quarta-feira, 25 de março de 2009

A aprendizagem ocorre de todas as maneiras, inclusive da forma que menos se espera:

Ontem, 24 de março de 2009, nós tivemos a nossa segunda aula presencial, eu ainda me lembro da primeira, onde me neguei de algum modo a escrever sobre algo que me causou alegria e tristeza. Quando se sente bem, por ver que alguém nos entende, e luta por nós, fica difícil, aceitar a partida deste alguém, mesmo que seja para algo ainda melhor. Tornou-se mais fácil, quando eu me convenci, de que a pessoa não estava partindo de fato, pois, continuaria prestando seus serviços a favor da melhoria da qualidade do ensino a distância, e conseqüentemente de uma parcela razoável de alunos que estão em escolas públicas, contando com o aprimoramento de seus professores, para melhorarem ainda mais sua qualidade de ensino, bem como, sua qualidade de vida.
Fiquei me cobrando nesta semana: Por que você não escreve algo em seu portfolio? Por que desta recusa? Você que sempre diz, que não passou por tantas coisas em sua vida, mas sim, vivenciou vários momentos, os quais lhe deram experiência para saber se sobressair em situações tão difíceis. Encontrei a resposta para meu desleixo, nesta segunda aula, assistindo e tendo o privilégio de conversar com as professoras de filosofia, e depois, assistindo a aula sobre os afros descendentes e os indígenas. Ao segurar o espelho, junto a minhas colegas,e ao tutor Renato, me deparei com a minha semelhança entre eu e meu pai, mas meu pai, internamente não tinha algo que eu estava tendo desde a primeira aula, um pouco de egoísmo, justo eu que em vários momentos de minha vida, reparti o que de bom havia adquirido, por algum motivo estava negando de certo modo, inconscientemente, o direito de outras pessoas obterem acesso ao conhecimento através da figura de um grande mestre. Analisar os outros, é muito fácil, difícil é analisar-se a si mesmo, tentar mesmo que por alguns instantes dialogar com o seu interior, procurando dentro do seu pouco conhecimento, respostas para algumas ações, as quais podem ser revistas. Sempre é tempo para utilizarmos um espelho, mesmo que nossos olhos se neguem a virar-se para dentro.
Quem são os seres que falam de raças, de defeitos físicos, de beleza ou de feiúra, se não conseguem olhar para dentro de si mesmos e verificar que existem coisas muito mais feias. Ver a verdade estampada em um espelho, causa dor, medo até, pois por muitas vezes aquele lado obscuro, pode vir à luz, revelando pensamentos de uma pessoa, que não condizem com a realidade do ser que os pensou, mas, que veem a tona, para que este veja, que ninguém é perfeito, todos precisamos nos deparar conosco mesmos, buscando filosoficamente entender a nossa história como indivíduos, não nos poupando de nada, para deste momento em diante lavarmos a nossa alma, mostrando o que há de melhor em cada um de nós, a ansiedade em aprender, em melhorar, em ajudarmos aos outros, em buscar no grupo a unidade, para construirmos juntos um amanhã melhor para todos. Sei que não preciso citar nomes, sei também que não devo ser o único a ter agido desta forma, levado pela emoção, mas sei, e adquiri este conhecimento através dos momentos vivenciados que tive, que isto faz parte da biologia humana, mas que sempre é bom tentarmos ver as coisas por todas as suas faces, para através da argumentação, chegarmos à conclusão de que tudo tem razão de ser, e geralmente o que acontece de bom, para aquele que pratica o bem, é para o bem de todos, pois, todos ficamos mais fortes através de quem foi promovido.
A violência nas escolas, as tragédias que assolam a humanidade, as histórias, os mitos, as lendas, as crenças, os enigmas, os problemas que surgem a nossa volta durante os momentos de nossa vida, tudo deve servir, para nos mostrar onde devemos mudar, ou o que devemos preservar para que a vida melhore neste nosso mundo tão rico, mas tão pobre.

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