.
A criança abraçou sua mãe, com aqueles mãos pequeninas, fez um carinho em seu rosto e disse: porque que a senhora não me avisou que só os normais podem brincar nesta escola? A mãe sem saber o que dizer, pegou a cadeira com a criança, sem aceitar a ajuda de ninguém foi para casa, chorando muito. O pai, quando soube do ocorrido, queria tomar uma providência, vamos processar esta escola, onde já se viu, prender nossa criança, ficou mais aborrecido ainda, quando observou, que no caderno da criança não havia nada escrito. Mas a criança sabia o nome das letras, pois, ouvia os outros dizendo.

Uma semana se passou, um grupo de alunos(as), apareceu na casa da criança com necessidades educacionais de aprendizagem, junto com elas veio uma mulher, e todos se identificaram, os alunos (as). eram colegas de turma da criança aqui citada, a mulher era supervisora educacional da escola, e todos vieram pedir o retorno da criança à escola, pois, os colegas queriam muito poder brincar e conversar com o novo amiguinho. Mais tarde, apareceu um senhor com uma Kombi, que era pai de um aluno que estudava na mesma escola, ele ofereceu-se para transportar aquela criança na ida e na volta da escola. Quando a mãe chegou na escola com a criança, a sala de aulas já não era mais no andar superior, havia sido transferida para o térreo, os outros alunos, tinham trazido um bolo para homenagear a nova amizade. O sorriso largo brotou na boca de todos que ali se encontravam, a professora que antes havia agido de maneira errada, correu para o encontro da mãe e num forte abraço lhe pediu desculpas, pois, não sabia como proteger o menino, nem mesmo como ensiná-lo, mas a secretária de educação da cidade, havia encaminhado para ela um orientador e ela com certeza faria de tudo para realizar o sonho da criança, que agora também passara a ser de todos naquele ambiente escolar.
Passados alguns meses, outras crianças, algumas com as mesmas dificuldades desta, outras até com necessidades consideradas de nível mais elevado, foram aceitas nesta escola. A maioria morava ali próximo da escola, há vários anos, mas os pais tinham medo de matriculá-las pois, nunca haviam presenciado alguém com necessidades educacionais de aprendizagem freqüentando aquela instituição. Precisou um pai de família, vender tudo o que possuía, para realizar o sonho de sua criança, o qual já era o sonho de muitos, mas que vários pais não tentavam realizar, uns por medo, outros por receio, alguns até por vergonha da condição de seu filho.
A inclusão acontece, quando nós resolvemos mudar alguma coisa, utilizando o amor como forma de demonstrar que somos todos iguais, afinal todos temos sonhos, e como é bom quando podemos realizá-los, não é mesmo?

O MENINO SELVAGEM - O filme.

Escrevendo sobre o filme que conta à história do menino selvagem. Não gostei do jeito como aquele menino foi tratado, nem pelos pais, nem por aqueles que o apanharam na selva, nem pelo médico que o levou para casa. A saga deste menino foi muito triste. Primeiro os pais o rejeitaram, tentando inclusive matá-lo, depois, as pessoas que o encontraram o trataram como um bicho, mais tarde foi levado para um centro educativo, onde foi tratado como atração de circo. O médico (Jean Marc Itard), pessoa que cursou um curso de graduação, o leva para casa, e na tentativa de educá-lo, o mal trata, com castigos e mais castigos, fazendo-o trabalhar 16 horas sem parar, trancafiando-o dentro de um armário sempre que errava alguma coisa, dando para ele água, como forma de premiá-lo quando acertava algum exercício, como quem dá um biscoito a um cachorro enquanto o está adestrando, afinal quem era o selvagem naquela história?
O médico tal como um animal, ficava o tempo todo tentando mostrar ao jovem, quem era o líder do grupo, o dono da casa, quem mandava e quem tinha de obedecer. O que aliviava um pouco o sofrimento do menino era a presença da governanta, esta parecia entender e respeitar o tempo do menino, ela foi a melhor coisa que aconteceu para ele naquele momento.
O médico às vezes tinha algumas recaídas de bom moço, deixando que a criança brincasse um pouco, mas estes momentos eram raros, pois, precisava mostrar suas experiências em palestras, afinal era a chance de ficar famoso e angariar mais dinheiro. Colocou a governanta como tutora do menino, para poder receber os francos do governo enquanto realizava sua experiência.
Não ensinava a língua dos sinais ao menino, não o deixava se comunicar com outros surdos utilizando esta língua, queria que ele aprendesse o significado das palavras, e quando conseguia, pronunciar alguma delas. O menino, o qual chamou de Victor, pois as palavras que possuíam o tom mais grave este atendia, como quando pegamos um cachorro grande para criarmos, e não sabemos seu nome, então tentamos chamá-lo com a palavra a qual ele parece mais ambientado, Duque, Totó, Rintin, etc,. neste caso o som “tor”, parecia mais apropriado, pois o menino atendia melhor quando ouvia este som, e ai o nome “Victor”. Mas poderia ao menos tratá-lo melhor. Os cães são mais bem tratados.
Bater em seus dedos, para que aprendesse a contar, que coisa triste. Este filme me levou para alguns anos, quando professores usavam palmatórias e réguas de madeira, sem contarmos com os grãos de milho, as orelhas de burro, as tampinhas de garrafa, onde os alunos ficavam ajoelhados quando cometiam algo que fosse julgado impróprio, dentre outras formas grotescas, tempo selvagem não é mesmo. Os professores, não sabiam como mostrar que deviam ser respeitados e partiam para a ignorância, mas quando perguntado, quem era ignorante? O professor respondia “é o aluno”, afinal ele não sabe nada e eu ensinei tudo a ele.
Assim sendo acredito que devo desculpar o médico por suas atitudes, afinal este filme conta uma história que aconteceu antes de 1.800 d.C. As pessoas ainda não eram assim tão educadas, mas acredito que mesmo naquela época deviam existir professores que utilizassem métodos mais respeitosos para educar seus alunos, fossem estes considerados selvagens ou não.
Outra pergunta: será que realmente o médico ajudou o aluno? Este agora podia se comunicar, mas sempre escrevendo o nome do objeto ou outra coisa que estivesse interessado, a não ser que estivesse próxima a seus dedos para que pudesse apontá-la, pois, não sabia a língua dos sinais, não conseguia se quer se comunicar com outros surdos, e para se comunicar com estranhos ditos normais, tinha de escrever tudo o que gostaria de dizer, exceto leite, esta palavra ele conseguia pronunciar, tamanha era à vontade de tomar outra coisa que não fosse água.
Este garoto passou por todo o tipo de selvageria, mas acredito que a mais difícil, foi à selvageria humana, pois, esta dizia ter motivos para tratá-lo assim, já que pretendia civilizá-lo.
O teste da aprendizagem sobre justiça, o professor (médico), tenta trancar o menino no armário, sem que ele tenha feito nada de errado, e o menino recusa-se a entrar lá dentro. O médico deduz que o menino entende a diferença entre o certo e o errado, possui senso de justiça. Será que o médico sabia a diferença entre certo ou errado, na hora de ensinar ou conversar com aquele menino?
O médico se manifestou curioso pelo fato daquela criança nunca haver chorado antes, o menino sofreu tanto que acabou chorando na frente do médico, por várias vezes depois.
Alguém presenciou no filme, um momento em que aquele menino sorriu?
O tal médico, foi parar nos Estados Unidos, escreveu um livro, ficou famoso etc, etc e etc,.
Como será que agiriam as pessoas para educar um menino encontrado na selva, com mais ou menos 12 anos de idade, nos dias atuais? Vamos mais fundo: como você, professor, estudante de pedagogia agiria?