quinta-feira, 22 de novembro de 2007

LUDICIDADE E EDUCAÇÃO - B

O lúdico é sem dúvida nenhuma uma das praticas pedagógicas mais sérias de sala de aula. Pois enquanto a criança está brincando, está sendo constantemente analisada quanto as suas habilidades, suas capacidades, seu desenvolvimento físico e mental de forma descontraída, o aluno nos deixa ver realmente todo o seu potencial, e se algum obstáculo é colocado em seu caminho, ele já não reage, como se levasse em consideração o obstáculo de maneira a dificultar sua trajetória, mas sim como mais uma brincadeira, que está ali apenas para diverti-lo. Desta forma tudo é motivo para uma motivação a mais, e nós podemos realmente conhecer os reais limites de nossos alunos. Ao solicitarmos que o aluno caminhe sobre uma reta, que pode ser desenhada no chão, ou um simples barbante demarcando uma área reta com certa distância, nós já poderemos constatar se aquela criança é equilibrada mental e fisicamente, se tem problemas motores ligados aos membros inferiores, se procura atravessar de um lado ao outro com cautela, para não sair do lugar, se faz o trajeto de maneira rápida, sem preocupar-se com nada ao seu redor, se possui lateralidade, se pedirmos para que caminhe lateralmente fazendo o mesmo trajeto anterior. Se o cérebro gravou o espaço percorrido, quando após deixarmos o aluno percorrer a distância com os olhos abertos, colocamos vendas para que a criança não consiga enxergar, fazendo com que ele demonstre se gravou o trajeto percorrido ou não. Dentre outros experimentos que irão fazer com que ele demonstre cada vez mais habilidades. Três grande pesquisadores demonstraram a importância da lúdicidade de diversas formas são eles: Piaget, Vygotsky e Freud, Todos de alguma forma, adentraram no universo infantil, utilizando um método facilitador, o lúdico, que exerce grande poder sobre as crianças e jovens, através desta metodologia Piaget conseguiu formar parte de sua teoria sobre as fazes do desenvolvimento cognitivo e motor das crianças, Vygostsky também se utilizou deste processo para conhecer o cognitivo das crianças por ele analisadas, Freud ia ainda mais fundo, pois acreditava que dependendo com a aceitação, ou o fazer da criança enquanto utilizava um brinquedo, seria possível conhecer um possível trauma adquirido pela mesma, bem como sua forma de tratamento. Seja qual for o pesquisador, todos nos deixaram ensinamentos preciosos, os quais podemos utilizar para conhecer melhor nossos alunos, com o propósito de auxiliá-lo em sua vida estudantil, que fará toda a diferença em seu crescimento futuro.

MÚSICA NA ESCOLA.

A forma de se trabalhar com música na escola é simples, desde que o professor pesquise antes o tipo de música a ser utilizada, partindo do porque da utilização de uma música em determinada atividade. Não podemos apenas entrar em sala de aula, pegarmos um CD o qual trouxemos de casa, e colocarmos para tocar. Este ato além de demonstrar desorganização perante os alunos poderá dividir a turma em grupos, dos que gostam de determinada música, e os que estão sendo obrigados a escutar algo que não estão gostando, e o que é pior, sem prévia consulta. Devemos sempre levar em consideração, que estamos lidando com seres humanos, portanto suas opiniões devem ser respeitadas, lógico que cabe ao professor, possuir conhecimento bastante para orientar aos alunos com dialogo, sobre a importância de se ouvir determinada música, principalmente se esta irá facilitar a eles na aprendizagem de determinada disciplina. Um debate sobre o tipo de música a ser trabalhada e o porque, já surtirá em um momento de diálogo e demonstração de respeito para com os alunos, que irão retribuir da mesma forma.
Tenho observado ao longo dos anos, que as crianças estão cada vez mais ligadas as imagens televisivas e aos jogos eletrônicos, assim sendo, muitas crianças estão dormindo menos do que o necessário, pois, estão assistindo a programas na televisão até muito tarde. Os pais por sua vez estão mais liberais do que em outros tempos, o que nem sempre é bom para o aluno, não quero dizer com isto, que os pais não devam ser liberais com seus filhos, mas sim que dentro desta liberalidade, deve existir respeito pela opinião do pai, que deve também demonstrar ao filho o que irá fazer bem ou mal para o mesmo. Dormir pelo menos 8 horas por dia é fundamental para o desenvolvimento saudável de uma criança ou adolescente. Ocorre que muitos professores acreditam que o fator que leva uma criança à não ficar concentrada na atividade proposta, é a hiperatividade, mas muitas vezes a causa deste problema, é justamente a falta das 8 horas diárias de sono, que deixa as crianças agitadas, indispostas e há faz agir de maneira pouco convencional em sala de aula. Mal diagnosticado o problema, o professor resolve trazer para dentro da sala de aula, músicas de relaxamento, sons repetitivos, dando a impressão de circulo sonoro, três atitudes distintas poderão ser analisadas neste caso, em um, uma parte da turma irá se demonstrar totalmente contrária à música, possivelmente devido ao sono, o cérebro precisa manter-se atuante para que este aluno anão venha a dormir em sala de aula, daí o motivo da irritação, pois fica difícil manter-se disposto com uma música relaxante estando com sono. Um segundo grupo irá se formar, estes aceitaram bem a música, pois dormem as horas necessárias, estão bem dispostos e para estes a música servirá como uma maneira de ajudar a abrir suas mentes e de relaxar, para deixar fluir melhor seus pensamentos, trazendo um momento de paz e equilíbrio que facilitarão na aprendizagem da atividade proposta. Um terceiro grupo irá se formar, o dos entregues ao sono, crianças que após sentirem-se relaxadas, irão demonstrar cansaço excessivo, chegando mesmo a ficar com as pálpebras caídas, e com os olhos pequenos, quase que fechados. Está analise é uma boa forma de diagnosticar certos problemas na aprendizagem, partindo dela podemos comunicar ao orientador educacional, sobre distúrbios que alguns alunos possam ter, que os pais podem corrigir previamente, utilizando critérios de tempo, fazendo com que seus filhos cresçam com saúde, e desta forma mais pré-dispostos à aprendizagem.
Logicamente, a música não deve ser utilizada apenas para diagnosticar algum problema relacionado a horas de sono de cada individuo, ela também servirá e muito para facilitar na aprendizagem, cantando ou apenas ouvindo certas canções, as crianças gravam melhor determinadas atividades, tais como a tabuada na matemática, o alfabeto na língua portuguesa, dentre outras, utilizada como fundo musical na hora do conto, ou em alguma peça de teatro, seja de fantoches ou não. Além de desenvolver a habilidade de silenciar para ouvir, de soltar a voz para cantar, melhorar a dicção de alunos com dificuldades neste sentido. Ajudar a descontrair a turma, tirar um pouco da timidez de alguns alunos, promover a união do grupo, não esquecendo da importância da leitura da letra da música, que fará o aluno aprimorar seus gostos musicais, educando seus ouvidos para a música de qualidade, aquela que pode ser ouvida em pelo menos 80 por cento dos lugares conhecidos, sem que ninguém se sinta desgostoso por estar ouvindo tal melodia. Existem salas de aulas onde os professores formaram verdadeiros corais os quais cantam em festividades na escola e até fora dela, é um trabalho muito bonito, o qual todos os professores deveriam tentar realizar, a música, conforme eu já citei em outras oportunidades, possui uma linguagem universal, a qual deve ser estimulada com o propósito de motivar e unir nossos alunos.