sábado, 7 de novembro de 2009

UMA OUTRA FORMA DE CEGUEIRA.

O texto de Denize Maria Comerlato “Escrita, Representações Gráficas e Cognição”, logo no início, nos faz pensar sobre um tipo de cegueira, neste caso especifico, não está se tratando da perda da visão, mas de uma cegueira a qual todos nós temos e não nos demos conta. Quando aprendemos a ler, começamos a observar coisas que antes não havíamos observado, elas estavam lá, mas por um motivo ou por outro, não nos demos conta disto. É como, quando alguém adquire um automóvel, um Gol vermelho, 4 portas, por exemplo: no
instante em que a pessoa comprou aquele veículo, nem lhe passou pela cabeça quantas pessoas tinham outro parecido, ela estava cega para este detalhe, de repente, ao transitar pelas ruas, em seu veículo novo, ela observa que várias pessoas possuem um veículo igual ao seu, isto pode deixá-la frustrada, ou até causar certo alivio, que bom que todos temos o mesmo gosto. Até aquela data, o fato de alguém possuir ou não veículo semelhante, não lhe trazia curiosidade, bastou ela comprar um e pronto, seus olhos começaram a observar outros veículos iguais ao seu em trânsito pela cidade, não será surpresa se algum amigo, vizinho, ou até um parente possuir um também, mas ela não havia notado, estava de certo modo cega para este fato.
Assim também ocorre com a escrita, conforme vamos aprendendo a maneira correta de escrever, bem como, o emprego da gramática, nosso subconsciente vai automaticamente,
nos cobrando quanto a erros cometidos por nós mesmos, em documentos escritos anteriormente, ou em textos atuais, escritos por nós ou por outras pessoas, inclusive faixas, cartazes, jornais ou revistas. São erros de impressão, erros de ortografia, que às vezes faziam parte de nossas vidas, poderiam estar por anos escritos quase que diante de nossos olhos, mas que passavam despercebidos pelos mesmos. Esta cegueira, que começa a ser curada, faz parte não de nossos olhos, mas de nosso senso cognitivo de analise, é como se fosse um olhar clinico sobre tudo o que observamos, priorizando o que trás palavras e o modo de escrevê-las, de formar frases com as mesmas, bem como, as formas de tratamento utilizadas de maneira mais informal em certos documentos tais como: petições, ofícios, pedidos de patentes, textos acadêmicos, dentre outros, mas que demonstra um avanço significativo em nossa forma de escrever, o que demonstra uma grande aprendizagem conquistada e portanto algo para nos orgulharmos muito.

2 comentários:

Patrícia_Tutora PEAD disse...

Querido Marcos
Que ótima a sua reflexão sobre o texto... como sempre consegue relacionar com algum fato e trazer belos exemplos. Meus parabéns! :D

marcos9.bloggoogle.com disse...

Muito obrigado Patricia! Gostei do texto, pois, me fez refletir sobre questões sempre atuais, mas que muitos não conseguem ultrapassar.

abraços do aluno e amigo: Marcos.