quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

EXPOSIÇÃO DE TRABALHOS SOBRE O EJA, MOMENTO DE INTERAÇÃO E APRENDIZAGEM.

Ontem, dia 01/12/2009, na E.M.E.F. Nossa Senhora Aparecida, vivenciei momentos de muita aprendizagem. Aquilo que no inicio parecia ser apenas uma exposição de posters, se transformou em momentos ricos de aprendizagem, com debates, trocas de opiniões, demonstrações de que podemos sim fazer a diferença. Nossos grupos realizaram várias pesquisas relacionadas à educação de Jovens e Adultos, desta forma, além de demonstrarmos os nossos conteúdos, aprendemos muito mais. Cada um levou um ingrediente diferente, que depois de unido, misturado a todos os demais, foram degustados, saboreados de maneira prazerosa e satisfatória. Se fosse escrever sobre tudo o que assisti naquele evento, faltariam palavras, foi um momento mágico, marcado por alegria e emoção. Fiquei muito feliz em ter participado, apesar de estar me medicando devido à dor, causada pela "artrite gotosa", consegui expor de maneira satisfatória o aprendido durante a realização daquela atividade, esqueci acredito que devido aos medicamentos, de citar a solicitação de muitos jovens e adultos em seus cursos “Queremos aprender coisas interessantes e mais ligadas ao mundo real, como por exemplo, como organizar nosso salário e não contrairmos dívidas que não podemos pagar”? Postei alguma coisa sobre o assunto neste Portfólio, a professora também nos deu muitas dicas sobre assuntos interessantes a serem discutidos, os quais motivariam muito mais os jovens e adultos a comparecerem às aulas. O colega Paulo Medeiros, nos relatou, que a partir das questões levantadas, através das entrevistas realizadas na escola onde leciona, a direção da mesma, sugeriu rever sua posição quanto a forma de ensinar os jovens e os adultos, promovendo reuniões para tratar deste assunto tão importante. O momento mais emocionante, foi à leitura de uma carta, acredito que trazida a público pelo grupo 14, onde uma professora que ministra aula no EJA, localizado dentro do Presídio Central, fez relatos das experiências e dos anseios de seus alunos, esta é mais uma demonstração de inclusão, que devemos orientar nossos alunos, nossa comunidade a fortalecer cada vez mais, pois estas pessoas hoje presas, amanhã ao saírem da prisão necessitarão de empregos para continuarem suas vidas com dignidade, portanto aqueles que puderem devem ajudar, deixando de lado o preconceito e a mania de julgar aquele que já foi julgado de fato e de direito, para que este viva em paz. O mestre Paulo Freire foi lembrado por vários grupos, o que tornou o momento ainda mais gratificante. De minha parte eu só tenho a agradecer. As colegas Maria Magdalena e Rejane disseram: Nós todos fazemos parte de um grande EJA, um EJA Universitário, foi bom lembrarem disso, pois, pelo que pude observar até aqui, neste curso temos alunos a partir dos 23 anos, portanto todos somos adultos, alguns com espírito mais jovens, outros nem tanto, mas todos buscando o mesmo objetivo a aprendizagem, com determinação e coragem para continuarmos nesta busca mesmo depois do término do curso, pois, nos atualizarmos, nunca fará mal, muito pelo contrário, a degustação do saber, deve continuar para que a alimentação do corpo e da alma seja balanceada de forma a continuarmos ensinando de maneira coesa e satisfatória também aos nossos alunos. “Repartir o pão do saber é ensinar a pescar, e isto causa dignidade e mata a fome de muita gente”.